Kuodi, é uma Aldeã do
Bénin, que é um dos países
africanos com mais contrastes, em primeiro lugar pelo número de grupos étnicos
e em segundo lugar por uma diferença significativa entre o Sul
"industrializado" e o Norte ainda muito agrícola. É precisamente no
Norte, na província de Atakora, que vamos conhecer a nossa Kuodi.
Atakora é uma
cordilheira robusta e íngreme. Na aldeia de Nanagadé vamos seguir a vida diária
da jovem, Kuodi, dividida entre a sua família com tradições muito fortes e
o seu futuro, que ela tenta modificar ao ser dos alunos mais assíduos da sua
classe. Tem uma vida dura, desloca-se para um sítio onde pode estudar, mas tem
que pagar cama e comida. Aí, está durante a semana, no fim de semana vai para a
aldeia ajudar a mãe nos seus trabalhos de casa e no campo. Mas Kuodi é uma
"privilegiada" entre as suas irmãs, uma vez que a instrução que
recebe torna-a imune à "troca". A "troca" é uma prática
cultural ainda fortemente praticada na sua aldeia, da qual a irmã mais nova da
nossa heroína escapou fugindo, mas depois foi espancada e arrastada pelo chão,
isso já lhe aconteceu duas vezes.
Quando uma rapariga
chega aos 14 anos, são feitas grandes festas de
iniciação à vida de mulher. O pai pode trocar uma filha, por uma mulher para si
próprio, são polígamos.
O povo Mosuo chama-lhe "Lago Mãe" e há milénios que o reflexo das
suas águas é cúmplice da estranha liberdade que gozam.
Ignorando a instituição do casamento, e considerando o juramento de fidelidade uma heresia, este povo defende o amor livre e confia a gestão da família às mulheres. Sociedade matriarcal, as mulheres organizam a via da sua família, escolhem os seus amantes. Os amantes podem dormir na casa das amadas, mas têm que sair de manhã, não podem viver na casa delas. Os filhos que possam ter, podem nem conhecer os pais, que não têm qualquer responsabilidade, nem afectiva, nem material. A mãe tem a semente o pai só a rega.
Ignorando a instituição do casamento, e considerando o juramento de fidelidade uma heresia, este povo defende o amor livre e confia a gestão da família às mulheres. Sociedade matriarcal, as mulheres organizam a via da sua família, escolhem os seus amantes. Os amantes podem dormir na casa das amadas, mas têm que sair de manhã, não podem viver na casa delas. Os filhos que possam ter, podem nem conhecer os pais, que não têm qualquer responsabilidade, nem afectiva, nem material. A mãe tem a semente o pai só a rega.
Sem comentários:
Enviar um comentário