A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

OLHARES LUGARES DE JR E AGNÉS VARDA

[ADORO AGNÉS VARDA, ELA DISSE QUE ERA O SEU ÚLTIMO FILME, QUE PENA!)

O que têm em comum Agnès Varda, cineasta de 89 anos, e JR, fotógrafo e "street artist" de 34? Acima de qualquer outra coisa, a paixão pelas imagens. Quando se encontram pela primeira vez, percebem o sentido de um projecto a quatro mãos. Com isso em mente, fazem-se à estrada dentro da carrinha dele, percorrendo os caminhos secundários de França, onde se vão deparando com uma enorme variedade de pessoas e histórias. Os rostos delas são posteriormente convertidos em grandes painéis nas paredes de fábricas, muros ou casas. No percurso, uma amizade terna e quase mágica vai crescendo entre os dois…


Agnès Varda ("Sem Eira nem Beira", "Os Respigadores e a Respigadora", “As Praias de Agnes") e JR ("Women Are Heroes - O Documentário", "Ellis") realizam assim este divertido documentário que arrecadou o prémio "L'Oeil d'Or" no Festival de Cinema de Cannes e que se encontra nomeado para um Óscar na categoria de Melhor Documentário. O filme – assim como as suas personagens –, é acompanhado pela música do cantor, compositor, produtor e guitarrista francês Matthieu Chedid.

Eugène-Henri-PAUL GAUGUIN (Paris, 7 de Junho de 1848 — Ilhas Marquesas, 8 de Maio de 1903)


Paul Gauguin partiu para o Taiti em busca de novos temas e para se libertar dos condicionamentos da Europa. As suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural.




Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o "retorno ao princípio", ou seja, à arte primitivista. Foi considerado o fundador do grupo Les Nabis.
Regressou a Paris, com a ideia de voltar ao Taiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Com o auxílio de amigos, também artistas, organizou um grande leilão das suas obras. Colocou, à venda, cerca de 40 peças. A maioria foi comprada pelos próprios amigos.
Em meados de 1891, regressou ao Taiti, onde pintou cerca de uma centena de quadros sobre tipos indígenas, além de executar inúmeras esculturas e escrever um livro, Noa noa.
Regressou novamente a Paris e realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel e voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominique. Nessa fase, criou algumas de suas obras mais importantes, como "De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?",

uma tela enorme que sintetiza toda a sua pintura, realizada antes de uma frustrada tentativa de suicídio utilizando arsénio.
Em setembro de 1901, transferiu-se para a ilha Hiva Oa, uma das Ilhas Marquesas, onde veio a falecer.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

"Nós somos hoje responsáveis pelo futuro mais longínquo da humanidade."

Adicionar legenda

Paul Ricœur (Valence, 27 de Fevereiro de 1913 - Chatenay Malabry, perto de Paris, 20 de Maio de 2005), filósofos.

GHOUTA - SÍRIA






ENQUANTO SITUAÇÕES DESTAS ANDAREM PERSISTENTEMENTE NA NOSSA RETINA, COMO NOS PODEMOS SENTIR BEM?

domingo, 25 de fevereiro de 2018

INCRÍVEL!



Quadro de Edgar Degas roubado em 2009 é encontrado na região de Paris, obra foi encontrada no compartimento de bagagem de um autocarro, nas proximidades de Paris! 
O quadro "Les Figurants", pertence ao museu Orsay. Especialistas afirmaram que o quadro havia sido roubado em 31 de dezembro de 2009 do museu Cantini em Marselha, onde a obra havia sido emprestada para uma exposição.


aqueduto de pegões vou lá um dia destes!


Situado perto de Tomar, sobre o vale da Ribeira dos Pegões, o Aqueduto dos Pegões é um dos maiores e mais imponentes aquedutos portugueses.


Aqueduto dos Pegões

Foi construído em finais do séc. XVI e princípios do séc. XVII, a mando de Filipe I, para abastecer de água o Convento de Cristo. A história do Aqueduto dos Pegões encontra-se pois fortemente ligada à do convento.

Contudo, apesar da sua grande dimensão e do seu razoável estado de conservação, o Aqueduto dos Pegões Altos, é relativamente pouco conhecido e nem sequer é referido pela maioria dos guias turísticos, que para a cidade de Tomar, apenas referem o convento e uma ou outra igreja.
O Aqueduto dos Pegões tem um comprimento total de cerca de 5 a 6 km e no troço de maiores dimensões atinge uma altura máxima de 30 metros. Aqui a construção é composta por duas fiadas de arcos, sendo os de cima redondos e os de baixo ogivais. Originalmente o aqueduto era abastecido por três mães-d´água.
O Aqueduto dos Pegões pode ser percorrido a pé ao longo da sua parte superior, pois existe uma plataforma que acompanha a caleira de água. Este percurso constitui uma experiência única, dado que os outros aquedutos portugueses não podem ser percorridos livremente.

ISTO É UM MUNDO!



Biblioteca impressionante na China

A estrutura é incrível. Possui um auditório esférico gigante no meio, que parece um olho gigante.

Esta impressionante biblioteca de 5 andares, localizada no distrito cultural de Binhai, em Tianjin, na China, foi desenhada pela empresa de design holandesa MVRDV, em colaboração com o Instituto de Planeamento e Design Urbanista de Tianjin (TUPDI) e desde então recebeu o nome de 'The Eye of Binahi'. 
 


A biblioteca cobre 34 mil metros quadrados e pode armazenar até 1,2 milhão de livros.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

COISAS DE DALI!



Pintura a óleo inédita é certificada como primeira obra surrealista de Dalí
A obra "O Nascimento Intrauterino de Salvador Dalí", um óleo vendido numa loja de antiguidades espanhola há 20 anos por € 150 (R$ 454), foi certificada como a primeira obra surrealista do artista. Segundo especialistas espanhóis.
O pintor e historiador de arte Tomeu L'Amo encontrou o quadro numa loja de Girona em 1988 e, suspeitou que fosse uma obra de Dalí e comprou-a.
Durante anos, o quadro foi considerado obra de um artista desconhecido, já que a assinatura inclui a data de 1896, oito anos antes do nascimento de Dalí.
Mas depois de submeter a pintura aos mais modernos testes de fotografia infravermelha, raios-x e luz ultravioleta, os especialistas concluíram que se tratava realmente de um quadro de Dalí, pintado por volta de 1921, quando ele tinha 17 anos.
A análise grafológica também concluiu que as dez palavras escritas na pequena dedicatória na parte inferior direita do quadro correspondente à letra de Dalí naquela época.
"O quadro pode ser considerado a primeira obra surrealista de Dalí", concluiu Nicolás Descharnes, especialista na obra do artista.
Relativamente à data da dedicatória Tomeu, fazendo contas entre a data da dedicatória e a data do nascimento de Dali e da morte do seu irmão mais velho, que morreu antes de nascer, chegou ao enigma da datação. Dali considerava a data de 1896, como a data do seu nascimento divino, coisas de Dali
Segundo explicou Tomeu Lamo, trata-se de una obra “histórica”, porque é a única representação pictórica, que o artista pintou sobre um tema que o obcecou toda a vida.
 [Documentário ontem emitido no Canal 2]

SOPHIA



Dai-me a casa vazia e simples onde a luz é preciosa. Dai-me a beleza intensa e nua do que é frugal. Quero comer devagar e gravemente como aquele que sabe o contorno carnudo e o peso grave das coisas.
Não quero possuir a terra mas ser um com ela. Não quero possuir nem dominar porque quero ser: esta é a necessidade.
Com veemência e fúria defendo a fidelidade ao estar terrestre. O mundo do ter perturba e paralisa e desvia em seus circuitos o estar, o viver, o ser. Dai-me a claridade daquilo que é exactamente o necessário. Dai-me a limpeza de que não haja lucro. Que a vida seja limpa de todo o luxo e de todo o lixo. Chegou o tempo da nova aliança com a vida.
- Sophia de Mello Breyner Andresen, "inédito" - sem data.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Nuvem entre nuvens!


«Branco e distante, absorto em si próprio, o céu abre-se e fecha-se sem fim, passa e fica sem fim».

«O que estou aqui a fazer? Afinal andava à procura de quê? As minhas mãos estão vazias. Talvez seja então lá em cima?»
A Casa Assombrada - Virgínia Woolf

Poderá já ser tarde, mas não me conformo!


quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Do linho ao látex, às cores e com sabores: histórias da História do preservativo




Que evolução teve o contraceptivo ao longo dos séculos?

Era uma espécie de saco de linho o primeiro preservativo, criado em 1564, pelo cirurgião e anatomista italiano Gabriele Falloppio para prevenir a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis. Sobretudo a sífilis. Havia, antes disso, alguns registos da existência de preservativos noutras civilizações. Depois da criação de Falloppio, outras se seguiram: há documentação, por volta de 1700, que fala de preservativos feitos de bexigas de animais e peles finas. E depois de seda. E até confecções caseiras com tripas compradas no talho. Os primeiros preservativos de borracha aparecem pelos anos 1870 e só nos anos 30 do século XX o látex foi sendo cada vez mais usado.

Agora, os preservativos têm várias cores, sabores, texturas, há os que brilham no escuro e os que têm desenhos. 

 O uso de preservativos cresceu exponencialmente pelo final dos anos 70, com o aparecimento da SIDA. 

Preocupantes são também os números sobre a utilização de preservativo: apenas 37,7% dos jovens inquiridos afirmaram que usavam sempre preservativo. É bom lembrar que, no que ao SIDA diz respeito, a principal forma de transmissão é, actualmente, sexual (já foi através das seringas, nos anos 80). Em Portugal, o uso de preservativo está em queda desde 2010 — e ainda há quem faça tudo sem pensar.

 A tentar contrariar isso, vão surgindo campanhas, ora públicas ora privadas, mas será que os jovens já estão preparados para lidar com os vários temas à volta da sexualidade, desde o planeamento familiar, à saúde reprodutiva e a questões mais complexas como o género e a violência de género? Já há estudos que garantem que o preservativo não reduz o prazer. Não há, portanto, justificação possível para não usar.


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

FONTES E CHAFARIZES DO PORTO


Nas minhas caminhadas pela cidade do Porto, tenho descoberto muitas fontes e chafarizes, além de fontanários de vários modelos, posteriores às fontes e chafarizes.
Por onde passo tenho fotografado, mas ainda não pensei fazer um périplo fotográfico como deve ser, mas há quem já se tivesse debruçado sobre esse tema, por exemplo Germano Silva com o seu livro, «Fontes e Chafarizes».
Além de todas estas, há muitas mais.
As necessidades de abastecimento às populações bem como às grandes instituições conventuais e monacais sempre colocou dificuldades a quem tinha de encontrar resposta para satisfazer essas necessidades. Aquedutos, Fontes e Chafarizes foram os responsáveis pelo abastecimento continuado das populações, daí que tenham proliferado um pouco por todo o lado, tirando partido da abundância de água que a cidade tinha. Muitas Fontes e Chafarizes acabaram por ser transferidos de um lugar para outro. As alterações que a cidade sofreu fruto do progresso e das alterações no urbanismo levaram à sua transferência ou mesmo ao seu desaparecimento. As necessidades das populações em termos de abastecimento público de água foram-se alterando e, a maior parte, desempenham  actualmente funções estéticas em espaços públicos urbanos.

Algumas dessas fontes e chafarizes, que perderam a sua funcionalidade podem ser vistas na mata da empresa Águas do Porto (antigo SMAS), para onde a Câmara Municipal do Porto as transferiu. Alguns fontanários podem ser vistos no Parque da Pasteleira. Pela cidade, no entanto, ainda podemos encontrar, e a funcionar, belos exemplares de fontes e chafarizes.

Fonte de Neptuno. Está localizada na parede lateral, voltada para os Clérigos, da antiga Cadeia da Relação, onde hoje estão instalados os serviços do Centro Português de Fotografia). Por cima encontra-se uma varanda com janela que dá para a Capela onde os condenados à morte passavam a última noite.
Recentemente também passei pela Sé e desci para a Igreja dos Grilos, onde estive a apreciar esta fonte.



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

HOMENAGEM A ANTÓNIO GEDEÃO


Soneto


Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção falar concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.

Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer aos olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.

Também eu das palavras me arreceio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.

E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos, e responde.

António Gedeão, in “Poesias Completas” 

domingo, 18 de fevereiro de 2018

BAIRRO IGNEZ


No último ano do século XIX foi comprada aos condes de Burnay, uma parte do convento de Monchique para a instalação de uma fábrica de serraria, carpintaria e pregaria.

Em 1915 é formulado à Câmara do Porto, um pedido do engenheiro Eleutério Adolfo Moreira da Fonseca no sentido de transformar a fábrica de pregaria "União Industrial Portuense" num "bairro de casas baratas para operários". O bairro é construído segundo um projecto Inácio Pereira de Sá.

O bairro foi recuperado por Fernando Távora nos finais do século XX, está numa zona privilegiada e deixou de ter o seu carácter inicial.

É na esplanada do Bar Ignez, que usou o nome do bairro, pelo mesmo se encontrar no patamar mais abaixo, que se pode apreciar esse casario e também
uma vista fantástica para o Rio Douro.



Também é possível olhando para o outro lado ver a parte traseira dos Jardins do Palácio, as suas sete palmeiras da Califórnia e a Casa do Roseiral, onde viveu António Pinto Machado - (1895 - 1965). Jornalista, escritor, poeta e entre outras actividades Director do Palácio de Cristal. Presentemente é residência oficial do Presidente da Câmara Municipal do Porto, embora não seja habitada é usada para cumprir cerimónias protocolares e apoiar visitas oficiais. 





sábado, 17 de fevereiro de 2018

CONVENTO DO MONCHIQUE


Quem alguma vez ouviu falar no Convento de Monchique? Quem já se questionou sobre o porquê do Porto, sendo desde sempre uma das cidades mais importantes de Portugal, não ter – pelo menos que seja conhecido – um edifício de estilo de arquitetura manuelina? Poder-se-ia responder que foi um estilo que ficou pelo Sul, por ser lá que se encontrava a corte. Mas essa resposta não serve porque no Norte também existem grandes exemplares, como é exemplo a Igreja de Freixo de Espada à Cinta.

Este convento ainda existe. Situa-se em Miragaia, num estado de ruina tal que aparenta tratar-se de uma ruina vulgar sem qualquer importância. Partes importantes deste edifício foram construídas no reinado de D. Manuel I e, apesar da bela abóbada ter desaparecido, ainda subsiste uma espécie de torre com ameias e cones manuelinos. A abóbada da igreja ainda existia no século XX, mas parece que um antigo proprietário achou-a tão bela que a desmantelou para a reconstruir em sua casa.



É estranho este desprezo e esquecimento a que foi votado este convento. Ainda no século XIX era tido como um dos mais belos e ricos do Porto. Além do seu ímpar estilo arquitetónico é de notar que o Convento de Monchique protagonizou o momento alto do “Amor de Perdição” que nos narrou Camilo Castelo Branco.


O Convento da Madre de Deus de Monchique de Miragaia era feminino, pertencia à Ordem dos Frades Menores, e à Província de Portugal da Observância.
Em 1533, foi fundado, no sítio de Monchique (local onde existia uma sinagoga, em pleno território da judiaria) na freguesia de Miragaia, fora dos muros da cidade do Porto.
No ano seguinte, terminou a construção do edifício.
Os fundadores D. Pedro da Cunha Coutinho e sua mulher, D. Beatriz de Vilhena, cederam espaço para esse efeito, e dotaram o convento com inúmeros bens. Doaram ao convento os padroados das igrejas de São Vicente de Cidadelhe, no bispado do Porto, e de Santa Maria do Sovral e da Velosa, no bispado da Guarda.
A fundadora conseguiu ainda que o papa lhe concedesse vários privilégios.
Obteve então, licença para nomear as primeiras religiosas, a faculdade do convento guardar todos os bens que ela lhe concedesse, a possibilidade de eleger como confessores sacerdotes seculares não havendo frades nem capelão, e ainda, que ela própria e a abadessa pudessem ordenar algumas leis para o governo da casa.
Em 1538, acolheu as primeiras religiosas já observantes, sendo a primeira abadessa Dona Isabel de Noronha, filha de Rui Teles de Meneses.
A fundadora foi sepultada na capela-mor do convento, deixando a comunidade como herdeira de todos os seus bens.
Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

FALSIFICADORES - BONS DOCUMENTÁRIOS NO CANAL 2


A extraordinária vida de Elmyr de Hory, genial falsificador do século XX, capaz de imitar os maiores pintores da Arte Moderna.

 A vida de Elmyr de Hory (1906-1976) foi tão espantosa e brilhante como as suas habilidades de falsificador. Foi capaz de imitar perfeitamente o estilo dos maiores pintores da Arte Moderna: Picasso, Dubuffet, Derain, Matisse, Chagall… as suas vítimas são incontáveis.

Sobrevivente dos campos de concentração Nazi, vindo de uma família húngara muito pobre, Elmyr tornou-se no maior falsificador do século XX. Com a ajuda de Fernand Le Gros, um vigarista extravagante e manipulador, Elmyr conseguiu que as suas obras fossem exibidas em museus e galerias e vendidas como originais. De Budapeste a Paris, do Rio de Janeiro aos Estados Unidos da América a Ibiza, o pintor passou parte da sua vida a fugir do FBI e da Interpol. Os seus amigos eram gente famosa, como, Ursula Andress e Salvador Dali, as suas vítimas eram os nomes mais reconhecidos no mundo das artes dos anos 1940 aos anos 1970, e os seus inimigos eram ao mesmo tempo os seus parceiros Viveu uma vida luxuosa em Ibiza, numa casa sempre em festa.
Protagonizando golpes e embustes, uma personagem extravagante que desafiou as regras, este homem, bem ou mal, deixou a sua marca na História da Arte .

Excêntrico e sem constrangimentos, Fernand Legros é o maior vigarista da segunda metade do século XX, com uma estranha figura pública.
Fernand Legros estabeleceu um mercado internacional falso.

Nascido no Egipto e subsequentemente estabelecido na França, Legros obteve a nacionalidade americana por casamento. Depois de frequentar a Escola do Louvre, conheceu Elemer Hoffman, mais conhecido como Elmyr de Hory, um falsificador especializado em imitação de assinaturas. Legros, e Elmyr de Hory, esboçam as bases de uma das maiores fraudes na história do mercado de arte.

Durante 20 anos, Fernand Legros, entre a Europa, os Estados Unidos e a América do Sul vendeu quadros de  Elmyr de Hory, imitando vários e grandes pintores do século XX. Em 1968, os especialistas revelaram os truques de Legros, identificando 44 objectos falsos do rico coleccionador Algur H. Meadows, todos comprados ao falsificador francês-americano. Para que Legros não fosse preso, Elmyr de Hory admite publicamente ser o autor das 80 falsas obras descobertas.

Em 1979, Legros finalmente foi acusado de falsificar obras de arte e condenado a dois anos de prisão, que escapou, graças ao tempo que já tinha passado na prisão aguardando julgamento. Morreu em 1983 de um câncer de garganta.


Guy Ribes é pintor e falsificador de arte. Nasceu em 17 de julho de 1948), em Riorges, perto de Roanne (Loire).

Nasceu num bordel, de pais proxenetas. Guy Ribes passou a sua infância e a sua juventude na área de Lyon. O seu pai, Jean-Baptiste Ribes, é um colosso que mede mais de dois metros; a sua mãe, "Madame Jeanne", uma cigana de Múrcia, em Espanha. Quando estes, que também têm um cinema, estão ausentes, são as prostitutas que cuidam do jovem. Mas com a aplicação da lei, o hotel fecha e os pais são julgados e presos. Guy, vai para um internato, onde descobrem o seu talento para a pintura e trabalha pintando, com oito anos de idade.

Aos onze, ajudou o seu pai, libertado da prisão, nas feiras aos doze trabalhou numa fábrica, aos treze dormia na rua, aos dezasseis anos aprendeu num prestigiado estúdio de desenho de seda em Lyon, mas continuou a pintar e vender as suas telas e aquarelas nos mercados.

Depois de um período na Marinha, tentou viver da sua arte, mas sem sucesso. Começou, em 1975, a copiar grandes pintores. Estima-se que "o falsificador inundou o mercado de arte com trabalhos por mais de 20 anos, 1000 desenhos e pinturas, produzidos entre meados dos anos 80 a 2005, à custa de coleccionadores privados, galerias e até museus. Instalado em Saint-Mandé numa oficina, pintava falsos Chagall, Picasso, Dalí, Léger, Bonnard, Modigliani, Renoir, Laurencin, Braque, Vlaminck ou Matisse, nunca fazendo uma cópia, preferia pintar no estilo do artista copiado, estudando antecipadamente a técnica e a alma de cada um. Falsificava exactamente as assinaturas e através de cúmplices arranjava os certificados.

Denunciado, foi preso em 2005 e foi condenado a três anos de prisão, dois dos quais estão suspensos. Outras onze pessoas, seus cúmplices, são condenadas a várias penalidades.

Durante o julgamento, Guy Ribes afirma:

"Aprendi tudo imitando os mais velhos. Eu os amei, queria me comparar com eles, pelo orgulho, pelo jogo. Tentei criar o meu trabalho, mas era impossível. As pessoas preferiam minhas pinturas inspiradas pelos grandes mestres. "

De acordo com o advogado de Guy Ribes, o tribunal apontou "a alta qualidade das suas obras", reconhecendo a sua "qualidade de artista" e não a limitando "a um simples falsificador".

Em muitas colecções ainda existem muitas falsificações de Guy Ribes.

VIOLETAS E AMORES PERFEITOS

Violaceae, a família das violetas, contém cerca de 23 géneros. A família é amplamente distribuída por regiões temperadas com temperaturas amenas. 
Violetas selvagens e as do género Viola são em sua grande maioria azuis, brancas, roxas (violeta) e amarelas.
Mitologia
O nome latino de "violeta" é Viola, forma latina do grego Ione. Ione era amada por Júpiter, que, para evitar o ódio de Juno, sua esposa, transformou Ione numa vitela. Ione chorava enquanto pastava, e das suas lágrimas nasciam violetas. A violeta é considerada uma planta de reverência à deusa Afrodite. Fora no passado, símbolo de fertilidade, e componente frequente de filtros de amor.
Símbolo da cidade de Atenas, onde servia para adoçar alimentos. Os romanos faziam vinhos de violetas. Plinio, o Velho, aconselhava o uso de coroa de violetas para curar dores de cabeça e tonturas, principalmente se eram resultadas por uso excessivo de bebidas alcoólicas. Hoje em dia, sabe-se que ela contém um glicosídeo do ácido salicílico, cuja fórmula sintética é utilizada na Aspirina.
Para Napoleão, era o emblema do seu partido, por ser a flor favorita da sua esposa Imperatriz Josefina.



Da mesma família: Viola tricolor (família das violetas), popularmente conhecida como amor-perfeito e erva-trindade, é uma flor bienal selvagem eurasiática. As flores da viola tricolor ou amores perfeitos podem ser roxas, azuis, amarelas ou brancas. É hermafrodita e auto-fértil, polinizada pelas abelhas.