Os gansos foram domesticados no Antigo Egipto, para produção de carne e penas. As penas para fabrico de flechas. Os gansos domésticos são mais activos durante a noite e, dado o seu sentido territorial, podem exercer funções de cão de guarda. O foie gras é fabricado a partir do fígado de ganso, de tal forma, que deixei de gostar de foie gras. A ave em cativeiro vive até 50 anos.
A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»
MARTIN LUTHER KING
sábado, 31 de março de 2018
UM DIA BOM PARA PASSEAR!
São muito barulhentos os gansos. Juntam-se como um exército desfilando, como se estivessem numa parada. Eu que gosto mais de observar animais, do que estar a aturar pessoas, tive uma tarde muito tranquila.
Os gansos foram domesticados no Antigo Egipto, para produção de carne e penas. As penas para fabrico de flechas. Os gansos domésticos são mais activos durante a noite e, dado o seu sentido territorial, podem exercer funções de cão de guarda. O foie gras é fabricado a partir do fígado de ganso, de tal forma, que deixei de gostar de foie gras. A ave em cativeiro vive até 50 anos.
Os gansos foram domesticados no Antigo Egipto, para produção de carne e penas. As penas para fabrico de flechas. Os gansos domésticos são mais activos durante a noite e, dado o seu sentido territorial, podem exercer funções de cão de guarda. O foie gras é fabricado a partir do fígado de ganso, de tal forma, que deixei de gostar de foie gras. A ave em cativeiro vive até 50 anos.
quinta-feira, 29 de março de 2018
HOJE 29.03 É UM DIA MUITO MARCANTE PARA A HISTÓRIA DO PORTO!
Foram trágicos os acontecimentos ocorridos no Porto, em 1809, durante os 45 dias que Soult e
as suas tropas permaneceram na cidade, no decurso da segunda invasão francesa.
Com a entrada das tropas francesas, em 29 de Março de 1809, a população fugiu em direcção à
Ribeira, na tentativa de passar a ponte das barcas que unia o Porto a Vila Nova
de Gaia. É então quer se dá a tragédia, a ponte não aguentou o peso. Milhares
de vítimas pereceram quando fugiam, através da ponte. Não se sabe ao certo
quantos terão morrido afogados e quantos terão morrido nas cargas de baioneta dos soldados franceses,
há muitas dúvidas quanto ao número de quatro a cinco mil vítimas, apontadas em
alguns relatos.
ALGUMAS IMAGENS DA ÉPOCA
Há relatos das atrocidades cometidas há 209 anos, a
população ficou completamente a saque.
Conventos, repartições públicas, casas particulares de
famílias importantes e outras de gente mais modesta, foram invadidas despojadas
de tudo, pelos soldados de Soult.
Não foi só o roubo, mas também repugnantes vexames e
hediondos morticínios.
Soult instalou-se quando chegou
ao Porto, no Palácio das Carrancas, actualmente Museu Soares dos
Reis, como residência e quartel general e só saíu quando teve conhecimento na
entrada da cidade do exército luso-britânico, comandado por sir Arthur Wellesley.
ESTE ACONTECIMENTO É LEMBRADO NA RIBEIRA COM O BAIXO RELÊVO «ALMINHAS DO PORTO» DO ESCULTOR TEIXEIRA LOPES.
E TAMBÉM PELO MONUMENTO AOS HERÓIS DAS GUERRAS PENINSULARES
Da autoria de Marques da Silva, Mª José Marques da Silva, Moreira da Silva, Henrique Moreira, Sousa Caldas e Alves de Sousa, este monumento foi inaugurado em 1951.
É uma obra de evocação histórica arquitectónico-escultural de espectacular grandiosidade, composta por um obelisco e por vários grupos escultóricos com figuras simbólicas da águia (alusiva ao exército napoleónico) e do leão (alusiva ao espírito indomável do povo português).
quarta-feira, 28 de março de 2018
AS 4 OPERAÇÕES - Vasco Graça Moura
Fui deitar contas à
vida
fiz as quatro operações
num instante e de
seguida
tirei certas conclusões
Comecei pela adição
porque te amei mais e
mais
se fiz essa soma à mão
fiz também contas
mentais
Aprendi a tabuada
e vi que multiplicar
era a forma acelerada
de o meu amor aumentar
Depois vi que subtraía
a tua deslealdade
e o total se reduzia
para menos de metade
Essa foi a consequência
da mentira repetida
e assim a minha
existência
acabava dividida
E agora não me comove
dar-te uma prova
provada
fiz sempre a prova dos
nove
e deu noves fora nada
Vasco Graça Moura
MERCADO DO BOLHÃO
O Mercado do Bolhão é o mercado mais emblemático da cidade e foi classificado como imóvel de interesse público em 2006.
Remonta a 1850, com uma estrutura singular e dois pisos, caracterizando-se pela monumentalidade própria da arquitectura neoclássica.
Exteriormente, o mercado divide-se num grande número de estabelecimentos, voltados para as quatro ruas que o delimitam: Fernandes Tomás, a norte, Alexandre Braga, a este, Formosa, a sul, e Sá da Bandeira a oeste.
É vocacionado sobretudo para produtos frescos. Os vendedores estão divididos em diferentes secções especializadas, designadamente: zona de peixarias, talhos, hortícolas e florais.
O ÚLTIMO PROJECTO É PARA ARRANCAR ESTE ANO, ESPERO QUE ASSM ACONTEÇA E ENTÃO SEGUNDO OS ESTUDOS FINAIS, FICARÁ ASSIM!
ASSIM SE ENCONTRA O MERCADO DO BOLHÃO, COM PROJECTOS DE RECUPRAÇÃO, QUE SE ARRASTAM HÁ ANOS!
terça-feira, 27 de março de 2018
EM FRENTE A LIVRARIA MOREIRA DA COSTA (ALFARRABISTA)
Esta livraria tem sido assunto do dia, está vaticinada a desaparecer, porque o novo proprietário do Hotel Infante Sagres, pretende que todas as lojas em frente ao Café Aviz fossem fechadas, assim como a Livraria Moreira da Costa. Esta livraria foi considerada loja histórica, porque tem mais de um século de história e guarda cerca de 50 mil títulos. Nasceu em 1902 e passou de geração em geração.
Dada esta catalogação, os proprietários da livraria não se conformam e esta questão está em tribunal. Veremos o que vai acontecer, mas a situação não é fácil como me disse o proprietário.
Dada esta catalogação, os proprietários da livraria não se conformam e esta questão está em tribunal. Veremos o que vai acontecer, mas a situação não é fácil como me disse o proprietário.
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Livraria aparedada!
Lamento que estes sítios com a história, onde havia tertúlias com os grandes escritores do Porto desapareçam, além disso sempre fui frequentadora assídua de alfarrabistas.
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PELO CAFÉ AVIZ!
Hoje passei pelo Café Aviz (inaugurado em 1947.) Já há muito tempo que não ia lá e em determinada altura da minha vida ia lá frequentemente (por aqui muito se estudava e namorava).
Houve algumas obras de beneficiação, mas nada que alterasse muito a estrutura do café. O mais relevante é as alterações do balcão.
Continua a divisão, metade restaurante, metade café e no piso inferior o bilhar.
Escultura de Augusto de Azevedo (1947)
Interessante uma vitrina onde se encontra todas as marcas de tabaco antigas e que tinham nomes bem portugueses, presentemente a maioria é de marca estrangeira.
Na mesma vitrine vê-se as caixas de metal, onde colocavam os doces para trazer às mesas e as cafeteiras, também de metal.
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segunda-feira, 26 de março de 2018
ROTA DO ROMÂNICO
De Airães, à Vila Romana de Sendim, continuando para Santa Quitéria, até o Mosteiro do Pombeiro, onde se realizava a Festa do Pão de Ló de Margaride, que Felgueiras já se candidatou às Iguarias de Portugal!
Foi no início do século XVIII que Clara Maria, principiou a fabrico deste pão de ló. A Casa, tal como hoje, encontrava-se localizada na freguesia de Margaride, no centro da actual cidade de Felgueiras. Este pão de ló ficou conhecido por “Pão de Ló de Margaride”.
Após a morte de Clara Maria, foi Antónia Félix que continuou com o fabrico deste apreciado doce, tendo, mais tarde, passado essa tarefa para Leonor Rosa da Silva.
Leonor Rosa da Silva tornou conhecido o pão de ló de Margaride durante mais de 50 anos de trabalho. O sucesso foi tanto que em 1888 foi atribuída a esta Casa a designação de Fornecedora da Casa Real Portuguesa.
Actualmente, o fabrico mantém-se o mais artesanal possível, mantendo, acima de tudo, a qualidade dos seus produtos.
Foi no início do século XVIII que Clara Maria, principiou a fabrico deste pão de ló. A Casa, tal como hoje, encontrava-se localizada na freguesia de Margaride, no centro da actual cidade de Felgueiras. Este pão de ló ficou conhecido por “Pão de Ló de Margaride”.
Após a morte de Clara Maria, foi Antónia Félix que continuou com o fabrico deste apreciado doce, tendo, mais tarde, passado essa tarefa para Leonor Rosa da Silva.
Leonor Rosa da Silva tornou conhecido o pão de ló de Margaride durante mais de 50 anos de trabalho. O sucesso foi tanto que em 1888 foi atribuída a esta Casa a designação de Fornecedora da Casa Real Portuguesa.
Actualmente, o fabrico mantém-se o mais artesanal possível, mantendo, acima de tudo, a qualidade dos seus produtos.
domingo, 25 de março de 2018
PELAS RUELAS DO CENTRO HISTÓRICO ATÉ À RUA DAS FLORES
Rua das Flores
O nome da rua provém das viçosas hortas, recheadas de
flores, que existiam nos terrenos por onde a rua foi aberta: as hortas do
bispo. À época era bispo do Porto D. Pedro Álvares da Costa, cuja tamanha
devoção por Santa Catarina do Monte Sinai explica o nome inicial do arruamento:
"Rua de Santa Catarina das Flores".
A rua foi aberta entre 1521-1525, no final do reinado de D.
Manuel. A abertura da nova rua, ligando o Largo de São Domingos à
Porta de Carros (actual Praça de Almeida Garrett), correspondeu às necessidades
do crescimento populacional e do desenvolvimento económico. Com a abertura da
Rua das Flores, o largo quinhentista de São Domingos conheceu também
importantes transformações.
A construção da nova rua coincidiu, por um lado, com o fim
do privilégio ancestral de proibição de estadia dos nobres na cidade e, por
outro, com a crescente afirmação de uma burguesia mercantil, cultivadora do
gosto pelos grandes palácios e por ambientes repletos de luxo. A Rua das Flores
será um belíssimo exemplo de concretização destas duas tendências.
A construção nas Flores foi feita segundo moldes inéditos
pois, pela primeira vez na história urbana da cidade, surgiu uma regulamentação
precisa sobre o tipo de habitação a construir, obrigando a uma regularização
das duas margens da rua, possibilitando a boa visibilidade das fachadas.
O núcleo mais representativo dos habitantes da rua foi
constituído pela designada aristocracia urbana — cidadãos ligados à
administração municipal da cidade e da Coroa, mercadores, frequentemente
nobilitados, e alguns cristãos-novos —, conotando a rua com um forte caráter
elitista, que o espaço edificado procurava confirmar.
No entanto, a zona alta da rua foi habitada por homens
ligados, sobretudo, aos ofícios: mecânicos, sapateiros, caldeireiros,
serralheiros, pedreiros, ferreiros, etc. O extraordinário afluxo destes
homens ao Porto está ligado ao fenómeno de "enobrecimento da cidade".
Depois deste auge, lembro-me de ser uma rua de grande comércio, mas que não despertava grande interesse até à sua reabilitação.
A primeira medida foi requalificar a rua e toná-la uma rua pedestre, gradualmente tudo se foi transformando e muito e hoje é um local de lazer, com muitos restaurantes e cafés, onde há sempre gente a cantar e a tocar e pontualmente ocorrem eventos muito interessantes.
Pontos de interesse
Antigo Hospital de D. Lopo.
Casa dos Maias (n.º 29), edifício de grande valor histórico
cuja construção remonta ao século XVI.
Casa da Companhia (n.º 69), onde funcionou a Companhia Geral
da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, criada pelo marquês de Pombal.
Casa dos Sousa e Silva (n.º 79-83), cujo brasão ostenta a
data de 1703.
Casa dos Constantinos (n.º 139), do século XVII.
Igreja da Misericórdia do Porto, cuja construção se iniciou
em 1559.
Museu da Misericórdia do Porto
Casa dos Cunhas Pimentéis (na esquina com o Largo de São
Domingos), edifício de grande valor histórico cuja construção remonta ao século
XVI.
Livraria Chaminé da Mota, Alfarrabista no nº-28 casa fundada
em 1981, compra e venda de livros e antiguidades.
Os seus establecimentos de Comércio Tradicional onde se
destacam ourivesarias centenárias.
MARIA DA FONTE
Maria da Fonte, ou Revolta do Minho, é o nome dado a uma
revolta popular ocorrida em 1846 contra o governo cartista presidido por
António Bernardo da Costa Cabral. A revolta resultou das tensões sociais
remanescentes das guerras liberais, exacerbadas pelo grande descontentamento
popular gerado pelas novas leis de recrutamento militar que se lhe seguiram,
por alterações fiscais e pela proibição de realizar enterros dentro de igrejas.
Quem era Maria da Fonte? Há várias versões.
Depois de múltiplos incidentes e arruaças isoladas,
ocorridos um pouco por todo o país, mas com maior relevo no norte, o gatilho da
revolta foi um acontecimento banal: a morte, em 1846, da idosa Custódia
Teresa, habitante do lugar de Simães na freguesia de Fontarcada, nos arredores
da Póvoa de Lanhoso.
Um grupo de vizinhos, onde predominavam mulheres, decidiu
proceder ao enterramento da defunta na Igreja do Mosteiro de Fonte Arcada, sem
autorização da Junta de Saúde, as autoridades decidiram intervir. A dureza da
intervenção foi grande.
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Maria da Fonte (Roque Gameiro, Quadros da História de Portugal, 1917 |
No enterramento de Custódia Teresa, o povo não permitiu que
o comissário de saúde viesse atestar o óbito, tendo-o espancado. O enterro terá
sido mesmo feito sem acompanhamento religioso, por o pároco ter recusado
participar no desacato, embora o povo alegasse que o fazia por razões
religiosas, pois que se o corpo fosse enterrado fora da igreja, noutro chão
qualquer que não o do templo, o morto estaria desprotegido.
Talvez por considerarem menos provável que as autoridades
agissem de forma violenta contra mulheres, estas ter tido papel
preponderante.
Perante os factos, as autoridades resolveram prender as
cabecilhas da revolta e proceder à exumação do cadáver e à sua sepultura no
terreno destinado a cemitério. Foram recebidos pela população armada com
foices, chuços e varapaus. Sem poderem exumar o cadáver, procederam à prisão de
quatro mulheres que foram consideradas cabecilhas dos incidentes dos dias
anteriores: Joaquina Carneira, Maria Custódia Milagreta, Maria da Mota e Maria
Vidas.
Quando as presas iam ser ouvidas pelo juiz, os sinos tocaram
a rebate, reunindo o povo, que marchou até à vila para arrombar com machados as
portas da cadeia. À frente deste grupo, estavam algumas jovens, entre elas, vestida
de vermelho, Maria Angelina, a qual terá sido a primeira a acometer à machadada
a porta da cadeia.
As autoridades procuravam identificar os
insurrectos e a jovem Maria Angelina, foi colocada no topo da lista. Como os
circunstantes se recusavam a identificar os amotinados, ficou registada
simplesmente por Maria da Fonte Arcada, depois abreviado para Maria da Fonte. A Maria
Angelina, foi de facto processada e pronunciada nos tumultos da Póvoa de
Lanhoso.
Contudo, sobre esta matéria as opiniões divergem, já que nos
anos imediatos muitas foram as Marias da Fonte, que apareceram pelo norte de
Portugal, reclamando, com maior ou menor justiça, a glória do nome.
Depois, romantizado pela intelectualidade da época, a Maria
da Fonte acabaria por ser transformada no epítome das virtudes guerreiras das
mulheres do norte de Portugal, passando a defensora da genuína expressão do
desejo de liberdade da alma popular. Afinal, é assim que nascem os mitos.
De qualquer forma, graças a Camilo Castelo Branco, o nome da
taberneira Maria Luísa Balaio também recebeu grande atenção e, muitos anos mais
tarde, em 1883, o jornal O Comércio de Portugal ainda noticiava que morreu em
1874, na freguesia de Verim, Ana Maria Esteves, natural de Santiago de
Oliveira, casada com António Joaquim Lopes da Silva daquela freguesia de Verim
e que fora a famigerada Maria da Fonte.
quinta-feira, 22 de março de 2018
MULHERES
Tenho andado a pesquisar sobre mulheres que foram ousadas, corajosas e diferentes, através dos tempos!
ANTÓNIA RODRIGUES
Oriunda de uma família com fracos recursos, foi muito jovem morar para Lisboa, para junto da irmã. Entusiasta ouvinte de histórias de navegadores e dotada de um excepcional espírito aventureiro, não foi muito bem compreendida pela família.
Filha do conde Diogo Fernandes e da condessa Onega ou Onecca, possivelmente tia do rei Ramiro II de Leão, foi uma célebre e rica mulher, a mais poderosa no Noroeste da Península Ibérica, é reconhecida por várias cidades portuguesas devido ao seu registo e acção.
ANTÓNIA RODRIGUES
Oriunda de uma família com fracos recursos, foi muito jovem morar para Lisboa, para junto da irmã. Entusiasta ouvinte de histórias de navegadores e dotada de um excepcional espírito aventureiro, não foi muito bem compreendida pela família.
Foi, então, que decidiu comprar roupas de
rapaz, cortar o cabelo e tentar embarcar num navio. E conseguiu. Partiu para
Mazagão, onde passou de grumete a soldado de guarnição.
Começou "o soldado" a manejar armas,
com grande destreza. Combateu por diversas vezes com grande bravura, de tal
modo que damas da nobreza se enamoram de si, sem que "o soldado"
desse mostra de vontade de casar.
Antónia Rodrigues decidiu, então, confessar a
sua verdadeira condição e, em consequência, teve de voltar a vestir as roupas
civis. Casou com um oficial e regressou ao Reino. Filipe II (III de Espanha)
concedeu-lhe uma pensão vitalícia.
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MUMADONA DIAS
Mumadona Dias (em espanhol: Muniadona
Díaz; m. depois de dezembro 968) foi condessa do Condado Portucalense e a
mulher mais poderosa do seu tempo no noroeste da Península Ibérica.
Filha do conde Diogo Fernandes e da condessa Onega ou Onecca, possivelmente tia do rei Ramiro II de Leão, foi uma célebre e rica mulher, a mais poderosa no Noroeste da Península Ibérica, é reconhecida por várias cidades portuguesas devido ao seu registo e acção.
Mumadona casou, com o
conde Hermenegildo Gonçalves, passando, porém, a governar o condado sozinha
após o falecimento do seu esposo em 943 e 950, o ano em que Mumadona, já viúva, fez a partilha com seus filhos (6) dos
bens herdados. O conde Hermenegildo deixou-a na posse de inúmeros domínios,
numa área que coincidia sensivelmente com zonas que integrariam os posteriores
condados de Portucale e de Coimbra.
Entre a segunda metade de 950 e
começo de 951, por inspiração piedosa, fundou, na sua herdade de Vimaranes, um
mosteiro sob a invocação de São Mamede (Mosteiro de São Mamede ou Mosteiro de
Guimarães), onde, mais tarde, professou. Pouco depois de 959, para a proteção
desse mosteiro e das suas gentes contra as incursões dos normandos, determinou
a construção do Castelo de Guimarães, também chamado Castelo de São Mamede, à
sombra do qual se desenvolveu o burgo de Guimarães, vindo a ser sede da corte
dos condes de Portucale.
O documento testamentário no qual faz
a doação dos seus domínios, gado, rendas, objectos de culto e livros religiosos
ao mosteiro de Guimarães, datado de 26 de Janeiro de 959, é importante por
testemunhar a existência de diversos castelos e povoações na região. Devido às
"incursões dos infiéis, que haviam assolado as proximidades, entregou o castelo ao mosteiro.
Apesar de não ser a fundadora da
Póvoa de Varzim (Villa Euracini) e de Vila do Conde (Villa de Comite), o seu
registo é pioneiro ao incluir pela primeira vez essas villas. Os topónimos de
Aveiro (Suis terras in Alauario et Salinas) e de Felgueiras (In Felgaria
Rubeans villa de Mauri) também aparecem no documento testamentário de Mumadona
Dias como o primeiro a fazer referência escrita a essas terras.
Brites de Almeida, a Padeira de
Aljubarrota, foi uma figura lendária e heroína portuguesa, cujo nome anda
associado à vitória dos portugueses, contra as forças castelhanas, na batalha
de Aljubarrota (1385). Com a sua pá de padeira, teria morto sete castelhanos
que encontrara escondidos num forno.
A lenda
Brites de Almeida teria nascido em
Faro, em 1350,de pais pobres e de condição humilde, donos de uma pequena
taberna. A lenda conta que desde pequena, Brites se revelou uma mulher
corpulenta, ossuda e feia, de nariz adunco, boca muito rasgada e cabelos
crespos. Estaria então talhada para ser uma mulher destemida, valente e, de
certo modo, desordeira.
Teria 6 dedos em cada mão, o que
teria alegrado os pais, pois julgaram ter em casa uma futura mulher muito
trabalhadora. Contudo, isso não teria sucedido, porque Brites amargurou a vida dos seus progenitores, que morreram precocemente. Aos 26 anos
estaria já órfã, facto que se diz não a ter afligido muito.
Vendeu os parcos haveres que possuía,
resolvendo levar uma vida errante, negociando de feira em feira. Muitas são as
aventuras que supostamente viveu, da morte de um pretendente no fio da sua
própria espada, até à fuga para Espanha a bordo de um batel assaltado por
piratas argelinos, que a venderam como escrava a um senhor poderoso da
Mauritânia.
Acabaria, entre uma lendária vida
pouco virtuosa e confusa, por se fixar em Aljubarrota, onde se tornaria dona de
uma padaria e tomaria um rumo mais honesto de vida, casando com um lavrador da
zona. Encontrar-se-ia nesta vila quando se deu a batalha entre portugueses e
castelhanos. Derrotados os castelhanos, sete deles fugiram do campo da batalha
para se albergarem nas redondezas. Encontraram abrigo na casa de Brites, que
estava vazia porque Brites teria saído para ajudar nas escaramuças que
ocorriam.
Quando Brites voltou, encontrou a porta fechada e logo desconfiou da presença de inimigos, entrando alvoroçada à
procura de castelhanos. Teria encontrado os sete homens dentro do seu forno,
escondidos. Intimando-os a sair e a renderem-se, e vendo que eles não
respondiam pois fingiam dormir ou não entender, bateu-lhes com a sua pá,
matando-os. De seguida, tê-los-à cozido, no seu forno, juntamente com o pão. Diz-se também que, depois do sucedido, Brites teria reunido um grupo
de mulheres e constituído uma espécie de milícia que perseguia os inimigos,
matando-os sem dó nem piedade.
Os historiadores, que Brites de Almeida é uma lenda mas,
assim mesmo, é inegável que a história desta padeira se tornou célebre e Brites
foi transformada numa personagem lendária portuguesa, uma heroína celebrada
pelo povo nas suas canções e histórias tradicionais.
quarta-feira, 21 de março de 2018
Emerenciano da Silva Rodrigues nasceu em Ovar, em 1946.
Fez o curso de Pintura Decorativa na Escola de Artes Decorativas Soares do Reis e o Curso Complementar de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, instituição que financiou a sua pós-graduação e uma viagem de estudo a Paris.
Fez o curso de Pintura Decorativa na Escola de Artes Decorativas Soares do Reis e o Curso Complementar de Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto.
Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, instituição que financiou a sua pós-graduação e uma viagem de estudo a Paris.
Emerenciano participa em exposições coletivas desde os anos 60, não só em Portugal mas também no estrangeiro.
Autor de uma pintura próxima da escrita, dedica-se também, desde 1980, à Arte-Postal e à Poesia Visual, bem como à ilustração de livros infantis, juvenis e de poesia.
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