A flor do Porto é a camélia, embora a
camélia seja uma flor originária da Ásia, mais concretamente de países que se
estendem da China ao Japão.
Os primeiros registos de camélias no
Porto datam de 1810, encomendadas de Inglaterra por Luís de Van Zeller. A esse
facto não será alheia a presença no Porto de uma forte comunidade inglesa nessa
época, devido ao comércio do Vinho do Porto, uma vez que foi precisamente em
Inglaterra que surgiu a primeira camélia na Europa, em 1739.
Surgem os primeiros jardins privados
com camélias, pelas mãos da família Van Zeller, na sua Quinta de Fiães, e da
família Allen, na Quinta Vilar d’Allen.
A camélia, for de Inverno, adaptou-se
rapidamente ao clima de temperaturas amenas e solos ácidos do Porto.
O período áureo das camélias no Porto
dá-se pelas mãos do horticultor portuense chamado José Marques Loureiro
(1830-1898), detentor da maior colecção de plantas do país da altura. Em 1844,
publica o jornal hortícola “Jornal Portuense”, no qual já identifica 38
variedades de camélias do Porto! Mais tarde, em 1870, lança o Jornal de
Horticultura Prática.
Presentemente realiza-se uma grande
exposição de camélias todos os anos, com a participação de vários coleccionadores e a Câmara
Municipal do Porto organiza um programa, que inclui actividades tão diversas
como exposições, concertos, roteiros turísticos pela cidade e performances.
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