Que evolução teve o contraceptivo
ao longo dos séculos?
Era uma espécie de saco de linho o
primeiro preservativo, criado em 1564, pelo cirurgião e anatomista italiano
Gabriele Falloppio para prevenir a transmissão de doenças sexualmente
transmissíveis. Sobretudo a sífilis. Havia, antes disso, alguns registos da
existência de preservativos noutras civilizações.
Depois da criação de Falloppio, outras se seguiram: há documentação, por volta
de 1700, que fala de preservativos feitos de bexigas de animais e peles finas.
E depois de seda. E até confecções caseiras com tripas compradas no talho. Os primeiros preservativos de
borracha aparecem pelos anos 1870 e só nos anos 30 do século XX o látex foi
sendo cada vez mais usado.
Agora, os preservativos têm várias cores,
sabores, texturas, há os que brilham no escuro e os que têm desenhos.
O uso de preservativos cresceu
exponencialmente pelo final dos anos 70, com o aparecimento da SIDA.
Preocupantes são também os números
sobre a utilização de preservativo: apenas 37,7% dos jovens inquiridos
afirmaram que usavam sempre preservativo. É bom lembrar que, no que ao SIDA diz
respeito, a principal forma de transmissão é, actualmente, sexual (já foi
através das seringas, nos anos 80). Em Portugal,
o uso de preservativo está em queda desde 2010 — e ainda há quem faça tudo sem
pensar.
A tentar contrariar isso, vão surgindo
campanhas, ora públicas ora privadas, mas será que os jovens já estão preparados para lidar com os vários temas à volta da sexualidade, desde o
planeamento familiar, à saúde reprodutiva e a questões mais complexas como o
género e a violência de género? Já há estudos que garantem que o
preservativo não reduz o prazer. Não há, portanto, justificação possível para
não usar.
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