Há diferenças entre várias regiões do país, embora Portugal
seja pequeno. Entre o Sul e o Norte a nível das mentalidades também há uma
grande diferença, mas até já foi mais acentuada.
Por exemplo a nível de tauromaquia e, já agora manifesto, o
meu repúdio por esse sangrento espectáculo.
Aqui no Porto essa tradição nunca se enraizou, apesar de
várias tentativas feitas. A primeira tentativa remonta a 24 de Junho de 1785,
dia de festa de S. João e também quando ocorreu o casamento do futuro rei D.
João VI com D. Carlota Joaquina.
Oito anos depois (1793) realizou-se outra tourada num
redondel propositadamente erguido no Campo de Santo Ovídio (actual Praça da
República), para comemorar o nascimento da infante Maria Teresa.
Na década de 70 do século XIX, assistiu-se a uma repentina
edificação de praças de touros por todo o país e no Porto surgiram três:
Cadouços, Rua da Boavista e Largo da Aguardente. As três desapareceram em menos
de cinco anos, com a falência das empresas.
No final do século XIX foi realizada a última grande
ofensiva, com a construção de duas novas praças: Rotunda da Boavista e Praça da
Alegria.
Real Coliseu Portuense |
Rua da Alegria |
O Real Coliseu Portuense (rotunda da Boavista), foi a mais oponente,
com capacidade para 8000 pessoas (camarotes e bancadas) e dotada de dois
restaurantes, salão de bilhares, cafés, quiosques e iluminação eléctrica. Por
lá passaram grandes cavaleiros. Para não fechar portas prematuramente, o recinto
teve que acolher outros espectáculos. Em 1898 fechou portas e foi demolido. As
outras praças também fecharam portas.
Já no século XX, antes da implantação da República surgiram
duas novas praças: Areosa e Bessa. Também de curta história.
Houve ainda outro projecto para as Antas, mas não saíu do
papel e a última tentativa surgiu na década 90 do século XX, uma praça
improvisada no Campo do Lima 5, que acabou com a intervenção da PSP, para parar
os distúrbios, entre os organizadores arrogantes e defensores dos animais.
Sem comentários:
Enviar um comentário