A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




sábado, 31 de dezembro de 2011

PARA TODOS MUITA «MERDE» PARA 2012!


Apostando na diferença, porque estou cansada de palavrinhas mansas e formais e antevendo um ano que não será fácil e esta já é uma forma «light» de o dizer, perante o anunciado em letras garrafais nos media, como «ano extraordinariamente difícil, desejo a todos muita «merde»!
Merda (do latim merda) é uma expressão pejorativa, de baixo calão para exprimir desprezo e indignação. No teatro antigo (e este uso estende-se aos dias de hoje), merda era utilizada na linguagem entre artistas de teatro para desejar boa-sorte. A expressão nasceu da língua francesa, merde, provavelmente no século XIX ou século XX, pelo facto de o público ter acesso ao teatro através de carruagens a cavalos que, amontoavam fezes nas suas entradas; com ironia, a expressão correlacionava o facto de haver "muita merda" na entrada do teatro ao desejo de "muita sorte" em cena.

Fiquei surpreendida, porque desconhecia que em Barcelona, nesta época os cagners são muito procurados. São pequenas figuras de barro. Fazem parte destes caganers, figuras bem conhecidas como, Obama, Merkel, Sarkozy e Bruni, William e Catherine, Rainha Isabel II, Príncipe Carlos e Camila, o Papa e todas as figuras conhecidas, políticos, cantores, futebolistas, actores, etc…

UNS EXEMPLOS:






ATÉ ME CUSTA EXPRESSAR-ME DESTE MODO, MAS…MUITA MERDE PARA 2012!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

PARA UMA PESSOA MUITO ESPECIAL...GLÓRIA LEÃO!


A vida prega-nos partidas e grandes partidas! Sentimo-nos frágeis e sofremos! Mergulhamos numa noite escura, mas ao fim da noite a aurora surge e é necessário pensar no surgimento dessa claridade! No maior desespero sentimos forte o ânimo para fazer essa travessia. O importante é querer!
Minha querida com todo o meu afecto dou-te a minha mão com a energia de um QUERER maior!
Grande abraço e beijinhos!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

NA CAPITAL DO REINO, TEMENDO ENCONTRAR D. SEBASTIÃO A SAIR DO NEVOEIRO...

 Chegada com Sol, mas de repente um nevoeiro frio foi-se estendendo por todo o lado...










 Dia seguinte com Sol, mas penando cedo pelo único combóio do dia (greve) na Gare do Oriente.








quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Para quando a medalha de ouro da cidade do Porto para Agustina Bessa-Luís?


Surpreende-me o silêncio que caiu, sobre Agustina Bessa-Luís. O Porto não pode, não deve esquecer esta extraordinária escritora, que escreveu obras eternas. Será mais que oportuno que a cidade que escolheu para viver, onde dirigiu o jornal «O Primeiro de Janeiro» e onde criou uma obra de altíssima qualidade, lhe faça uma grande homenagem e lhe dê a maior distinção da cidade, a Medalha de Ouro. Em 1988 foi agraciada com a medalha de Honra da Cidade.
Agustina Bessa-Luís, retirou-se da cena pública, há alguns anos, devido a problemas graves de saúde. Natural de Vila Meã, Amarante, escolheu o Porto para viver. Descendente de uma família de raízes rurais de Entre Douro e Minho e de uma família espanhola de Zamora., a escritora passou a infância e adolescência nesta região, cuja ambiência marcou fortemente a sua obra. Depois mudou para o Porto, onde vive há 70 anos.
Estreou-se como romancista em 1948, com «Mundo Fechado», mas foi com «Sibila», em 1954 que Agustina se impôs como uma das mais importantes escritoras da ficção portuguesa contemporânea.
Vários dos seus romances foram adaptados ao cinema por Manuel de Oliveira: Fanny Owen (Francisca), Vale Abraão e Terras do Risco (O Convento).
Membro da Academia Europeia de Ciências, Artes e Letras, da Academia Brasileira de Letras e da Academia de Ciências de Lisboa, recebeu em 2004 o Prémio Camões, além de outras 14 distinções nacionais e internacionais, obtidas pelos vários romances que escreveu.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Procurando a magia...



Desde miúda que o circo exerce sobre mim uma grande magia e grande magia tem mesmo o CIRQUE DU SOLEIL, uma das maiores e mais famosas trupes de circo do mundo!
ALEGRIA, tem acrobacias com muita energia, palhaços sempre presentes, momentos emotivos de grande intensidade, que aproximam mais este espectáculo do teatro, do que propriamente do circo! É uma luta de poder entre gerações, sempre actual esta história da humanidade! De um lado antigas gerações tem o poder, do outro novas gerações conquistam esse poder, mas a nova geração envelhece e o processo inicia-se novamente! Tudo acontece num reino sem rei, mas há: anjos, palhaços ricos e pobres…o palco nunca se esvazia, criando uma montanha russa de emoções.
Este espectáculo anda na estrada há 17 anos, com as actualizações necessárias, mas sem mudar o conceito. Um estilo barroco com um guarda-roupa extravagante, música e coreografia que tornam este espectáculo único. Artistas de várias nacionalidadas treinados para tudo fazerem em cena. É uma viagem, com vários picos de energia, intercalando momentos tranquilos a outros mais emocionais.

sábado, 24 de dezembro de 2011

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Revolução da Bondade

Acho que a grande revolução, e o livro «Ensaio sobre a Cegueira» fala disso, seria a revolução da bondade. Se nós, de um dia para o outro, nos descobríssemos bons, os problemas do mundo estariam resolvidos. Claro que isso nem é uma utopia, é um disparate. Mas a consciência de que isso não acontecerá, não nos deve impedir, cada um consigo mesmo, de fazer tudo o que pode para reger-se por princípios éticos. Pelo menos a sua passagem pelo este mundo não terá sido inútil e, mesmo que não seja extremamente útil, não terá sido perniciosa. Quando nós olhamos para o estado em que o mundo se encontra, damo-nos conta de que há milhares e milhares de seres humanos que fizeram da sua vida uma sistemática acção perniciosa contra o resto da humanidade. Nem é preciso dar-lhes nomes.

José Saramago


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DIA DE NATAL - ANTÓNIO GEDEÃO


Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.
É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.
Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.
De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.
Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.
Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.
Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.
Ah!!!!!!!!!!
Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.
Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.
Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.
Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.