Vila Adriana é um antigo complexo
palaciano construído, no século II, para o Imperador Adriano. Situado na cidade
de Tivoli, a uma trintena de quilómetros de Roma, figura entre os mais ricos
conjuntos monumentais da Antiguidade. A vila, está repartida sobre uma
superfície de 120 hectares, dos quais 40 estão visíveis.
Amante de arte, Adriano era um
apaixonado pela arquitectura, tendo desenhado, ele próprio, edifícios. Também
deu prova de um cuidado particular para escolher o lugar da nova residência
imperial que decidiu construir desviada de Roma: selecionou um planalto situado
sobre os declives dos montes Tiburtinos. A zona compreendia numerosas pedreiras,
para alimentar os trabalhos; era provida de água por quatro aquedutos, elemento
crucial para as termas romanas e para as fontes. O planalto já estava ocupado
por uma vila da época republicana, construída no tempo de Sula e ampliada sob
Júlio César, a qual pertencia à família da esposa de Adriano, Sabina, e seria
integrada no Palácio Imperial.
Depois da morte de Adriano, os seus
sucessores continuaram, sem dúvida, a deslocar-se a Tivoli, como testemunham os
planeamentos do século III, embora de seguida a vila tenha sido
progressivamente abandonada e caído no esquecimento durante a Idade Média.
A partir do Renascimento, o humanista
Flavio Biondo foi o primeiro a pôr um nome sobre as ruínas. A vila passou a ser
frequentada por artistas como Piranesi, arquitectos como Sangalo ou Borromini e
amantes de antiguidades que a pilharam das suas obras artísticas e dos seus
elementos arquitectónicos. Entre o século XVI e o século XIX, a vila foi
explorada e as centenas de obras descobertas partiram para enriquecer as colecções privadas e os grandes museus da Europa.
Em 1870, o domínio regressou à posse
do governo italiano que procedeu a escavações e restauros: estes revelaram a
espantosa arquitectura dos seus edifícios, e por vezes mesmo estuques e
mosaicos. No entanto a maior parte do lugar permanece por explorar.
A Vila Adriana foi incluída, em 1999,
na Lista do Património Mundial da UNESCO.
Com uma dimensão de 1.200 metros no
eixo Norte/Sul e 600 m. no eixo Este/Oeste, o perímetro atual da vila
estende-se por uma superfície de 40 hectares e compreende uma trintena de
edifícios de naturezas diferentes: três complexos termais, edifícios
administrativos, edifícios de lazer (teatro, passeios, etc.).
À parte certos locais com
características facilmente reconhecíveis como as termas, a interpretação de
numerosas construções é problemática e incerta.
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