A Porta do Inferno é sem dúvida uma das obras mais importantes e mais conhecidas de Auguste Rodin. O escultor francês dedicou anos de sua carreira (37) e a obra ficou inacabada.
Foi a primeira encomenda oficial feita pelo Estado à Rodin, em 1880. A obra seria exposta no Musée des Arts Décoratifs de Paris e foi o próprio Rodin quem escolheu o tema: O Inferno de Dante Alighieri.
Ao esculpir a Porta do Inferno, Rodin não ilustra os episódios descritos por Dante, faz uma reflexão sobre a condição humana. Rodin coloca em cena os excessos humanos, os homens que perderam o próprio controle. Em vez de representar os personagens com roupas medievais, Rodin esculpe seus personagens nus e isso dá à obra um carácter intemporal e universal.
Diversas figuras criadas por Rodin para a Porta do Inferno foram, mais tarde, reproduzidas individualmente e num tamanho maior. Entre elas O Pensador e O Beijo.
O Beijo, foi originalmente esculpido para A porta do Inferno, mas o casal foi posteriormente removido e substituído por outro casal de namorados. O Beijo foi inspirado nas personagens da Divina Comédia: Paolo e Francesca. Os amantes foram mortos pelo marido de Francesca, que os surpreendeu na troca de um beijo. O casal, por ter cometido o crime da luxúria, foi condenado a vagar eternamente pelo inferno.
A Porta do Inferno, apesar de inacabada, é uma obra decisiva para a história da Escultura Moderna. Mais que uma porta, Rodin queria mostrar uma versão espectacular do inferno.
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