De máquina a tiracolo, desci à baixa, para dar um passeio pelas ruas da minha vida. Uma nuvem andou atrás de mim e pode ser vista no vídeo! Andei tão entusiasmada a reter momentos, que não reparei que a lente tinha uma sujidade!
Saí no Jardim de João Chagas, mais conhecido por da Cordoaria, onde existem umas belas estátuas: «Rindo Uns Dos Outros», do escultor espanhol Juan Munoz, «O Rapto de Ganímedes», autor ?, «Flora » de Teixeira Lopes, «António Nobre», de Tomás Costa e «Ramalho Ortigão» de Leopoldo de Almeida.
Na mitologia grega, Ganímedes era um príncipe de Tróia, por quem Zeus se apaixonou. Nas imediações de Tróia, o jovem cuidava dos rebanhos do pai, quando foi avistado por Zeus. Atordoado com a beleza do mortal, Zeus transformou-se em numa águia e raptou-o, possuindo-o em pleno voo. Ganímedes foi levado ao Olimpo e, apesar do ódio de Hera, substituiu a deusa Hebe e passou a servir o néctar aos deuses, bebida que oferece a imortalidade, derramando, depois, os restos sobre a terra, servindo os homens.
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Daí segui até o Carmo, Largo do Moinho de Vento e fui tomar um café à leitaria da Quinta do Paço, na Pr. Gomes Fernandes. Caminhei depois para a rua Mártires da Liberdade para chegar a José Falcão, onde se encontram edifícios bastante interessantes e atrás de edifícios, alguns sinalizados com interesse público andei pela Rua Galeria de Paris e Rua Cândido dos Reis, locais nocturnos de concentração da «movida».
Desci a Rua dos Clérigos, até à Praça da Liberdade, onde se encontra a estátua de D. Pedro IV de Portugal e também Imperador do Brasil com o nome de D. Pedro I, neste belo sítio encontram-se, edifícios de grande porte e adornados escultoricamente, que sempre me captam os sentidos, deixando-me deslumbrada.
Pelo caminho encontrei casas a precisar de recuperação, muitas lojas de comércio tradicional fechadas, muito grafito, muito protesto pelas paredes e os focos de pobreza cada vez mais presentes pela cidade.
Regressei a casa e no autocarro ainda tirei mais algumas fotografias. Perto de minha casa fiquei a fotografar o edifício futurista, que alguns chamam um meteorito e outros um diamante em bruto. Assume uma ruptura no casario tradicional envolvente: um volume de betão branco com linhas irregulares que se prolongam nas janelas, todas diferentes, uma deformação do equilíbrio, como se tivesse movimento, como se tivesse sofrido um terramoto. Este edifício já ganhou prémios, muitos turistas pensam tratar-se de um museu, mas são os escritórios da Vodafone.
Como acompanhamento musical escolhi Dulce Pontes, que canta «O Amor a Portugal» um Cd que foi feito com a participação de Ennio Morricone.
O Amor A Portugal
O dia há de nascer
Rasgar a escuridao
Fazer o sonho amanhecer
Ao som da canção
Rasgar a escuridao
Fazer o sonho amanhecer
Ao som da canção
E então:
O amor há de vencer
A alma libertar
Mil fogos ardem sem se ver
Na luz do nosso olhar
O amor há de vencer
A alma libertar
Mil fogos ardem sem se ver
Na luz do nosso olhar
Na luz do nosso olhar
Um dia há de se ouvir
O cântico final
Porque afinal falta cumprir
O amor a Portugal!
Um dia há de se ouvir
O cântico final
Porque afinal falta cumprir
O amor a Portugal!