A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




domingo, 28 de fevereiro de 2010

PRECONCEITOS SEMPRE EXISTEM...

Ninguém se diz preconceituoso, mas há ainda muito preconceito!
O amor salta todas as convenções? Ou o afecto cresce se for contrariado? Amores fatais existem? Se existem?!..Amores de «faca e alguidar», surgem todos os dias nos jornais, assassínios e vinganças passionais…incluindo por vezes a morte dos filhos, situações realmente horrorosas. Violência doméstica é uma situação também constante…e o amor? Quem ama? O que possui? O que se deixa subjugar? Raiva, vingança, ódio…No amor há muita irracionalidade, justificada POR AMOR! O amor pode tornar uma pessoa muito alienada e muito irracional!.. Mas isto é o amor?



Derivei, porque o que eu queria era falar de preconceito. Nem sequer me vou referir ao preconceito do amor entre pessoas do mesmo sexo, mas a outros casos onde existe o preconceito.


ALGUNS CASOS REAIS, COM NOMES FICTÍCIOS

Joana e Alfredo. Completamente diferentes em tudo (a física diz que dois corpos opostos se atraem). Joana advogada, Alfredo segurança, viram-se, houve «click» e casaram-se, tendo ela contrariado a vontade dos pais, pelo desequilíbrio financeiro e cultural entre os dois. Todos diziam que o casamento não ia durar, mas tem durado.

João e Maria. Ele paraplégico e com estudos básicos. Ela licenciada. Viram-se e ficaram apaixonados. A família, foi contra o casamento, consideravam que ele tinha muitas limitações e ela ia ter um peso na vida muito grande, mas casaram. Maria diz que para ela existe o João, não a cadeira!

Pedro e Carolina, quando se conheceram ela tinha 16, ele 45 anos. Ele tinha dois filhos mais velhos do que ela. Recusa dos pais nesse casamento, uma recusa assertiva e irrevogável. Foram para o tribunal, pedindo uma avaliação no sentido, de ser analisado se ela teria ou não maturidade suficiente, para se substituir aos pais. O juiz decidiu que sim. Estão casados há 28 anos.

Paulo e Carla. Ela cigana, ele mulato. Namoro às escondidas. Uma cigana nasceu para casar com cigano, misturas são mal vistas. Os ciganos dão muita importância ao que os outros pensam, não só a nível familiar, mas relativamente aos outros ciganos. Quando a família determinou que ela devia casar etnicamente, os dois fugiram. Ele foi apanhado pela família de Carla e ela regressou com a promessa, que a deixavam casar com Paulo. Carla ficou fechada em casa e ele foi ameaçado. Voltaram a fugir, mas para longe, para que o acto ficasse consumado. Paulo acabou por ser aceite pela comunidade, mas não a integra.

José e Luísa. Luísa foi numa missão de voluntariado para Moçambique e conheceu José, estudante de agronomia. Imediatamente se apaixonaram. A associação para qual Luísa trabalhava não achou bem, mandaram-na regressar. Luísa estava grávida, a família não gostou, mas José veio para Portugal. A situação não era boa, não tiveram tempo de se conhecer, ele não tinha visto de residente, nem trabalho, custou-lhe deixar tudo, família, amigos e estudos. Casaram ao fim de um ano e ultrapassaram todos os problemas.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

TERRAMOTO NO CHILE

Sucessivas tragédias naturais têm acontecido em vários países. Hoje liguei o rádio e soube do terramoto no Chile. Os especialistas dizem que um terramoto desta dimensão pode gerar um tsunami destrutivo. Estão em alerta o Chile, Peru, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Antárctida e Japão.
O Governo chileno já decretou o estado de calamidade e o número de vítimas aumenta à medida que as horas passam e que as equipas de socorro trabalham, junto dos escombros. Já foram sentidas, pelo menos, 25 réplicas deste abalo.
Às vítimas o meu pesar e como as palavras nestas situações parecem poucas e inconsistentes fica a música.


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

NOVAS CARTAS PORTUGUESAS

Em 1972, foram publicadas “As Novas Cartas Portuguesas”, pelas chamadas três Marias (Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa); a obra foi considerada deletéria ao regime e proibida, na época o Presidente do Conselho, era Marcelo Caetano. Foi aberto um processo contra as autoras, o que as tornou famosas - foram proibidas de sair do país e não podiam ser referidas na imprensa, e só se livrariam do processo após o 25 de Abril de 1974. Os textos foram considerados “imorais” e “pornográficos”, pois retratavam mulheres livres, que questionam a sua identidade e expressam o desejo de mudanças sociais e religiosas. O livro, pode ser considerado o introdutor do pensamento feminista na literatura portuguesa. As mulheres começam a falar sobre o seu corpo, sobre os prazeres e sofrimentos das suas relações carnais, uma postura contra a conservadora sociedade portuguesa. O livro é composto de fragmentos, em prosa e verso e expressa a própria concepção da mulher portuguesa, mas transmitindo uma só mensagem: a mulher também tem voz, e sabe falar.
As três escritoras assinam a obra em conjunto e jamais revelaram qual delas compôs cada fragmento. Vários estudos académicos foram realizados na tentativa de atribuir a autoria dos diversos textos que compõem o livro a partir de sua comparação com as obras literárias posteriormente lançadas pelas autoras individualmente.


Excerto de uma entrevista feita por Maria João Cantinho à escritora Maria Teresa Horta

M.J.C. – Qual o impacto que teve, sobre a sociedade portuguesa e sobre as mulheres portuguesas, em particular, o vosso julgamento, aquando da publicação das “Novas Cartas Portuguesas”?
M.T.H. – Bem, digamos que teve pouquíssimo impacto, a não ser a nível dos escritores, pois na altura havia censura prévia que, implacável, pesava sobre os jornais e jornalistas. Isto quer dizer que qualquer notícia, artigo, reportagem, que dissesse respeito a “Novas Cartas Portuguesas”, eram cortados. A esmagadora maioria das pessoas nem sabia do nosso julgamento. Ao contrário do que acontecia no estrangeiro, onde se falava muito do caso, se faziam manifestações, marchas, acontecendo mesmo a ocupação da embaixada portuguesa na Holanda pelas feministas holandesas.
M.J.C. – Quem foi capaz de as defender?
M.T.H. – Para além dos advogados, os escritores. Não esquecer que sob a capa de um processo por atentado à moral pública, estava evidentemente um processo político. E os escritores portugueses conheciam, sabiam isso.
M.J.C. – Quando inicia a sua luta feminista? Conta, em várias entrevistas, que começou por assistir, em menina, a reuniões de sufragistas. Mas em que momento nasce a feminista?
M.T.H. – Digamos que a feminista nasceu muito cedo. Desde o momento em que, “apesar” de ser uma menina, ou por isso mesmo, comecei, dentro da família, a reclamar, a perguntar, a recusar-me a cumprir determinados papéis, que achava por demais penalizantes, limitativos do meu dia-a-dia. Por isso a família sempre me achou desobediente, difícil. Quando a minha avó me levava com ela às reuniões de mulheres na Casa Jardim, ainda bem mais pequena, recordo-me vagamente das muitas mulheres que, sentadas numa sala, falavam umas com as outras, muito sérias e ardorosas. No fim tomavam chá, davam-me doces e chocolates, que eu mal comia, “bicho do mato”, como me então chamavam. Digamos que foram as minhas “fadas-madrinhas” do feminismo... A Maria Lamas era uma delas, e foi quem me contou, já no fim da sua vida, a importância dessas reuniões, de que eu tão mal me lembrava. Quanto à minha luta feminista activa, digamos assim (nunca me entendi enquanto uma militante nata, mas sim como uma escritora independente), começou no dia em que foi lida a sentença das “Novas Cartas Portuguesas”. Logo depois houve o primeiro encontro para se estruturar o Movimento de Libertação das Mulheres (MLM).
M.J.C. – Houve adesão por parte de quem?
M.T. H. – Ao MLM aderiram, de uma maneira geral, mulheres da média burguesia, entre os vinte e os quarenta anos. Foram tempos difíceis, embora também de grandes entusiasmos. Tínhamos consciência de estar a criar algo de novo em Portugal, um país tradicionalmente machista, particularmente marialva, onde as mulheres continuavam a ser tratadas como seres de segunda e terceira. Pessoalmente, dividia esses meus dias cheios de entusiasmo, entre o meu filho pequeno, a minha escrita e a participação na luta pela libertação das mulheres. Mas, foram também tempos de agressividade e mesmo de violência, que caiu sobre as feministas. Lembro o que aconteceu quando o MLM organizou uma manifestação no Parque Eduardo VII, a única que na altura foi impedida de se realizar pelas centenas de homens que apareceram para a boicotar, apalpando as manifestantes, agredindo-as, insultando-as. O jornal Expresso dera a notícia de que as feministas iam fazer “strip-tease”, e queimar soutiens, o que era totalmente mentira. No entanto, essa é uma ideia que hoje se mantém, apesar de inúmeras vezes desmentida. Houve ainda outras perseguições, que caíram particularmente sobre mim.
M.J.C. – E as perseguições deviam-se a que acusações?
M.T.H. – Acusavam-me de ser exactamente como era. Ou seja, de nunca me calar, de pôr os pontos nos is, de dizer o que as mulheres tinham sido sempre obrigadas a calar. E também, calcule-se, “de ter o descaramento” de fazer poesia erótica, vertente da literatura que mais parece uma coutada literária masculina. Portanto, a que apenas os homens tinham acesso por direito próprio. Por tudo isto, três portugueses, másculos e viris, fizeram-me uma espera, à noite, à porta da minha casa, e espancaram-me, a ponto de ter de dar entrada num hospital.
M.J.C. – A sua carreira literária não sofreu por causa desses acontecimentos? Que consequências teve para si?
M.T.H. – Claro! Foi mesmo a minha carreira literária a mais prejudicava com estes acontecimentos. Os preconceitos sexistas vieram todos ao de cima, e enquanto escritora, enquanto poetisa, comecei a ser marginalizada, esquecida, silenciada, posta de lado. E não nos podemos esquecer que a própria poesia erótica feminina descredibiliza. Aquela que a faz irrita os críticos, incomoda aqueles que impõe “as leis” da escrita, os donos bem-pensantes das múltiplas capelinhas literárias.

BRASIL

Escrevi sobre o Brasil, porque tinha lido recentemente um artigo e, apesar de ter algum conhecimento, sobre a insegurança em que os brasileiros vivem, não sabia que a sua dimensão era tão grande! Infelizmente situações dessas são comuns noutras grandes cidades. O Brasil também é conhecido pelas suas coisas boas, nunca fui lá, mas é um país que me fascina!...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MARIA VELHA DA COSTA

O romance Myra, da escritora Maria Velho da Costa, ganhou o prémio literário Correntes D' Escritas/Casino da Póvoa. O anúncio foi feito, na sessão de abertura da 11.ª edição do encontro de escritores de expressão ibérica, que até ao próximo sábado vai reunir na Póvoa de Varzim alguns dos melhores autores da actualidade.




Maria Velho da Costa situa-se numa linha de experimentalismo linguístico que renovou a literatura portuguesa na década de 60, destacando-se na sua geração de novelistas pelo virtuosismo com que escreve, associando à transgressão formal um forte diálogo com obras da tradição literária portuguesa desde a Idade Média até à contemporaneidade.
Nos seus livros, o ludismo desse diálogo é transmitido de várias maneiras, desde as citações até ao pastiche paródico de alguns dos seus autores de referência.
A esta extrema riqueza vocabular e estilística, associa temas como o da intimidade infantil, o da linguagem-afectividade e o da condição feminina.
Embora internacionalmente seja mais conhecida como co-autora das NOVAS CARTAS PORTUGUESAS, Maria Velho da Costa é responsável por alguns dos romances mais importantes do actual panorama literário em Portugal, como Maina Mendes, Casas Pardas, ou Missa in Albis.
Prémio Camões 2002 – Prémio Vergílio Ferreira 1997

[NOVAS CARTAS PORTUGUESAS, merece um destaque]

E SE O CRIME ORGANIZADO DOMINASSE O BRASIL?

Este foi o título de um artigo que li sobre a violência no Brasil, cujo lugar mais problemático é o Rio de Janeiro. Também vi filmes, que revelam essa violência, como: Pixote-A lei do mais fraco, Cidade de Deus e Tropa de Elite.
O arsenal existente nas favelas, daria para render o Rio de Janeiro ao poder do crime organizado, se houvesse estratégia para isso.
O crime organizado tomou conta das favelas do Rio de Janiero, onde os traficantes possuem armamento sofisticado que lhes dá um poder superior ao da polícia. Mas as autoridades brasileiras estão dispostas a responder à ameaça, para acabar com tudo o que ponha em causa a segurança do país que vai ser palco do Mundial de Futebol em 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.



É UMA SITUAÇÃO BASTANTE PREOCUPANTE PARA OS BRASILEIROS, A INSEGURANÇA EM QUE VIVEM!?....

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CINEMATECA NO PORTO...(MALDITO VANDALISMO)

Maria João Seixas, Directora da Cinemateca Portuguesa, visitou a Casa das Artes, onde a Ministra da Cultura prometeu a instalação de um pólo da cinemateca. Depois da visita, a comunicação de Maria João deixou-me revoltada, a casa precisa de uma intervenção devido à degradação em que está. MALDITO VANDALISMO!?...






Fui grande frequentadora da Casa das Artes, quando pertencia à SEC. Vi lá espectáculos inesquecíveis, lembro-me de um bailado, cujo palco foi feito dentro do lago e que o efeito era mágico, com os bailarinos reflectidos na água, numa noite de Verão. De outra vez um grupo de bailado chinês e ainda uma bailarina exótica oriental, para além de concertos de música de câmara. Também foi um local onde levava os meus filhos, para brincarem no jardim que era pouco conhecido e dava uma grande paz de alma. Depois quando abriu a Casa das Artes, (arquitecto Souto Moura-Prémio Secil da Arquitectura 1992) vi lá muito cinema, teatro, exposições e concertos. Este anexo tinha boas infra-estruturas, além de uma sala de cinema, tinha outra onde o TEP, se alojou depois de um incêndio nas suas instalações e, que também servia para conferências, debates, além de outros espaços onde eram feitas exposições.
A SEC acabou há poucos anos por abandonar estas instalações, que passaram para a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional – Norte, que de imediato fecharam os jardins. A casa foi vandalizada, através de um portão das traseiras. Não havia vigilância! As autoridades desligam-se das suas responsabilidades e de facto os vândalos, que não têm qualquer noção cívica, rapidamente fazem o seu trabalho de destruição.

O edifício principal da Casa das Artes, onde viviam os Allen, está numa zona «chique» da cidade, onde no Século XIX/XX, viviam as mais abastadas e influentes famílias.
Estas quintas estavam nos limites da cidade e os seus proprietários eram coleccionadores botânicos, nas mesmas há diversas colecções importantes. Por exemplo a casa dos Andresen é hoje o Jardim Botânico da Faculdade de Ciências.

E POR CÁ COMO VAMOS?




A Glorinha Leão do blogue Café com Bolo, referindo-se à situação política que se vive no Brasil, perguntava-me: e aí por Portugal, pelo que li a situação também está muito complicada, não é?
É complicadissimo e maçador de explicar, por isso recorro a um artigo do humorista, Ricardo Araújo Pereira, in VISÃO:



Quando, na semana passada, o PS desafiou a oposição a apresentar uma moção de censura ao Governo, a política portuguesa ficou subitamente mais difícil de compreender. Os nossos políticos, que são pessoas bastante lineares, curiosamente produzem uma política muito complexa. Resumindo, o que se passa é isto: neste momento, Portugal tem um Governo que não se demite mas acha que a oposição devia demiti-lo, e uma oposição que não o demite mas acha que ele devia demitir-se. O primeiro-ministro deseja controlar os jornais, mas não consegue evitar que os jornais o descontrolem. E acusa os jornalistas de fazerem jornalismo de buraco de fechadura quando a porta está, na verdade, escancarada.
Façamos uma história breve do que tem sido o Governo de Portugal nos últimos anos. Primeiro, Durão Barroso saiu, porque foi chamado pela Comissão Europeia. Sócrates não sai mesmo que lhe chamem tudo. Pelo meio, Santana também saiu, mas contra a sua vontade. Um sai porque quer, o outro sai sem querer e o último não sai nem que toda a gente queira. Antes de Durão, já Guterres saíra, porque tinha coisas combinadas e o Governo do País atrapalhava-lhe a agenda. Dos últimos quatro primeiros-ministros, só 50% quis manter-se no lugar, facto que imediatamente os torna suspeitos.
O actual Governo está mergulhado em escândalos de vários tipos. Quem pode fazê-lo cair é o grupo parlamentar do PSD onde se encontra, por exemplo, António Preto, mergulhado em escândalos de vários tipos. Ou o Presidente da República, Cavaco Silva, cujos amigos e membros dos seus anteriores governos se encontram envolvidos em escândalos de vários tipos. O eleitor está em casa um pouco confuso, e com razão: é difícil optar entre tantos escândalos. Qual dos envolvidos em escândalos é o mais indicado para livrar o País destes escândalos? Eis uma questão difícil.
Bom, sou capaz de me ter deixado levar pelo ambiente de suspeição que temos vivido. Vistas friamente, as acusações ao primeiro-ministro acabam por ser frágeis. É difícil sustentar que Sócrates quer acabar com a comunicação social quando verificamos que foi ele quem mais fez, nos últimos tempos, pela leitura de jornais. Para sermos justos, teremos de reconhecer que Sócrates acabou com os jornais, sim, mas nas bancas. Acabou com eles porque, por sua causa, a edição esgotou-se e teve de se fazer outra.
Quem, no meio de tudo isto, poderá conduzir o País? Quem nunca esteve envolvido num caso obscuro, nunca teve cargos de responsabilidade em governos desastrosos, nunca recebeu dinheiro de Manuel Godinho? É possível que exista alguém que corresponda a este perfil, mas terá certamente menos de 10 anos. E colocar um menor de 10 anos no Governo do País poderá ter consequências trágicas: o País ficaria de certeza sem rumo, com o desemprego elevadíssimo, e manietado por uma crise profunda. Nem quero imaginar o que poderia acontecer.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

OS VAMPIROS - ZECA AFONSO

O ESCAFRANDO E A BORBOLETA

Um filme extremamente triste e depressivo, mas também com muita poesia e lirismo. O maior destaque deste filme é a excelente direcção de Julian Schnabel.

Grande parte do filme é mostrada em câmara subjectiva na perspectiva do protagonista através do seu olho, o que só aumenta o nível de realismo e torna o filme ainda mais dramático e melancólico. O realizador, apresenta ao espectador um festival de belas imagens, planos, enquadramentos e movimentos de câmara muito criativos, como por exemplo as cenas em que Jean usa a imaginação para tentar esquecer a sua terrível condição, o lado mais poético do filme.
Baseia-se numa história real, Jean-Dominique Bauby, sofreu um acidente vascular cerebral que o paralisou, só consegue exprimir-se através de um dos olhos, mas ouve tudo. Através desse olho, escreve um livro autobiográfico, passando uma mensagem de uma esperança ponderosa.
Globo de Ouro, de melhor realização, em Cannes-2007.



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O director artístico da casa da Música, António Jorge Pacheco, foi um dos três especialistas internacionais convidados pel Ministério da Cultura flamenga, na Bélgica, para integrarem um júri de avaliação do programa de subsídios às Artes do Espectáculo para o período 2011-15.

A TERAPIA DO ELOGIO


Neste campo de flores, todas são iguais e todas são diferentes!... Como podemos escolher a mais bonita? Não podemos! Penso nas pessoas como se fossem um campo de flores, todas iguais, todas diferentes, todas «bonitas», depois é preciso conhecer as suas especificidades, umas podem ter mais cheiro, outras menos, outras pétalas mais suaves, outras não...e daí fazemos o nosso ramo, de acordo com o que somos. Depois é preciso tratar bem as nossas flores (até as flores e plantas precisam de elogios).
Na realidade, socialmente confrontamos-nos com invejas, hipocrisias e cinismos. A pior inveja até nem é do que nós temos, é do que nós somos. A hipocrisia é sempre uma tentativa de nos atirar fumo para os olhos. O cinismo é dizer algo, inversamente à verdade. Encontra-se isso, entre colegas, amigos e até mesmo na família. Há tempos li um artigo sobre a terapia do elogio. O elogio pode ser muito positivo para qualquer pessoa, se não for envolvido em inveja, hipocrisia e cinismo. O elogio sincero faz-nos crescer, mas geralmente as pessoas são parcas em elogios, em reconhecer qualquer tipo de mérito numa pessoa, porque isso é reconhecer na mesma alguma superioridade. São mais apressados na censura, que revela a pretensão de superioridade dessas mesmas pessoas. Quando comecei a crescer, comecei também a ver esses sinais e com os anos esses sinais tornaram-se mais evidentes. Mas esta sabedoria que a vida nos pode dar é descompensada pela vontade e necessidade de viver para os outros, acreditando e isso torna-nos vulneráveis, às vezes mesmo objectos dos outros, com aquela sensação de incómodo perante a vida. Ser marginalizada, ser usado é um peso que podemos carregar arfando, sem ninguém ver. Eu própria já cometi os meus erros, evidentemente.
Cultivemos a terapia do elogio sincero, saibamos reconhecer que vivemos para os outros, que sós nada somos!...Apeteceu-me escrever isto, podem opinar, como quiserem!...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

PARA ALIVIAR A CABEÇA...

UM POUCO DE SOL, PARA USUFRUIR DA NATUREZA, NO PARQUE DA CIDADE...




















ZONA RURAL



















DE UM DIA PARA O OUTRO....


A Madeira assolada por um grande temporal está num CAOS!...
Sinto-me afectada com todo o sofrimento de perda!...
As imagens vistas através da televisão são impressionantes!...
Quer seja na Madeira, no Haiti, seja onde for, estes acontecimentos caiem fundo e deixam-me com muita tristeza.
















No mundo onde vivemos, a nossa fragilidade é imensa...

sábado, 20 de fevereiro de 2010

ARNALDO SARAIVA – VIVE POETICAMENTE ENTRE PORTUGAL E BRASIL


Arnaldo Saraiva, ensaísta, cronista, antologista, poeta e ex-professor catedrático da FLUP (Faculdade de Letras da Universidade do Porto), onde criou a cadeira de LITERATURAS ORAIS E MARGINAIS, foi o precursor de estudos académicos sobre textos populares, folhetos de cordel, provérbios, orações, advinhas, slogans e mesmo grafites. Ano passado proferiu a sua Lição de Jubilação.

E agora José?
A festa acabou,
A luz apagou,
O povo sumiu
A noite esfriou
E agora, José?
E agora, você?
Carlos Drummond de Andrade

Segundo disse, não vai colocar a manta nos joelhos, vai dedicar-se mais à escrita, tem solicitações de colóquios e debates, em Portugal e no Brasil e vai continuar a viver poeticamente. Lamenta no entanto as aulas, esse convívio, onde fazia descobertas e investigações, motivadas pelos alunos. Nunca concebi um professor que soubesse tudo e não tivesse nada a aprender com os alunos.
Arnaldo Saraiva, vê interesse no mais insignificante texto, que a intelligentsia olha de viés. Só depois do 25 de Abril pode criar uma cadeira, que estudasse esta matéria.
Para Arnaldo Saraiva, a poesia é a grande expressão da estética verbal, a forma que melhor trabalha a linguagem. Por uma série de coincidências, diz Arnaldo Saraiva, foi empurrado para um convívio próximo com grandes poetas, como Eugénio de Andrade, Jorge de Sena, Carlos Drummond, João Cabral de Melo Neto, Herbert Hélder, Ruy Belo…
Arnaldo Saraiva fundou o Centro de Estudos Pessoanos (Revista Persona), foi leitor da Universidade da Califórnia onde privou com Jorge de Sena, é Presidente da Fundação Eugénio de Andrade, antologiou vários poetas e disse ter descoberto a literatura e a cultura brasileira graças ao sobressalto da descoberta da obra de Drummond de Andrade. O Brasil, esse «impávido colosso», é de facto, e desde há muito um dos azimutes intelectuais de Arnaldo Saraiva. Esta relação com o Brasil (enamoramento) é considerada por Arnaldo Saraiva um mistério, porque não tem qualquer raiz brasileira.
Presentemente Arnaldo Saraiva, está a concluir um livro sobre Machado de Assis, que conjuntamente com Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, João Cabral de Melo Neto, considera a literatura brasileira como entre as maiores do mundo. Arnaldo Saraiva é Sócio Correspondente da Academia Brasileira de Letras. Segundo ele para estudar a literatura brasileira, tem que se estudar a portuguesa e vice-versa.
Os seus projectos são: organizar regularmente um colóquio que junte escritores portugueses e brasileiros e criar uma grande biblioteca da cultura brasileira, equipamento que não existe na Europa.
Tem 20 livros para publicar, na qualidade de investigador e ensaísta, continua a ser cronista no Jornal do Fundão, faz muita poesia para a gaveta, porque segundo diz: A humanidade já tem grande literatura. E qualquer leitor é também criador.

[Nasceu em 1939, em Casegas (Covilhã). Licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, doutorou-se na Faculdade de Letras do Porto, onde exerceu a função de docente de Estudos Brasileiros e Africanos. Foi leitor de Língua e Literatura Portuguesa e Brasileira na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara (U.S.A.) e professor convidado da Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle). Fez estudos superiores no Rio de Janeiro, onde preparou a tese "Carlos Drummond de Andrade: do Berço ao Livro". Em Paris fez estudos sob orientação de Roland Barthes, A.J. Greimas e Gérad Genette, fez também estudos superiores em Urbino. Colaborador da Radiotelevisão Portuguesa, da Radiodifusão Portuguesa (Antena1) e de várias publicações portuguesas e estrangeiras. Colaborador da Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura. Está representado na "Antologia dos Poetas Brasileiros - Fase Moderna", de Manuel Bandeira e Walmir Ayala e na "Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa", de Maria Alberta Menéres e E. M. de Melo e Castro.]

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA



Este vaise i aquel vaise,
i todos, todos se van;
Galicia, sin homes quedas
que te poidan traballar.
Tês, en cambio, orfos i orfas
i campos de soledad;
e pais que non teñem fillos
e fillos que non tén pais.
E tês corazós que sufren
Longas ausências mortás.
Viudas de vivos e mortos
Que ninguén consolará.


Este parte, aquele parte
E todos, todos se vão.
Galiza ficas sem homens
Que possam cortar teu pão.
Tens em troca orfãos e órfãs,
Tens campos de solidão,
Tens mães que não têm filhos,
Filhos que não têm pai.
Coração que tens e sofre
Longas ausências mortais,
Viúvas de vivos mortos
Que ninguém consolará.

ROSALÍA DE CASTRO (1837-1885)

[ESTE POST É DEDICADO A UM SER HUMANO QUE MUITO ADMIRO, NES DO BLOGUE: http://palante-nes.blogspot.com/]

É considerada a fundadora da literatura galega moderna. 17 de Maio, é feriado, porque é o Dia das Letras Galegas, devido a ser a data de edição da primeira obra de Rosalía em língua galega, CANTARES GALEGOS.
Já conhecia a poesia de Rosalía de Castro, quando um dia fui a Padrón, nas minhas andanças pela Galiza. Primeiro por uma canção e depois por uma antologia da sua poesia.


Quando Rosalía nasceu, foi registada como filha de pais desconhecidos. Os pais, eram uma fidalga da linhagem dos Castro e de um sacerdote que não podia legitimar a filha e a entregou aos cuidados das irmãs.
Rosalía só foi viver com a mãe quando tinha 5 anos. Mudaram-se para Santiago onde Rosalia teve formação musical, artística e literária. Aí conviveu com intelectuais que a levaram ao socialismo e ao republicanismo.
Prosseguiu os seus estudos em Madrid, casou com Manuel Murguía, investigador, cronista e jornalista e tiveram oito filhos. Quatro perdidos com tenra idade.
Rosalía de Castro escreveu tanto em prosa como em verso, empregando o galego e o castelhano. A sua obra esteve profundamente marcada pelas circunstâncias que rodearam a sua vida: como a sua origem, os problemas económicos, a perda dos seus filhos e a sua frágil saúde.
Em 1863 foi publicado em Vigo o seu primeiro grande livro, Cantares Gallegos, que fixa o começo de uma nova era para a poesia galega e que, sem dúvida, foi a base de todo o ressurgimento literário e não literário da literatura galega.


Adiós, ríos; adios, fontes;
adios, regatos pequenos;
adios, vista dos meus ollos:
non sei cando nos veremos.
Miña terra, miña terra,
terra donde me eu criei,
hortiña que quero tanto,
figueiriñas que prantei,
Fragmento Cantares gallegos

Cantares gallegos constitui o primeiro livro escrito em galego numa época em que a língua galega estava extinta como língua escrita. Muitos poemas do seu livro são glosas de cantigas populares. Rosalia denúncia a miséria, a pobreza e a emigração maciça a que estavam obrigados os galegos, sem deixar de verter seus sentimentos e vivências pessoais.
E outras obras se seguiram: Folhas Novas, Canto Galego, entre outros.


En todo estás e ti es todo
pra min e en min mesma moras,
nin me abandonarás nunca,
sombra que sempre me asombras.
Fragmento do poema Negra Sombra
Follas Novas

Rosalía passou os derradeiros anos da sua vida em Padrón, onde a família alugara a casa da Matança, hoje casa-museu. Aí morreu com 48 anos, vítima de cancro. Os seus restos mortais, foram depois para o Panteão de Galegos Ilustres, em Santiago de Compostela.
Estátua de Rosália de Castro da autoria de Barata Feyo, na praça da Galiza no Porto

DICEN QUE NO HABLAN LAS PLANTAS

Dicen en que no hablan las plantas, ni las fuentes, ni los pájaros,
Ni el onda con sus rumores, ni con su brillo los astros,
Lo dicen, pero no es cierto, pues siempre cuando yo paso,
De mí murmuran y exclaman:—Ahí va la loca soñando
Con la eterna primavera de la vida y de los campos,
Y ya bien pronto, bien pronto, tendrá los cabellos canos,
Y ve temblando, aterida, que cubre la escarcha el prado.
—Hay canas en mi cabeza, hay en los prados escarcha,
Mas yo prosigo soñando, pobre, incurable sonámbula,
Con la eterna primavera de la vida que se apaga
Y la perenne frescura de los campos y las almas,
Aunque los unos se agostan y aunque las otras se abrasan.
Astros y fuentes y flores, no murmuréis de mis sueños,
Sin ellos, ¿cómo admiraros ni cómo vivir sin ellos?

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

VICISSITUDES DO PSD

Quem motivou a crise no PSD, foi obviamente Durão Barroso, que em 2003 zarpou para Bruxelas, para ocupar o cargo de Presidente da Comissão Europeia, um cargo de prestígio que era bom para Portugal (?), mas muito bom para ele próprio, conseguido talvez com aquela cimeira nos Açores (Bush, Blair, Aznar). Marimbou-se para o partido e para o país!..
O cargo de primeiro-ministro foi ocupado pelo vice-presidente do PSD, Santana Lopes, no entanto, dada a instabilidade governativa e várias demissões nos altos cargos administrativos, Jorge Sampaio dissolve a Assembleia da República e Santana Lopes é demitido. Nas eleições legislativas de 2005, apresentou-se como candidato do PSD e perdeu. A partir daí como presidentes do PSD, passaram, Luís Marques Mendes (2005-2007), Luís Filipe Menezes (2007-2008), Manuela Ferreira Leite (2008-) e a crise sempre foi constante.
Sendo emergente a mudança de líder três nomes surgiram, Passos Coelho que já anda em campanha desde 2008 e considero ter uma postura deslizante, tendo em vista uma colocação centralizada. Duvido que consiga um consenso dentro do partido, até porque tem contra ele a marginalização a que Manuela Ferreira Leite o votou.
Paulo Rangel, surpreendentemente a ocupar um lugar de deputado no Parlamento Europeu, usou da palavra no mesmo, para revelar os problemas que atravessa Portugal (daria uma nota 0) e de forma petulante, propôs-se a líder, como um «salvador da Pátria»! O seu trunfo, foi ter ganho as eleições Europeias, diria que as ganhou por castigo dos eleitores a Sócrates e à sua politica de arrogância, contra sectores da sociedade importantes. O PSD ganhou, mas muitos votos foram deslocados para o Bloco de Esquerda e para o Partido Popular.
Rangel «chutou» para o lado inexplicavelmente, Aguiar Branco, antecipando-se à formulação da sua candidatura. Aguiar Branco, um democrata que considero moderado e tem sido o apoio da actual líder. Será que o PSD, na luta entre estas propostas de liderança vai conseguir um consenso dentro das suas hostes?





Portugal está numa situação caótica, com um Presidente da República fragilizado, com um Primeiro-ministro fragilizado, com um Procurador-geral da República fragilizado, com «escutas» e «bufos» e os média a serem manipulados, sem respeitarem códigos deontológicos e deixando os portugueses num grande desassossego! Quem mente, quem diz a verdade? Presidente da República e Primeiro-ministro, que assumiram responsabilidades para com os portugueses, parecem não ter forças ou não quererem, dar transparência a uma situação que se está a tornar inquietante.
Lembro que o défice e o desemprego são grandes, o desenvolvimento do país está em estagnação e o que está na ordem do dia são sucessivas acusações aos esteios dos grandes responsáveis por este estado de coisas.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

OITO E MEIO.........nove

OITO E MEIO, UM DOS MEUS FILMES DE CULTO



NINE

NINE - ROB MARSHALL


Não me agrada muito o género musical, mas há uns quantos filmes que aprecio, entre eles há três que gosto muito, Feiticeiro de Oz, Serenata à Chuva e Cabaret. NINE é o novo musical de Rob Marshall, depois do êxito de Chicago, filme do qual não gostei.
Com base em OITO E MEIO, de Fellini, foi feito o musical NINE. Arthur Kopit e Maury Yeston, Anthony Minghella e Michael Tolkin escreveram o roteiro.
O que me levou mais a ver este filme foi, ser inspirado no 8 ½ de Fellini, onde são focados os seus problemas existenciais, assim como uma crise de criatividade. Estas razões levam a um internamento voluntário numas termas, para encontrar inspiração, mas o seu mundo imaginário motiva-lhe um desassossego constante, com o facto de no mesmo estarem presentes muitas mulheres, que passaram ou estão na sua vida.
O filme, sem relegar a estrutura do musical, narra a história de um cineasta famoso de Itália, Guido Contini (Daniel Day-Lewis), que enfrenta a chamada crise da meia-idade, cujos efeitos acabam por afectar a sua criatividade. Ao preparar-se para realizar um novo trabalho nos estúdios da Cinecitta, após alguns fracassos contabilizados, Guido tem de avaliar como a sua vida está sufocada pela presença, que se lhe torna atordoante, e pode até matá-lo, de muitas mulheres.
(Marion Cotillard), é Luísa a sua mulher, (pensa-se logo em Giulietta Massina) paciente, cordata, que sacrifica a sua vida de actriz, para estar sempre em casa, esperando a solicitação do marido. A segunda é a figurinista Lilli (Judi Dench), também uma confidente. A terceira é a amante, Carla (Penélope Cruz). A quarta é a sua musa inspiradora Claudia (Nicole Kidman). A Mamma (Sophia Loren) é a quinta que, embora morta, é uma presença constante e avassaladora, na sua vida. E ainda existe a Saraghina, figura mais remota, uma prostituta, dos tempos em que Guido era criança, interpretada pela cantora Stacy Ferguson (uma alusão muito evidente a um dos filmes em que Fellini abordou a sua infância).
Usando uma linguagem subjectiva, em que se mesclam presente e passado, Marshall, para expressar o que se passa no interior de Guido, contrapõe, o preto e branco (a fotografia é, às vezes, desfocada ou excessivamente granulada) e o colorido. Explora ao máximo, a parte musical e a coreografia, para chegar, como ele explicou, à teatralidade do universo de Fellini.


O filme teve críticas más, para mim foi um filme que me entreteve, porque às vezes também é necessário satisfazer o nosso lado mais lúdico.

FERNANDO NOBRE CANDIDATA-SE A BELÉM - QUE GRANDE SURPRESA!?...



O Presidente da Assistência Médica Internacional, Fernando Nobre, avança amanhã com a candidatura à Presidência da República, segundo avança o semanário Expresso. Fernando Nobre foi apoiante da candidatura de Mário Soares em 2006 e mandatário nacional do Bloco de Esquerda nas últimas eleições europeias.

Para mim foi uma grande surpresa!..Admiro bastante Fernando Nobre, mas nunca me passaria pela cabeça que se metesse na política!...


Ainda tenho que digerir este facto, o que «a priori» me parece é que Manuel Alegre não devia ter ficado muito satisfeito!...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A MAIS PROFUNDA INDIGNAÇÃO...

Srº Drº. Rui Rio, Presidente da Câmara do Porto,

Depois de ter aprovado um projecto do arquitecto Siza Vieira, de requalificação da Baixa do Porto, transformando, uma bonita área, com a sua arquitectura neo-clássica e que tinha verdura, flores, bancos aprazíveis, num jardim de pedra, que muitos chamam no Porto a «eira», ainda tem o desplante de transformar este recinto em «feira popular»! Em ocasiões festivas enche o empedrado de barracas, como é o caso presente do Carnaval. Sítios não faltariam para colocar essas estruturas festivas.
Lamento bastante que esteja à frente de uma Câmara de uma cidade, de que demonstra não gostar absolutamente nada e que marca com o seu péssimo gosto.
Desejo o términus do seu mandato e que ainda fique alguma coisa sobre a nossa identidade.
Os meus cumprimentos e passe bem,

CARNAVAL À MODA ANTIGA...

Com roupas velhas ou de todos os dias, as tropas fandangas faziam disparates, os foliões desfilavam a pé ou de carro e guerreavam entre si com farinha, fuligem e armas de arremesso afins, numa transgressão em que não faltavam os homens vestidos de mulheres e as mulheres vestidas de homens. Havia também «cautelosas» piadas políticas. ( a fotografia é dos anos 30 e aí o regime fascizante devia ser bem apertado). Tudo isto foi proibido, por queixas de agressividade nas brincadeiras e também devia haver pouco interesse nessas manifestações libertárias! A cópia actual é uma imitação à brasileira.

RECORDAÇÕES DE CARNAVAL...

Não me lembro desta miúda, mas quem a acompanha é o meu pai! Não sei qual foi a ideia! Vianense? Aquela repa na testa em bico, até está engraçada!?...Não me lembro de ter vestido qualquer outra fantasia! Só uns anos depois, nos carnavais trapalhões em família, em que preponderava o improviso. De que me lembro bastante bem é dos bailes, na minha adolescência, eram quatro dias de bailarico, geralmente em casa dos amigos que tinham garagem, porque a família, que não aguentava as nossas músicas, queria-nos longe (nós também) e apareciam de quando em quando para ver como estava o ambiente. Mais tarde íamos para as discotecas. Foi uma época de muita farra e muito «flirt»!?...
Depois casei e íamos a bailes a vários sítios, mas muitas vezes fomos ao Hotel do Ofir, tinham sempre bons programas com artistas brasileiros, lembro-me da Elza Soares que foi lá cantar e levou o marido, o famoso Garrincha. Íamos sempre com amigos, mas houve um Carnaval que fomos sós e ficou inesquecível. Dançamos até às tantas e depois quando chegamos ao carro, o tipo não pegava. Bolas!?... O frio enregelava!?... Quem conhece o Ofir sabe que aquilo praticamente não tem descidas, mas pequena descida que houvesse, lá tentávamos nós empurrar o carro, para ver se ele pegava e nada! O pior era trazê-lo novamente para cima. Começava a amanhecer e vimos um grupo de pescadores. Pedimos logo ajuda, mas nem assim, a bateria estava em baixo. A sugestão deles era irmos a Fão onde havia um mecânico. Lá fizemos os três kilómetros a pé e apesar do mecânico estar constipado, veio connosco. Claro, que primeiro tirou a bateria para a carregar e teríamos que esperar um tempo. Fomos tomar o pequeno-almoço ao Hotel, num estado muito lamentável, eu já não tinha os olhos pintados, eu estava com o rosto todo sujo! Acabamos por sair do Ofir ao meio-dia, desejosos de nos atirarmos para a cama!?...


SAUDADES DE OUTROS TEMPOS...MAS SOBRETUDO IMENSAS SAUDADES DO MEU PAI!...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Selo Beautiful Blogger Award- Eu por mim mesma


A minha amiga, Sandra Botelho, do blog MEU ACONCHEGO,convidou-me a fazer esta brincadeira. Bom as regras são as seguintes:


Escrever 7 coisas ou frases que são importantes para mim, copiar o award, escolher 7 amigos e pedir que façam o mesmo, postando sobre si e escolhendo outros 7 amigos. Vou seguir só a primeira parte das regras e quem pretender entrar na brincadeira está disponível para todos.

1- Que os meus filhos estejam bem.

2- Que o meu marido que já teve um enfarte, permaneça ao meu lado.

3- Que alguns dos meus familiares que estão a atravessar problemas, os possam resolver

4- Que o empenho para melhorar o mundo seja uma constante.

5- Que sempre possa ter bons motivos para sonhar, gosto daquela frase de Fernando Pessoa «TENHO EM MIM TODOS OS SONHOS DO MUNDO»

6- Gosto da frase: «SÓ SEI QUE NADA SEI»

7- Outra frase que trago comigo há uns anos é: «VIVER E DEIXAR VIVER», que está integrada neste texto: A única maneira de sermos felizes, consiste em convidarmos os outros a partilhar a nossa felicidade não porque seja nobre fazê-lo, mas por ser conveniente. Não é possível viver agradavelmente sem viver sábia, justa e generosamente. Tratai os outros como quiserdes que vos tratem. Não injurieis, a fim de não serdes injuriados. VIVEI E DEIXAI VIVER. A nossa vida deve ser uma festa entre amigos. Cultivai o génio da amizade. Fazei dela uma religião. Prestai-lhe culto. Porque a verdadeira amizade é doce, bela e sagrada. A santidade da verdadeira amizade é o único dom certo que possuímos neste mundo de duvidoso valor. Se os sofrimentos da vida, podem reconciliar-nos com a morte, a amizade pode reconciliar-nos com a vida. EPICURO 342 A.C.-270 A.C.

EU SOU A MINHA PRÓPRIA MULHER

EU SOU A MINHA PRÓPRIA MULHER, de Doug Wright, conta-nos a história apaixonante do travesti alemão Lothar Berfel, que sobreviveu aos vários regimes da Alemanha: ao terror do nazismo, ao regime socialista e ainda depois à queda do Murro de Berlim. Tentou viver ou sobreviver no sistema capitalista, o que faz a sua biografia ser tão extraordinariamente cativante, porque na realidade ela era um homem, que viveu construindo um museu e um cabaret clandestino na cave do museu, por onde circulavam nomes famosos das artes e das letras, como Bertolt Brecht e Marlene Dietrich. Persistente e decidido, nunca se desviando da sua imperturbável e inamovível tendência e personalidade sexual. A verdadeira história de Charlotte Mahlsdorf. Júlio Cardoso em monólogo, interpreta 30 personagens.

Ficha Técnica: Espectáculo comemorativo dos 50 anos de teatro de Júlio Cardoso Autor: Doug Wright Direcção: João Mota Protagonista: Júlio Cardoso
Promotor: Seiva Trupe - Teatro Vivo



Excertos da entrevista:"Agora, o vedetismo é criado pela TV"
De SÉRGIO ALMEIDA


Sou um privilegiado por continuar, ao cabo de 50 anos, a exercer com a paixão e o desassossego de sempre a representação.
Esperançado por natureza, Júlio Cardoso, de 71 anos, acredita que as actuais dificuldades não são uma fatalidade e aponta a aprendizagem permanente como segredo da longevidade. "Ai do actor que julga saber tudo!"
50 anos são o testemunho de uma história não só local como também nacional e universal. Cada vez mais, um actor tem que saber observar e pensar, porque o ser humano vive a uma velocidade tal que pensa apenas em sobreviver e pouco medita nas suas reais capacidades.
Passei, na juventude, por muitas escolas e movimentos com o objectivo de encontrar respostas. Agora, sei que o teatro é fruto de saberes complexos. Não é uma comunicação de massas ou algo abstracto, mas uma arte viva e directa.
O teatro faz parte da própria natureza humana. Há quem venha porque pretende aprofundar o pensamento e interrogar-se sobre o que o cerca, mas a maioria fá-lo por necessidade, obedecendo a razões inconscientes.
O que deve caracterizar um actor é o desassossego permanente. Quanto mais evoluímos, mais inquietos ficamos, porque temos ambição de ir sempre mais além. Essa é a grande tragédia do actor contemporâneo.
O problema do esquecimento de António Pedro foi ele ter criado muitos mais inimigos do que admiradores. Como estava muito acima da média, sofria com o ódio dos outros. A inveja só nos torna mais pequenos.
É preciso saber gerir uma carreira. Estar sempre no apogeu também cansa e, por esse motivo, temos que saber escolher as alturas certas para abraçarmos determinados projectos. Orgulho-me de ter sabido dizer "não" nas alturas certas.
Uma das principais lições que aprendi com os mestres foi a de entregar-me ao máximo, quer esteja a actuar para 500 pessoas ou para uma. Esse único espectador pode ter feito muitos quilómetros para nos ver e merece o máximo respeito.
Posso morrer hoje, mas não deixo de ser um dos maiores milionários de sonhos do país.
Para singrar é preciso ir para Lisboa, mas uma cidade como o Porto deveria ter orgulho em ter duas escolas superiores de teatro. O que vemos, contudo, é uma região a definhar a vários níveis. Acredito que o país só vai melhorar quando a região Norte, e o Porto em particular, voltar a registar índices de crescimento elevados.
Eu não fui para Lisboa. O Porto, já dizia o Garrett, é uma cidade madrasta para os seus artistas. Quando o Manoel de Oliveira é obrigado a produzir os seus filmes em Lisboa, está tudo dito. Do Porto têm saído propostas fantásticas, mas só atingem esse estatuto depois de chegarem à capital do império.
Estou esperançado que, com a regionalização, haja uma inversão do actual estado de coisas.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

DIA DE S. VALENTIM

São Valentim, é um santo reconhecido pela Igreja Católica e igrejas orientais. O nome refere-se a pelo menos três santos martirizados na Roma antiga.
Durante o governo do imperador Cláudio II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens se não tivessem família, alistariam-se com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega: Asterias, filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois apaixonaram-se e milagrosamente a jovem recuperou a visão. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270. Esta é uma versão, possivelmente há mais.


http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Valentim
DELICADEZAS, MIMOS...PORQUE NÃO? É SEMPRE AGRADÁVEL TODOS OS DIAS, MAS HOJE...PONHAM DE LADO A PRESSÃO DO CONSUMO, O «KITCHE» QUE ALGUNS VÊEM NESTAS COISAS, BASTA UMA FLOR, UM CHOCOLATE...UMA PEQUENA COISA QUE FAÇA A DIFERENÇA DO DIA...

CHARLES CHAPLIN - UM HOMEM GENIAL

O homem é um animal com instintos primários de sobrevivência. Por isso, seu engenho desenvolveu-se primeiro e a alma depois, e o progresso da ciência está bem mais adiantado que seu comportamento ético.

Por simples bom senso, não acredito em Deus. Em nenhum.

Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

Se não consegues entender que o céu deve estar dentro de ti, é inútil buscá-lo acima das nuvens e ao lado das estrelas. Por mais que tenhas errado e erres, para ti haverá sempre esperança, enquanto te envergonhares dos teus erros.

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.

Se matamos uma pessoa somos assassinos. Se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis.

O assunto mais importante do mundo pode ser simplificado até ao ponto em que todos possam apreciá-lo e compreendê-lo. Isso é - ou deveria ser - a mais elevada forma de arte.

SOBRE ENERGIA

18 Fev 2010 - das 17:00 às 19:30 - Quintas - BIBLIOTECA DE SERRALVES
ENERGIA - Mais eficiência, menos consumo. Será esta a solução?

Tal como a energia e o desenvolvimento económico, a energia e o consumo estão fortemente relacionados. O consumo de energia está sempre presente no nosso dia-a-dia. Basta pensarmos na electricidade gasta no aquecimento das habitações, na utilização de meios de transporte e nas necessidades energéticas, por exemplo, do sector industrial e do comércio. Acresce que o uso de energia nem sempre é eficiente, tendo a sua produção, muitas vezes, também graves impactes em termos sociais, ambientais e económicos. É imperativo agirmos, pelo que temos de nos consciencializar do impacte que cada um de nós, ao nível individual e global, tem em termos de energia consumida. Como podemos alterar os nossos hábitos? Como ser eficiente continuando a depender da energia para o nosso dia-a-dia? Que papel temos enquanto consumidores na economia energética do país? Serão os novos planos e reformas suficientes para conseguir maior sustentabilidade energética? Estas e outras questões serão abordadas neste debate, procurando uma reflexão alargada e um despertar para comportamentos mais eficientes.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O LIVRO DO DESASSOSSEGO

THE BOOK OF DISQUIET - TEATRO MUSICAL PARA ACTOR, ENSEMBLE E FILME - LIBRETO DE Michel van der Aa a partir de textos de Fernando Pessoa (Bernardo Soares).

Quero que a leitura deste livro vos deixe a impressão de terdes atravessado um pesadelo voluptuoso.
……
Pulverização da personalidade: não sei quais são as m[inhas] ideias, nem os m[eus] sentimentos nem o meu carácter... Só sinto uma coisa, enq[uan]to a sinto na pessoa visualizada de uma qualquer criatura que aparece em mim. Substitui os meus sonhos a mim-próprio. Cada pessoa é apenas o seu sonho de si-próprio.
Eu nem isso sou.
……
Não soube nunca o que sentia. Quando me falavam de tal ou tal emoção e a descreviam, sempre senti que descreviam qualquer coisa da m[inha] alma, mas, depois, pensando, duvidei sempre. O que me sinto ser, nunca sei se o sou realmente, ou se julgo que o sou apenas. Sou uma personagem de dramas meus.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

BOM CARNAVAL PARA TODOS!?...

MANUEL IVO CRUZ

Manuel Ivo Soares Cardoso Cruz (Lisboa, 18 de Maio de 1935).
Nasceu em Lisboa, filho do compositor e professor de música Manuel Ivo Cruz (1901-1985) e de Maria Adelaide Burnay Soares Cardoso. Realizou os seu estudos primários e secundários em Lisboa, ingressando seguidamente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas. Entretanto, estudou composição, dirigindo em 1954 o seu primeiro concerto.
Terminados os seus estudos em Lisboa, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian na frequência do curso de direcção de orquestra do Universität Mozarteum da Universidade de Salzburgo, Áustria, cujo curso concluiu com distinção.
Terminados os seus estudos foi nomeado director musical da Orquestra Filarmónica de Lisboa e passou a dirigir diversos programas de divulgação musical, com destaque para os transmitidos na Radiotelevisão Portuguesa e na Emissora Nacional, com cuja orquestra sinfónica passou a colaborar regularmente.
Dedicou-se à música operática, tendo participado na realização de diversas temporadas no Teatro da Trindade e no Teatro Nacional de São Carlos, ambos em Lisboa, da Ópera de Câmara do Real Teatro de Queluz e ainda no Círculo Portuense de Ópera, de que foi presidente e director artístico. Como maestro convidado participou ainda em diversos concertos e óperas realizados em diversos países, entre os quais Alemanha, Espanha, Brasil, Estados Unidos da América, Rússia e Venezuela.
Também se dedicou à investigação e ao ensino, criando cursos, nos quais leccionou, entre os quais os Cursos Internacionais da Costa do Estoril, e realizando inúmeras conferências e colóquios. Também leccionou no Conservatório Superior de Música de Gaia. No campo da investigação dedicou-se à musicologia histórica, estudando as raízes da música portuguesa, da qual recolheu um apreciável repertório. Para divulgar esse acervo, publicou diversas colectâneas nalgumas das mais reputadas editoras portuguesas e internacionais.
No ano de 1969 foi distinguido com o Prémio Moreira e Sá, concedido pelo Orfeão Portuense. Mais tarde foi premiado por diversas instituições e agraciado com o título de Oficial de Mérito Cultural e Artístico da França e com a Ordem do Rio Branco, do Brasil. Em Portugal foi feito grande oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Foi ainda eleito membro de diversas instituições académicas dedicadas à música e à cultura, entre as quais a Academia Brasil-Europa de Ciência da Cultura e da Ciência, o Instituto de Estudos Culturais do Mundo de Língua Portuguesa e a Sociedade Brasileira de Musicologia.
Ao comemorar o cinquentenário da sua carreira artística, em 2004, foi agraciado pela Câmara Municipal do Porto com o grau ouro da Medalha Municipal de Mérito daquela cidade.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Ivo_Soares_Cardoso_Cruz

EXCERTO DO QUINTETO OP.44 DE SCHUMANN

BICENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE ROBERT SCHUMANN

SCHOSTAKOVICH ENSEMBLE

QUARTETO COM PIANO OP.47
3 ROMANCES PARA OBOÉ E PIANO OP.94
QUINTETO COM PIANO OP.44
(ESTE QUINTETO FOI DEDICADO A CLARA SCHUMANN, SOBRE ESTE QUINTETO WAGNER ESCREVEU A SCHUMANN DIZENDO: «EU VEJO ONDE É QUE QUER CHEGAR, E AFIRMO, É ONDE EU TAMBÉM QUERO CHEGAR: É A ÚNICA SALVAÇÃO: BELEZA!» . GOSTO BASTANTE DESTE QUINTETO QUE TEM UM SCHERZO COM UM DESASSOSSEGO EXTREMO.)
[Ontem tive um dia de imprevistos, tem sido uma característica desta semana, bem precisava destes momentos de música, mas a ida ao concerto esteve em dúvida até à noite, o carro tinha «pifado» e depois de uma tarde de expectativa, o carro não ficou pronto! Acabamos por ir ao concerto na carrinha do dono da oficina, com aquela publicidade toda estampada no mesmo, ficamos cá com um cheiro a mecânicos! O imprevisto, neste caso bom, foi encontrar o Maestro Manuel Ivo Cruz, meu professor em dois cursos de História da Música. A idade não perdoa, está muito diferente do que era, mas sempre com aquele sorriso aberto.]