A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




segunda-feira, 5 de março de 2018

Pedro (da Cunha Pimentel) Homem de Melo (Porto, 1904 — Porto, 1984) foi um poeta, professor e folclorista.

Ironia


De tanto pensar na morte
Mais de cem vezes morri.
De tanto chamar a sorte
A sorte chamou-me a si.

Deu-me frutos duradoiros
A paz, a fortuna, o amor.
As musas vieram pôr
Na minha fronte os seus loiros...

Hoje o meu sonho procura
Com saudade a poesia
Dos tempos em que eu sofria...

— Que triste coisa a ventura!   

Pedro Homem de Mello, in "Caravela ao Mar"



3 comentários:

João Menéres disse...

Sou um admirador da poesia do PHM !
Já no meu blog o citei.

Manuela Freitas disse...

Em criança conheci o Pedro Homem de Melo. Eu vivia na Rua Nossa Senhora de Fátima e ele na Rua Oliveira Monteiro. Conversava com o meu pai e era de facto uma pessoa que chamava logo a atenção, pela sua postura, pela sua maneira de falar.
Por coincidência tive como Professora de Moral, a sua mulher, Maria Helena Pamplona.

João Menéres disse...

Eram quase vizinhos !
Pessoalmente nunca o vi.
Só na TV ...