Foram trágicos os acontecimentos ocorridos no Porto, em 1809, durante os 45 dias que Soult e
as suas tropas permaneceram na cidade, no decurso da segunda invasão francesa.
Com a entrada das tropas francesas, em 29 de Março de 1809, a população fugiu em direcção à
Ribeira, na tentativa de passar a ponte das barcas que unia o Porto a Vila Nova
de Gaia. É então quer se dá a tragédia, a ponte não aguentou o peso. Milhares
de vítimas pereceram quando fugiam, através da ponte. Não se sabe ao certo
quantos terão morrido afogados e quantos terão morrido nas cargas de baioneta dos soldados franceses,
há muitas dúvidas quanto ao número de quatro a cinco mil vítimas, apontadas em
alguns relatos.
ALGUMAS IMAGENS DA ÉPOCA
Há relatos das atrocidades cometidas há 209 anos, a
população ficou completamente a saque.
Conventos, repartições públicas, casas particulares de
famílias importantes e outras de gente mais modesta, foram invadidas despojadas
de tudo, pelos soldados de Soult.
Não foi só o roubo, mas também repugnantes vexames e
hediondos morticínios.
Soult instalou-se quando chegou
ao Porto, no Palácio das Carrancas, actualmente Museu Soares dos
Reis, como residência e quartel general e só saíu quando teve conhecimento na
entrada da cidade do exército luso-britânico, comandado por sir Arthur Wellesley.
ESTE ACONTECIMENTO É LEMBRADO NA RIBEIRA COM O BAIXO RELÊVO «ALMINHAS DO PORTO» DO ESCULTOR TEIXEIRA LOPES.
E TAMBÉM PELO MONUMENTO AOS HERÓIS DAS GUERRAS PENINSULARES
Da autoria de Marques da Silva, Mª José Marques da Silva, Moreira da Silva, Henrique Moreira, Sousa Caldas e Alves de Sousa, este monumento foi inaugurado em 1951.
É uma obra de evocação histórica arquitectónico-escultural de espectacular grandiosidade, composta por um obelisco e por vários grupos escultóricos com figuras simbólicas da águia (alusiva ao exército napoleónico) e do leão (alusiva ao espírito indomável do povo português).
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