A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Para quando a medalha de ouro da cidade do Porto para Agustina Bessa-Luís?


Surpreende-me o silêncio que caiu, sobre Agustina Bessa-Luís. O Porto não pode, não deve esquecer esta extraordinária escritora, que escreveu obras eternas. Será mais que oportuno que a cidade que escolheu para viver, onde dirigiu o jornal «O Primeiro de Janeiro» e onde criou uma obra de altíssima qualidade, lhe faça uma grande homenagem e lhe dê a maior distinção da cidade, a Medalha de Ouro. Em 1988 foi agraciada com a medalha de Honra da Cidade.
Agustina Bessa-Luís, retirou-se da cena pública, há alguns anos, devido a problemas graves de saúde. Natural de Vila Meã, Amarante, escolheu o Porto para viver. Descendente de uma família de raízes rurais de Entre Douro e Minho e de uma família espanhola de Zamora., a escritora passou a infância e adolescência nesta região, cuja ambiência marcou fortemente a sua obra. Depois mudou para o Porto, onde vive há 70 anos.
Estreou-se como romancista em 1948, com «Mundo Fechado», mas foi com «Sibila», em 1954 que Agustina se impôs como uma das mais importantes escritoras da ficção portuguesa contemporânea.
Vários dos seus romances foram adaptados ao cinema por Manuel de Oliveira: Fanny Owen (Francisca), Vale Abraão e Terras do Risco (O Convento).
Membro da Academia Europeia de Ciências, Artes e Letras, da Academia Brasileira de Letras e da Academia de Ciências de Lisboa, recebeu em 2004 o Prémio Camões, além de outras 14 distinções nacionais e internacionais, obtidas pelos vários romances que escreveu.