A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




sábado, 2 de novembro de 2013

UM CASO REVOLTANTE...

Theodorus (Theo) van Gogh (Haia, 23 de Julho de 1957 — Amesterdão, 2 de Novembro de 2004) realizador de cinema e um polémico autor e actor dos Países Baixos.
O seu bisavô tinha sido Theo van Gogh, o comerciante de arte, irmão do famoso pintor holandês Vincent van Gogh. Depois de abandonar o curso de direito, tornou-se encenador e depois realizador de cinema, além de escrever colunas frequentemente provocadoras para o jornal Metro, entre outros.
Van Gogh tornou-se famoso pelas polémicas em que se envolveu frequentemente. Era especialmente crítico face à religião. Chamou por exemplo a Jesus Cristo "um pescador preguiçoso de Nazaré", o que lhe fez ser considerado um ser demoníaco e retratou Maomé como pedófilo (Maomé casou-se com Aicha, uma menina de nove anos).
No seu último livro (2003) foi Allah weet het beter, fez uso do seu estilo irónico e cínico, comum aos jornalistas holandeses, apresentando as suas visões do Islão.
Ele era membro da sociedade republicana holandesa Republikeins Genootschap (antimonárquica), e apoiava a nomeação da política, nascida na Somália, Ayaan Hirsi Ali, para o parlamento holandês. Ela foi eleita para o parlamento holandês em 2003, representando o VVD (Partido Liberal).
Mohammed Bouyeri querendo defender os mandamentos do Islão, que ordena matar e decapitar infiéis ou seja quem não quiser ser islâmico,assassinou Van Gogh, quando ia de bicicleta para o trabalho.
Juntamente com Hirsi Ali, van Gogh foi o autor do filme com o título "Submissão" (uma referência inequívoca ao Islão, que significa literalmente submissão a Alá). É um filme sobre a situação da mulher nas sociedades islâmicas, abordando temas como os casamentos arranjados, a violência doméstica ou o incesto. Após a estreia do filme, Van Gogh e Hirsi Ali receberam ameaças de morte.
Segundo o autor e colunista holandês Leon de Winter, o caso de Theo van Gogh é um resultado trágico do confronto cultural entre uma cultura holandesa tradicionalmente tolerante e liberal e o fluxo de imigração de zonas do mundo que não têm esse mesmo carácter. Van Gogh foi um símbolo da liberdade de expressão e do pensamento crítico, por vezes exacerbado, que são característicos de uma sociedade pluralista e moderna. Em forte contraste com este modelo estão os imigrantes do Magrebe, hoje um sector numeroso da sociedade holandesa, pouco habituados ao confronto de ideias e à crítica à religião.

1 comentário:

Brown Eyes disse...

Não conhecia a história de Van GogH, familiar do famoso pintor. Sempre que uma sociedade reprima o pensamento ou penalize quem pensa de maneira diferente acabará por se anular a si mesma. O desenvolvimento só existe em liberdade e todos acabam por usufruir da diferença. Se a calarmos ela nunca será conhecida e embora a tradição seja benéfica é necessário que haja ideias e maneiras de pensar diferentes para que o desenvolvimento beneficie a vida de quem vive nela. Beijinhos