A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mário Lago (26 de Novembro de 1911, Rio de Janeiro, Brasil - 30 de maio de 2002, Rio de Janeiro, Brasil), advogado, poeta, compositor, letrista e actor carioca.

Três Coisas

Três coisas pra mim no mundo
Valem bem mais do que o resto
Pra defender qualquer delas
Eu mostro o quanto que presto


É o gesto, é o grito, é o passo
É o grito, é o passo, é o gesto
O gesto é a voz do proibido
Escrita sem deixar traço

Chama, ordena, empurra, assusta
Vai longe com pouco espaço
É o passo, é o gesto, é o grito
É o gesto, é o grito, é o passo

O passo começa o vôo
Que vai do chão pro infinito
Pra mim que amo estrada aberta
Quem prende o passo é maldito

É o grito, é o passo, é o gesto
É o passo, é o gesto, é o grito
O grito explode o protesto
Se a boca já não dá espaço

Que guarde o que há pra ser dito
É o grito, é o passo, é o gesto
É o gesto, é o grito, é o passo
É o passo, é o gesto, é o grito

"Os governantes que não sabem escutar ou não querem escutar seus povos não são dignos de governá-los". A. P. ESQUÌVEL



Adolfo Pérez Esquivel (Buenos Aires, 26 de Novembro de 1931) arquitecto, escultor e activista de direitos humanos, agraciado com o Nobel da Paz de 1980.
Em 1974 na cidade de Medellin, na Colômbia, Adolfo Pérez Esquivel coordenou a fundação do Servicio Paz y Justicia en América Latina (SERPAJ-AL).
O SERPAJ-AL dedicou-se a defender os Direitos Humanos no continente e a difundir a Não-Violência Activa como instrumento de transformação da realidade e dos crimes de tortura e desaparecimento forçado de militantes políticos e agentes comunitários e pastorais, praticados pelas Ditaduras Militares que haviam se instalado por toda a América Latina, com o apoio dos Estados Unidos que viviam então o auge da Guerra Fria com a União Soviética.
É membro do Comité da patrocínio da Coordenação internacional para o Decénio da cultura da não-violência e da paz. Esquivel é também o Presidente da Academia de Ciências Ambientais de Veneza na Itália. Juntamente com outros Prémios Nobel da Paz, lidera uma campanha mundial pela criação de uma grupo internacional para julgar os crimes ambientais de grande monta.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PASSADOS 50 ANOS, AFINAL QUEM ENCOMENDOU A MORTE DE JOHN KENNEDY?


John Fitzgerald Kennedy (Brookline, 29 de maio de 1917  Dallas, 22 de novembro de 1963) 35°presidente dos Estados Unidos, é considerado uma das grandes personalidades do século XX.
Eleito em 1960, Kennedy tornou-se o segundo mais jovem presidente do seu país, depois de Theodore Roosevelt. Ele foi Presidente de 1961 até o seu assassinato em 1963. Durante o seu governo houve a Invasão da Baía dos Porcos, a Crise dos mísseis de Cuba, a construção do Muro de Berlim, o início da Corrida espacial, a consolidação do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos e os primeiros eventos da Guerra do Vietname.
Com 43 anos de idade, foi o candidato presidencial do Partido Democrata nas eleições de 1960, derrotando o Republicano Richard Nixon .
O presidente Kennedy morreu assassinado em 22 de novembro de 1963 em Dallas, Texas. O ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald foi preso e acusado do assassinato, mas foi morto dois dias depois, por Jack Ruby e por isso não foi julgado. A Comissão Warren concluiu que Oswald agiu sozinho no assassinato. No entanto, o Comitê da Câmara sobre Assassinatos descobriu em 1979 que talvez tenha havido uma conspiração em torno do acontecido. Este tópico foi debatido e há muitas teorias sobre o assassinato, visto que o crime foi um momento importante na história dos Estados Unidos devido ao seu impacto traumático na psique da nação.

Muitos viram em Kennedy um ícone das esperanças e aspirações americanas, e em algumas pesquisas no país ele ainda é valorizado como um dos melhores presidentes da história da nação.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

ESCLARECIMENTO

Olá, Manuela.

Ferindo a lei 9.610 (Direitos autorais). Esse meu poema: A pedra. Circulava como de autor desconhecido ou com o nome de plagiadores. Agora aparece como de Chaplin, Renato Russo, Fernando Pessoa, sem citar a autoria...
O real autor é Antonio Pereira (Apon). Todos os esclarecimentos em:
http://www.aponarte.com.br/2007/08/pedra.html
Inclusive, já está disponível a nova edição do livro: Essência (onde foi originalmente publicado esse poema em 1999): 
http://www.agbook.com.br/book/139532--Essencia ou http://www.clubedeautores.com.br/book/139532--Essencia

A forma original do poema:

O distraído, nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a construiu,
o campônio, cansado da lida,
dela fez assento.
Para os meninos foi brinquedo,
Drummond a poetizou,
Davi matou Golias...
Por fim;
o artista concebeu a mais bela escultura.
Em todos os casos,
a diferença não era a pedra.
Mas o homem.

Título: A pedra
Nome do autor: Antonio Pereira (Apon)
Link para a fonte original: http://www.aponarte.com.br/2007/08/pedra.html

Solicito a cooperação na Correção do conteúdo, incluindo os créditos necessários ou a exclusão do mesmo, para que o poema não siga equivocadamente como de “autor desconhecido” ou com outras possíveis distorções quanto a real autoria.

Se possível, conto com a colaboração na divulgação desses esclarecimentos em Blogs/Sites e Redes Sociais.

Um grande abraço.

Antonio Pereira (Apon)

domingo, 10 de novembro de 2013

Álvaro Barreirinhas Cunhal nasceu a 10 de Novembro de 1913, em Coimbra, e faleceu a 13 de Junho de 2005.

Aprecio o homem que foi Álvaro Cunhal, uma pessoa de convicções fortes e determinado na luta pelos seus ideias. Um homem que pode ser recordado pela sua integridade e coerência, como há poucos. Relativamente aos políticos estou sempre de pé atrás, por essa razão não me debruço muito sobre os mesmos. Cunhal lutou pelas suas ideias, com as consequências inevitáveis, foi amado e odiado, como sempre acontece, mas será sempre uma figura incontornável na História.


«A história do comunismo, do movimento comunista, é no fundamental, embora num percurso acidentado, a história de uma luta social constante na defesa dos interesses e direitos dos explorados e oprimidos, tendo como objectivo construir uma sociedade nova e melhor, o que implica confiança no ser humano e exclui a crença em formas sobrenaturais, que decidam do seu destino. Os objectivos e a luta dos comunistas hoje são inseparáveis dos objectivos e da luta desde o Manifesto Comunista de 1848. A Igreja católica pouco tem a ver com os primeiros cristãos que eram perseguidos. Aquele a quem se atribui a fundação da Igreja, S. Pedro, foi crucificado e de cabeça para baixo. Quando, alguns dizem que Cristo foi o primeiro comunista, atribuem-lhe ideias e comportamentos com os quais pouco ou nada têm a ver as ideias e os comportamentos da Igreja Católica ao longo dos anos, pois ela se tornou um elemento integrante do feudalismo, e depois do capitalismo, a não ser em alguns dos seus sectores que retomam as melhores ideias e comportamentos atribuídos a Cristo. No movimento comunista e na concretização dos seus objectivos registaram-se, graves situações e fenómenos que se afastaram dos ideais sempre proclamados pelos comunistas. Mas, falando em comunismo hoje, eu só compreendo mantendo e defendendo esses ideais e não renegando as grandes realizações e o património de luta de gerações e gerações de comunistas. Os comunistas não têm uma concepção ideológica separada de uma intervenção prática. Ao contrário da Religião, não aceitamos o conformismo e a resignação. Não estamos a lutar por uma concepção; estamos, com uma concepção, a lutar pela solução de problemas concretos da humanidade e por uma transformação da sociedade que os resolva. Estamos cá na terra, com os pés assentes na terra.»

Álvaro Cunhal

sábado, 2 de novembro de 2013

UM CASO REVOLTANTE...

Theodorus (Theo) van Gogh (Haia, 23 de Julho de 1957 — Amesterdão, 2 de Novembro de 2004) realizador de cinema e um polémico autor e actor dos Países Baixos.
O seu bisavô tinha sido Theo van Gogh, o comerciante de arte, irmão do famoso pintor holandês Vincent van Gogh. Depois de abandonar o curso de direito, tornou-se encenador e depois realizador de cinema, além de escrever colunas frequentemente provocadoras para o jornal Metro, entre outros.
Van Gogh tornou-se famoso pelas polémicas em que se envolveu frequentemente. Era especialmente crítico face à religião. Chamou por exemplo a Jesus Cristo "um pescador preguiçoso de Nazaré", o que lhe fez ser considerado um ser demoníaco e retratou Maomé como pedófilo (Maomé casou-se com Aicha, uma menina de nove anos).
No seu último livro (2003) foi Allah weet het beter, fez uso do seu estilo irónico e cínico, comum aos jornalistas holandeses, apresentando as suas visões do Islão.
Ele era membro da sociedade republicana holandesa Republikeins Genootschap (antimonárquica), e apoiava a nomeação da política, nascida na Somália, Ayaan Hirsi Ali, para o parlamento holandês. Ela foi eleita para o parlamento holandês em 2003, representando o VVD (Partido Liberal).
Mohammed Bouyeri querendo defender os mandamentos do Islão, que ordena matar e decapitar infiéis ou seja quem não quiser ser islâmico,assassinou Van Gogh, quando ia de bicicleta para o trabalho.
Juntamente com Hirsi Ali, van Gogh foi o autor do filme com o título "Submissão" (uma referência inequívoca ao Islão, que significa literalmente submissão a Alá). É um filme sobre a situação da mulher nas sociedades islâmicas, abordando temas como os casamentos arranjados, a violência doméstica ou o incesto. Após a estreia do filme, Van Gogh e Hirsi Ali receberam ameaças de morte.
Segundo o autor e colunista holandês Leon de Winter, o caso de Theo van Gogh é um resultado trágico do confronto cultural entre uma cultura holandesa tradicionalmente tolerante e liberal e o fluxo de imigração de zonas do mundo que não têm esse mesmo carácter. Van Gogh foi um símbolo da liberdade de expressão e do pensamento crítico, por vezes exacerbado, que são característicos de uma sociedade pluralista e moderna. Em forte contraste com este modelo estão os imigrantes do Magrebe, hoje um sector numeroso da sociedade holandesa, pouco habituados ao confronto de ideias e à crítica à religião.