A solidão
I
A noite abre os seus ângulos de lua
E em todas as paredes te procuro
A noite ergue as suas esquinas azuis
E em todas as esquinas te procuro
A noite abre as suas praças
solitárias
E em todas as solidões eu te procuro
Ao longo do rio a noite acende as
suas luzes
Roxas verdes azuis.
Eu te procuro.
- Sophia de Mello Breyner Andresen,
em "Cristo Cigano", 1961.
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