COMO GAUGUIN QUESTIONO-ME:
De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?
É O MEDO PRIMORDIAL!
TENHO MEDO DO IMPREVISÍVEL, DE TUDO QUE É POSSÍVEL ACONTECER SEM AVISO!..DA DOENÇA, DAS CATÁSTROFES…DE TUDO QUE ACONTECE AOS OUTROS E PODE ACONTECER A MIM E AOS MEUS!
PRESTO A MINHA HOMENAGEM A TODAS AS PESSOAS QUE VIVERAM NUM CLIMA DE EXTREMA PERSEGUIÇÃO E VIOLÊNCIA!
OS MEUS MEDOS, O QUE SÃO? OS MEDOS DE ESTAR AQUI E DE ME CONFRONTAR COM A VULNERABILIDADE!..
TODOS TÊM OS SEUS MEDOS, OS SEUS PEQUENOS MEDOS PESSOAIS, QUE PARA OUTROS ATÉ PODEM SER IDIOTAS!
Medo!?...Mas de que é que eu não tenho medo?
Eu tenho medo dos insectos! Baratas e centopeias, deixam-me os cabelinhos em pé, pior fico absolutamente electrizada, nem sou capaz de me aproximar para os matar. De ratos, sou mesmo do género de subir para cima da cadeira!..
Adoro cães, mas há certas raças que me atemorizam, por exemplo um pastor alemão, se for no meu passeio, atravesso para o outro. Uma ocasião entrei por um campo, com a minha filha pequenina, para tirar uma fotografia junto a um espigueiro e às tantas aparece-me um cão a rosnar e a ladrar, fiquei tão nervosa que a minha reacção foi ladrar e tanto ladrei que o animal se foi embora com o rabo entre as pernas! O que uma pessoa não faz quando se vê aflita!
Cavalos acho o máximo, mas a uma distancia conveniente e felizmente que com outros animais não privei, mas nem quero pensar em cobras, tigres, tubarões e crocodilos!...
Tenho medo das pessoas, sinto um mal-estar nas costas, quando alguém vem muito próximo, sempre paro a fazer alguma coisa, para a pessoa passar, isso começou quando uma mota numa rua de pouco movimento subiu o passeio e um dos homens me arrancou a carteira! Também tenho medo de bêbados e de loucos furiosos.
Tenho medo das pessoas, sinto um mal-estar nas costas, quando alguém vem muito próximo, sempre paro a fazer alguma coisa, para a pessoa passar, isso começou quando uma mota numa rua de pouco movimento subiu o passeio e um dos homens me arrancou a carteira! Também tenho medo de bêbados e de loucos furiosos.
Medo de andar de automóvel nem se fala, na véspera de cada viagem, só vejo acidentes à minha frente, no primeiro dia da viagem não sou chata, sou chatérrima, sempre, «vai mais devagar», «cuidado», depois vou acalmando. O medo, no entanto não me impede de fazer seja o que for, até é o medo que me desafia, mas por esta cabeça passam muitas coisas! Depois de um acidente, em fim de lua-de-mel, num carro de estimação que o meu sogro nos emprestou e que logo foi vendido, fiquei bastante traumatizada por uns tempos! Até no autocarro, o meu pé fazia a pressão de travar!
Mais tarde decidi tirar a carta de condução, tudo por causa do medo! Tirei a carta, mas ao fim de poucos meses deixei de conduzir, não precisava do carro para me deslocar para o trabalho, não podia abandonar os meus conhecidos do autocarro, além disso o estacionamento era muito difícil e caro. Como só conduzia ao fim-de-semana, com o companheiro ao lado, aquilo dava sempre zanga e como eu gosto muito de paz, desisti! Verdade, verdadinha, é que eu também racionalizei: muito distraída, muito cismática, sempre a pensar o que podia acontecer, da subida que podia aparecer, em que tinha que parar e depois arrancar, nessas situações o carro em vez de ir para a frente deslizava para trás! Não nem me queria matar, nem matar ninguém e muito menos andar tensa e nervosa!..
Já tive outros medos, como do escuro, das conversas de espiritismo e de mortos, que sempre proliferavam quando eu era miúda e, dos medos que provocava certas brincadeiras.
Já tive outros medos, como do escuro, das conversas de espiritismo e de mortos, que sempre proliferavam quando eu era miúda e, dos medos que provocava certas brincadeiras.
Quantas vezes ia para o meu quarto, que ficava no primeiro andar e vinha de roldão pelas escadas abaixo, por encontrar alguém deitado na minha cama! A minha irmã ria-se, ela gostava muito de fazer essas cenas, bonecos, que pareciam gente. Mas pior que tudo e me fez transpirar, porque nem tinha coragem de falar e só me tapava cada vez mais, foi uma ocasião em que olhei para a porta da varanda e vi a sombra de um homem. A cama da minha irmã não estava longe e depois de muito me tapar e destapar, baixinho acabei por a chamar:
Bety está ali um homem!
-Olha vê se dormes, que aquilo é o meu casaco, que eu dependurei no fecho da porta!....
E DE QUE TENHO EU MAIS MEDO? DOS MEDOS QUE VÃO SURGINDO NA MINHA CABEÇA E ME PERSEGUEM SEM FORMA DEFINIDA…
-Olha vê se dormes, que aquilo é o meu casaco, que eu dependurei no fecho da porta!....
E DE QUE TENHO EU MAIS MEDO? DOS MEDOS QUE VÃO SURGINDO NA MINHA CABEÇA E ME PERSEGUEM SEM FORMA DEFINIDA…
Blogagem Coletiva: Sentimentos e Emoções - 30.07-MEDO, promotora Glorinha de Lion, do blogue: http://cafecomglorinha.blogspot.com/