A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

«O MIÚDO DA BICICLETA» um filme que toca a alma


Cyril, de quase 12 anos, tem um único plano: encontrar o pai, que o deixou temporariamente num orfanato. Por acaso, conhece Samantha, uma cabeleireira que aceita acolhê-lo aos fins-de-semana. Mas será este amor suficiente para acalmar a raiva que tanto sente?
A magia exemplar do cinema dos irmãos Dardenne reside num argumento e numa realização que privilegiam a elipse, fazendo avançar a história sem diálogos explicativos, sondando a dor, filmando-a de viés. Ela é insinuada, mais do que mostrada, pelos lugares, pelos objectos, mas também por comoventes metáforas.
Há filmes que nos tocam a alma, filmes, livros…seja o que for…de um forma simples a alma é tocada, porque nos confrontamos com a realidade, com casos da vida com que privamos, sem artifícios. Fiquei perturbada, com o olhar terno que recebi e que agarrou o meu coração.
A beleza e intensidade de O MIÚDO DA BICICLETA permaneceu comigo durante muito tempo.

 
Jean-Pierre Dardenne y Luc Dardenne, irmaõs belgas e realizadores de cinema, denominam-se a si mesmos como «uma pessoa com quatro olhos».

Só encontraram o reconhecimento da crítica internacional com Rosetta, que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes, seu terceiro filme. A partir daí têm concorrido sempre ao Festival de Cannes e ganharam uma segunda Palma de Ouro, com «a Criança»
Não tenho perdido nenhum dos seus filmes que chegam até cá. «O Miúdo da Bicicleta», já ganhou alguns prémios e está nomeado para outros.