Vim ao mundo por acaso em Portugal, não tenho pátria, sou sozinho e sou da cama dos meus pais.
Poeta e músico, com uma marca muito «sui-generis». A sua marca, para quem o tem acompanhado, não engana!
Das suas cantigas: são arquitectadas, acoplando a forma poética à foram musical, produzindo algo que se tem que sentir, de forma consistente, mas também fluída.
Sérgio diz:
Eu que estive quase morto no deserto e o Porto aqui tão perto…cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas…pode alguém ser quem não é…com um golpe de asa…. com um brilhozinho nos olhos... cada dia que passa é o primeiro dia do resto da nossa vida… que força é essa amigo, que só te serve para obedecer…aprende a nadar companheiro, que a Liberdade está a passar por aqui…o fascismo é uma minhoca que se infiltra na maça…
Eu que estive quase morto no deserto e o Porto aqui tão perto…cá se vai andando com a cabeça entre as orelhas…pode alguém ser quem não é…com um golpe de asa…. com um brilhozinho nos olhos... cada dia que passa é o primeiro dia do resto da nossa vida… que força é essa amigo, que só te serve para obedecer…aprende a nadar companheiro, que a Liberdade está a passar por aqui…o fascismo é uma minhoca que se infiltra na maça…
Último trabalho: MÚTUO CONSENTIMENTO.
Não carregando tanto na tecla interventiva, dos seus primeiros trabalhos, porque também é um homem de afectos, sempre revela a sua visão política.
Em entrevista diz:
«Há tantas pessoas que andam por aí sem perceber muito bem o que está a acontecer, a tentar pensar de outra maneira ou, simplesmente, a tentar não pensar».
«Acho que se tem que responder com riqueza e diversidade ao momento presente, que está a ser muito empobrecedor. Nós temos a nossa função de comunicação, que deve ser cultural e não pode empobrecer os nossos meios de expressão. Temos que lutar, temos que dar às pessoas, meios de se enriquecerem e de se interrogarem. Devem ter uma atitude actuante. O Acesso Bloqueado fala explicitamente do momento presente, quando canto o «défice descontrolado» ou o «crédito mal aparado» ou o «desgoverno planeado» - e sobretudo quando digo «Adivinhar o presente/, isso é que é mais complicado/, tem o acesso bloqueado».
EM MÚTUO CONSENTIMENTO TAMBÉM:
«Dias úteis/às vezes pretextos fúteis/para encontrar felicidades/no percurso de um só dia//Dias úteis/são tão frágeis as verdades/que se rompem com a aurora/quem as não recomendaria/ […]//mesmo por pretextos fúteis/a alegria é que nos torna/os dias úteis […]
Acompanhei o Sérgio desde o seu apogeu como cantor de intervenção:
E Sérgio é um gaijo do Puerto!