A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




segunda-feira, 31 de outubro de 2011

à beira mar...






Todo o meu sangue raiva por asas!
Todo o meu corpo atira-se pra frente!
Galgo pla minha imaginação fora em torrentes!
Atropelo-me, rujo, precipito-me
Estoiram em espuma as minhas ânsias
E a minha carne é uma onda dando de encontro a rochedos!

excerto ODE MARÍTIMA - ÁLVARO CAMPOS

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

CULD-DE-SAC???????



Alguns cientistas e especialistas new age fundamentam-se em sabedorias antigas, de acordo com os calendários do Sol elaborados pelos maias e astecas. Referem uma fase «entre mundos»: que o final do quinto ciclo do Sol ocorreu em 1987 e que o sexto começará em 21.12.2012. Para alguns será fatídico, para outros será uma «revelação», um período de transição, uma tomada de consciência com uma nova percepção da realidade, do tempo e do espaço, uma libertação do espírito em relação aos bens materiais, etc…etc…
Tenho lido estes pareceres, não acredito em nada, sou muito céptica relativamente a assuntos deste tipo, mas de facto estamos num mundo complexo, numa espécie de culd-de- sac e realmente bem é preciso um ciclo luminoso que dissipe as sombras que nos vão rodeando.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Literatura é pensamento. Livros são ideias. As ideias mudam o mundo. JOSÉ EDUARDO AGUALUSA

"Nem tomando um ácido ia pensar que ganharia o Prémio Saramago" - Andréa del Fuego

Andréa del Fuego, vencedora do Prémio Saramago, com o romance "Os Malaquias", disse que "precisava contar esta história", que é a da sua família.

É uma história real que de facto aconteceu, a queda de um raio fulminou os bisavós da escritora, em Mina Gerais, e os filhos foram separados, cada um para seu lado.
A escritora advertiu porém que "não se trata de uma biografia, mas antes inventar um memória".


LIVROS – MONTRA DE OUTONO


AUTORES DE LÍNGUA LUSÓFONA
 
COMISSÃO DE LÁGRIMAS – António Lobo Antunes

Livro denso e sombrio sobre Angola depois da independência e no qual Lobo Antunes, escreve sobre a culpa, a vingança, a inocência perdida.

A SUL…O SOMBREIRO – Pepetela

Romance de aventuras, Angola Séculos XVI e XVII, em que Portugal vivia sobre o domínio filipino de lutas e conspirações.

A EDUCAÇÃO SENTIMENTAL DOS PÁSSAROS – José Eduardo Agualusa

Onze contos com um ponto em comum: a origem e a natureza do mal.

O FILHO DE MIL HOMENS – Valter Hugo Mãe

Um homem que aos 40 anos lida com a tristeza de não ter um filho e inventa uma família...

Dos estrangeiros a conhecer melhor: 

HALDOR LAXNESS, ORHAN PAMUK, KNUT HAMSUN, NAGUIB MAHFOUZ….

domingo, 23 de outubro de 2011

"Animais - eles são a medida da nossa paz com o mundo criado; eles são um dado de consolação porque não mudam para como quem tanto muda como nós, humanos." Agustina Bessa-Luís

"Receio que os animais considerem o homem como um ser da sua espécie, mas que perdeu da maneira mais perigosa a sã razão animal, receio que eles o considerem como o animal absurdo, como o animal que ri e chora, como o animal desastroso."Fonte - A Gaia Ciência - NIETZCHE  



"Serei um cão, um macaco ou um urso, / Tudo menos aquele animal vaidoso / Que se vangloria tanto de ser racional." - Wilmot , John

O que é o macaco para o homem? Uma risada ou uma dolorosa vergonha.» - Assim Falava Zaratustra - NIETZESCHE




  «O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem dscenda dele» - NIETZESCHE


 
«Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais (...) os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor , felicidade e sofrimento» - DARWIN



«Todos os animais conhecem o que lhes é salutar, excepto o homem» - PLÍNIO
 
«Não importa se os animais são capazes ou não de pensar. O que importa é que são capazes de sofrer» - JEREMY BENTHAM



«Não há critério seguro para distinguir o homem dos animais». Livro do Desassossego - BERNARDO SOARES/FERNANDO PESSOA



«O homem quando é animal, é pior do que o animal». RABINDRANATH TAGORE



«A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de carácter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem." - SCHOPENHAUER

  "Os homens são animais muito estranhos: uma mistura do nervosismo de um cavalo, da teimosia de uma mula e da malícia de um camelo." - HUXLEY

"O homem não sabe mais que os outros animais; sabe menos. Eles sabem o que precisam saber. Nós não." FERNANDO PESSOA

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A INSUSTENTABILIDADE EM QUE VIVEMOS - DADOS FORNECIDOS PELA OMS


ALGUNS PAÍSES PROCURAM OS MEIOS PARA PREVENIR AS DOENÇAS PROVOCADAS PELO EXCESSO DE PESO E PELA OBESIDADE 

No mundo, estima-se que 1,5 mil milhões de pessoas tenham excesso de peso. Destas, duzentos milhões de homens e trezentos milhões de mulheres são obesos. Em 2010, 45 milhões de crianças com menos de 5 anos tinham excesso de peso. Todos os anos morrem 2,5 milhões de pessoas devido ao excesso de peso e à obesidade, mais do que por subnutrição. Cerca de 44 por cento dos casos de diabetes, 23 por cento das cardiopatias isquémicas e entre sete e 41 por cento dos cancros podem ser imputados ao excesso de peso.

NOUTRAS REGIÕES DO MUNDO AS PESSOAS PASSAM FOME E MORREM DE SUBNUTRIÇÃO

Dos 925 milhões de pessoas subalimentadas, a maior parte vive em países em desenvolvimento, sobretudo nas regiões da Ásia e pacífico (778 milhões) e em África (239 milhões).
Os conflitos que se arrastam na fronteira entre o Sudão e o Sudão do Sul aliaram-se á seca e à falta de comida, sobretudo cereais, e deram origem à crise humanitária e alimentar que alastrou a outros países do chamado Corno de África, onde a fome afecta 13 milhões de pessoas. Na Somália, a fome atinge quatro milhões de pessoas.
Do total de pessoas que passam fome, 98 por cento vivem em países em desenvolvimento. Só sete países (Bangladesh, China, República Democrática do Congo, Etiópia, Indonésia e Paquistão) acolhem dois terços da população subnutrida. Destes, quarenta por cento vivem na China e na Índia.

fonte: Revista JN


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

UM PASSEIO PELO CENTRO DA CIDADE DO PORTO

De máquina a tiracolo, desci à baixa, para dar um passeio pelas ruas da minha vida. Uma nuvem andou atrás de mim e pode ser vista no vídeo! Andei tão entusiasmada a reter momentos, que não reparei que a lente tinha uma sujidade!
Saí no Jardim de João Chagas, mais conhecido por da Cordoaria, onde existem umas belas estátuas: «Rindo Uns Dos Outros», do escultor espanhol Juan Munoz, «O Rapto de Ganímedes», autor ?, «Flora » de Teixeira Lopes, «António Nobre», de Tomás Costa e «Ramalho Ortigão» de Leopoldo de Almeida.

Na mitologia grega, Ganímedes era um príncipe de Tróia, por quem Zeus se apaixonou. Nas imediações de Tróia, o jovem cuidava dos rebanhos do pai, quando foi avistado por Zeus. Atordoado com a beleza do mortal, Zeus transformou-se em numa águia e raptou-o, possuindo-o em pleno voo. Ganímedes foi levado ao Olimpo e, apesar do ódio de Hera, substituiu a deusa Hebe e passou a servir o néctar aos deuses, bebida que oferece a imortalidade, derramando, depois, os restos sobre a terra, servindo os homens.

…/…

Daí segui até o Carmo, Largo do Moinho de Vento e fui tomar um café à leitaria da Quinta do Paço, na Pr. Gomes Fernandes. Caminhei depois para a rua Mártires da Liberdade para chegar a José Falcão, onde se encontram edifícios bastante interessantes e atrás de edifícios, alguns sinalizados com interesse público andei pela Rua Galeria de Paris e Rua Cândido dos Reis, locais nocturnos de concentração da «movida».

Desci a Rua dos Clérigos, até à Praça da Liberdade, onde se encontra a estátua de D. Pedro IV de Portugal e também Imperador do Brasil com o nome de D. Pedro I, neste belo sítio encontram-se, edifícios de grande porte e adornados escultoricamente, que sempre me captam os sentidos, deixando-me deslumbrada.
Pelo caminho encontrei casas a precisar de recuperação, muitas lojas de comércio tradicional fechadas, muito grafito, muito protesto pelas paredes e os focos de pobreza cada vez mais presentes pela cidade.
Regressei a casa e no autocarro ainda tirei mais algumas fotografias. Perto de minha casa fiquei a fotografar o edifício futurista, que alguns chamam um meteorito e outros um diamante em bruto. Assume uma ruptura no casario tradicional envolvente: um volume de betão branco com linhas irregulares que se prolongam nas janelas, todas diferentes, uma deformação do equilíbrio, como se tivesse movimento, como se tivesse sofrido um terramoto. Este edifício já ganhou prémios, muitos turistas pensam tratar-se de um museu, mas são os escritórios da Vodafone.
Como acompanhamento musical escolhi Dulce Pontes, que canta «O Amor a Portugal» um Cd que foi feito com a participação de Ennio Morricone.
O Amor A Portugal
(Dulce Pontes)
O dia há de nascer
Rasgar a escuridao
Fazer o sonho amanhecer
Ao som da canção

E então:
O amor há de vencer
A alma libertar
Mil fogos ardem sem se ver
Na luz do nosso olhar

Na luz do nosso olhar
Um dia há de se ouvir
O cântico final
Porque afinal falta cumprir
O amor a Portugal!

sábado, 15 de outubro de 2011

OLHOS ENVIDRAÇADOS EM CISMAS…

de manhã preciso de um café forte
que me tire o peso da cabeça
que me empurra até ao chão,
atufada pelas cismas…
escuso-me a falar
nada me digam, não me façam perguntas
deixem-me acordar devagar…

lembro leituras e imagens
a galopada de palavras
melopeias de incertezas…
atenta ao mundo
solta-se em mim a crise
tudo se esgotou, ficaram os jardins
a desconfiança nas pessoas
o que mais me irrita são os jardins
aqueles espaços preservados
onde o lixo é perfumado
e nunca mais muda isto!..

baila em mim e atropela-me
um labirinto teogónico
Caos, Gaia e Tártaro
Érebo, Hemero e Nix…
assim fico na penumbra da persiana fechada
com frinchas impertinentes de luz intensa…

«toda a vida é uma metafísica às escuras,
com o rumor dos deuses e o desconhecimento
da rota como única via» (Bernardo Soares]

já a resvalar para Éter
sou e não sou e ainda assim sou
para encontrar o lugar e a forma
neste lado inteligível de resilência
traindo o meu torpor de desencanto
para esquecer a maldade, a doença e a fome
os corpos de pedra e excremento
vestidos de seda e crime
não ver, não ouvir, não falar
para também não chorar, não gritar
e enfrentar o novo dia…

preciso de aproveitar a paisagem
mordo um «carpe diem»
sinto-me cúmplice
da superioridade dos frágeis
quando tanto me revolta
e tão pouco eu posso fazer!...

ms

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

 
O que estão a fazer aos Portugueses é uma ...ilegalidade! Em nome de quê e de quem se retiram direitos básicos e adquiridos por LEI?
Porque não se RESPONSABILIZAM os autores da FALÊNCIA deste País, sejam eles quem forem?
(agora sou eu que digo, se concordas com o que digo, copia. Vamos ficar TODOS de luto por Portugal)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

terça-feira, 11 de outubro de 2011

SHIRLEY MACLAINE –TROFÉU CARREIRA DO AMERICAN FILM INSTITUTE



Com 77 anos, Shirley MacLaine, foi premiada pelo conjunto da sua carreira. Entrou em mais de 50 filmes e ganhou um Óscar no filme «Laços de Ternura». Foi nomeada seis vezes ao Óscar e logo no seu primeiro filme »O Terceiro Tiro» de A. Hitchcock, ganhou o Globo de Ouro pela estrela revelação. Ultimamente recebeu a Legião de Honra Francesa.
Dentro de todos esses filmes que protagonizou lembro-me de: Deus Sabe Quanto Amei, O Apartamento, Flores de Aço...
Shirley é irmã de outro ícone de cinema, Warren Beaty.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

JUNE TABOR


Voz arrepiante que «transmite um oceano de emoções sem qualquer artifício». Mexe connosco até profundidades insuspeitadas. Com a sua voz, com os textos, com a sua expressividade, June Tabor leva sem vergonha, aos primórdios, àquelas grandes emoções primárias, de que os «sofisticados» têm tanta vergonha. A cantora vai ao fundo dos tempos, quando não havia vergonha das emoções a grande e a nu.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

«O que faz uma República é a solidez das leis». - Montesquieu

República das Bananas - Júlio Pomar


«O pensamento e a ciência são republicanos, porque o génio criador vive de liberdade e só a República pode ser verdadeiramente livre [...]. O trabalho e a indústria são republicanos, porque a actividade criadora quer segurança e estabilidade e só a República [...] é estável e segura [...]. A República é, no Estado, liberdade [...]; na indústria, produção; no trabalho, segurança; na nação, força e independência. Para todos, riqueza; para todos, igualdade; para todos, luz.»

 — Antero de Quental, in República, 11-05-1870

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

OS NOVOS POBRES...

Houve uma época em que muito se falava dos novos-ricos, a situação inverteu-se hoje o que está em questão são os novos pobres. Outro dia, falava com uma amiga a propósito do que é ser rico, gozando com a situação da pessoa mais rica de Portugal dizer que não era rica, mas sim um trabalhador! E essa minha amiga, a uma outra escala dizia que também não era rica, apesar de usufruir de um nível de vida muito bom, atingido pelo seu trabalho limpo. Ficamos a pensar no que era ser rico, obviamente que eu tinha a minha concepção de rico e ela tinha a sua. Mas fica sempre aquele questionamento, quais os parâmetros que definem uma situação de riqueza?
Sejam eles quais forem, são uma minoria, relativamente à classe média, os então ditos burgueses, que noutros tempos eram vistos a fugir da pobreza, comendo todos os sapos, para ascender! Mas os tempos mudam e passou a ser a classe que constitui a força estruturante, de mudança e modernização e que agora está a transformar-se nos novos pobres. Sem trabalho e sem recursos, reclamam os direitos básicos de cidadania: casa, trabalho, cuidados de saúde, escola para os filhos. São dois milhões de portugueses carenciados, um quarto da nossa população que está abaixo dos níveis aceitáveis: sem trabalho, sem perspectivas, dependentes de organizações de solidariedade social. Estão a ficar sem esperança, vendo que as soluções que estão a ser tomadas, mais afunilam o túnel em que se encontram!
Um dos grandes objectivos da Zona Euro era a solidariedade activa e o desenvolvimento para todos os cidadãos, mas a grave crise que atravessa está a banir completamente esse ideal e depois de tantos erros cometidos a ideia que passa é de um «salve-se quem puder», quando são necessárias medidas socioeconómicas amplas e urgentes.
A situação que se está a viver, exige um apelo pelos direitos de cidadania e de respeito pela dignidade humana, que nos estão a ser gradativamente roubados ou sacrificados a prioridades arbitrárias na aplicação do erário público. Qual o interesse de mostrar obra, prática feita durante anos de regabofe, quando há outras prioridades a necessitar de um olhar mais atento!
Vivemos numa (dita) democracia, numa (dita) liberdade, mas a falta de condições de vida para um número cada vez maior de pessoas constitui uma intolerável traição aos mais elementares direitos democráticos.
Nesta problemática situação penso que os menos atingidos pela crise, devem ter uma acção de intervenção activa, não se acomodando a uma situação que de momento ainda lhes é favorável, mas com toda a carga de incerteza que passou a ser o pensamento mais sombrio para a grande maioria.