A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




quinta-feira, 29 de março de 2012

MUITO ÚTIL EM TEMPOS DE MENTIRA DOMINANTE!



O investigador Freitas-Magalhães, da Universidade Fernando Pessoa no Porto, foi incluído na «Enciclopédia Mundial sobre o Comportamento Humano», devido ao seu estudo a «Expressão Facial da Emoção». É o reconhecimento de mais de duas décadas de trabalho científico. A investigação foi submetida ao Ministério da Justiça, para a adopção em Portugal dos métodos e técnicas de avaliação da expressão facial da emoção, em interrogatórios e inquirições.

quarta-feira, 28 de março de 2012

«STALKING» ou a incapacidade de saber perder!


Estive a rever o filme «A Mulher do Lado», filme realizado por François Truffaul, em que o argumento se centra num «amour fou» e associei aos comportamentos de stalking, estudo recente da Universidade do Minho.
Os comportamentos de stalking, vão de tentar entrar em contacto, através de cartas, e-mails e telefonemas indesejados a aparecer em locais habitualmente frequentados pela vítima, até perseguição, ameaçar a vítima ou terceiros, agressões e morte.
Há sentimentos que ao acabarem ficam mal resolvidos, uma parte não consegue aceitar a evidência de uma rutura, que pode acontecer por várias razões!
No filme há uma provocação, uma retração, querer e não querer, avançando e recuando! A pessoa deixada provoca quem a deixou, pretendendo resolver a sua obsessão, de uma forma vingativa, para motivar no outro o sofrimento, pela humilhação sofrida e, esse jogo não se compadece com nada, não recua perante nada e vai até às últimas consequências, num «nem contigo, nem sem ti».
Stalking é uma paranoia, que se caracteriza por um delírio, mas pode não acarretar o deterioramento das funções psíquicas externas à atividade delirante, podendo o seu funcionamento social, não revelar o delírio porque está a viver. Os sintomas típicos dos delírios incluem a perseguição, o ciúme, o amor (erotomania) e a megalomania, crença numa posição e poder superior.

INFELIZMENTE UM TEMA DIÁRIO NOS JORNAIS, OS CRIMES PASSIONAIS!

segunda-feira, 26 de março de 2012

"O ponto de encontro entre a criação artística e a vida vivida talvez esteja naquele espaço privilegiado que é o sonho".


ANTÓNIO TABUCCHI (1943-2012)
 
A Vida não Está por Ordem Alfabética

A vida não está por ordem alfabética como há quem julgue. Surge... ora aqui, ora ali, como muito bem entende, são miga­lhas, o problema depois é juntá-las, é esse montinho de areia, e este grão que grão sustém? Por vezes, aquele que está mesmo no cimo e parece sustentado por todo o montinho, é precisamente esse que mantém unidos todos os outros, porque esse montinho não obedece às leis da física, retira o grão que aparentemente não sustentava nada e esboroa-se tudo, a areia desliza, espalma-se e resta-te apenas traçar uns rabiscos com o dedo, contradanças, caminhos que não levam a lado nenhum, e continuas à nora, insistes no vaivém, que é feito daquele abençoado grão que mantinha tudo ligado... até que um dia o dedo resolve parar, farto de tanta garatuja, deixaste na areia um traçado estranho, um desenho sem jeito nem lógica, e começas a desconfiar que o sentido de tudo aquilo eram as garatujas. 

António Tabucchi, in 'Tristano Morre'

sexta-feira, 23 de março de 2012

poupe-se em tudo menos na poesia



SUBIDAS

Subir uma montanha é ficar ainda sobre a terra
ascender a altos cumes é um movimento ainda horizontal.
Subidas verdadeiras são as feitas sem dar passos
em que a ascensão é como uma paragem que se eleva.

E no entanto os montes pedem outra respiração
aproximam quem caminha a um ponto de silêncio
às paisagens nuas que os humanos não dominam.

Ai, nas altitudes onde o vento é sempre novo,
também os corações pressentem a vertigem
de algo que se abre, a realidade original.

Por isso os alpinistas, os esforços de ascensão
ao lugar dos cimos, das giestas e das águias,
lugar das fontes vivas e dos cedros quase eternos.

Porém uma montanha é apenas superfície
ninguém se eleva mais que o lugar dos próprios pés
ninguém pode ir mais longe que a moldura do seu corpo.

Só o desejo impele infinito a outra subida
uma subida a um rosto, a um corpo que se ama
e essa é a montanha, o amor, a sarça, o Deus.

Carlos Poças Falcão

quarta-feira, 21 de março de 2012

e a Primavera vestiu a cidade...

Estátua República - Jardim na Pr da República - Porto

terça-feira, 20 de março de 2012

Conspiração dentro de casa

E se o seu frigorífico informasse a Mossad que você faz jejum no Ramadão e a sua dentadura alertasse os serviços secretos iranianos de que só come produtos "kosher"? O Admirável Mundo Novo, o de Huxley e o de Orwell juntos, demorou mais uns anos que o previsto mas parece que finalmente está aí, à nossa porta.
O "Público online", que dá a notícia, chama-lhe Internet das Coisas, anunciando "um mundo em que os electrodomésticos que usamos, as roupas que vestimos, os talheres com que comemos e tudo o resto (...) pode ser localizado, monitorizado e controlado" para passar a espiar-nos.
O director da CIA, David Petraeus, não esconde o entusiasmo: "Na prática, estas tecnologias [designadamente o "cloud computing" ] podem levar a uma rápida integração de dados de sociedades fechadas e permitir uma constante monitorização de praticamente qualquer coisa (...) Os dados estão em todo o lado. Todo e qualquer byte revela informação sobre localização, hábitos e, por extrapolação, intenções e prováveis comportamentos".
Aconselha a prudência que levemos a sério a lei de Murphy segundo a qual, se uma desgraça pode acontecer, o mais certo é que aconteça. Mas até para quem, como eu, já desconfiava da câmara que veio com o computador e do aparelho de TV, é duro ter que passar a olhar de soslaio para a própria roupa interior. É melhor nem imaginar o que a nossa roupa interior terá a dizer sobre nós ao general Petraeus.

Manuel António Pina - JN- 20.03.2012

domingo, 18 de março de 2012

ANIMU


Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
-- Fernando Pessoa

 Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso.
-- Fernando Pessoa