«O Prazer da Leitura» de Marcel Proust, é um manifesto de amor pelos livros, o texto contém os fundamentos de uma teoria estética que depois foi desenvolvida com mais profundidade no revolucionário: EM BUSCA DO TEMPO PERDIDO.
«Não há talvez dias da nossa vida que tenhamos tão intensamente vivido como aqueles que julga-mos passar sem tê-los vivido, aqueles que passamos com um livro nas mãos.»
Sempre me entreguei aos livros com um empenho incomum, muitas vezes isolando-me, para os viver de uma forma absoluta. Uma relação de amizade, tão intensa que me deixa uma sensação de vazio, quando o livro termina. Mas este sentimento, vai continuar num outro livro que surge a seguir, um processo interminável em que a sensação de descoberta está sempre presente.
Proust escreve que só a leitura possui «a chave que nos abre, no fundo de nós próprios, a porta das habitações onde não teríamos conseguido penetrar».
Os livros têm sido realmente para mim grandes amigos, desde sempre e até sempre, estão na cabeceira, vão comigo, reconciliam-me com o sono…ler é sempre necessário, antes de me deixar escorregar por entre os lençóis...PROVOCAM-ME EMOÇÕES, dão mais vida à minha vida!
Os Meus Livros
Os meus livros (que não sabem que existo)
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E que percorro com a minha mão côncava.
Não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estarão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
Mais vale assim. As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre.
Jorge Luis Borges, in "A Rosa Profunda"
SEMPRE COM UMA MÚSICA DE FUNDO:
11 comentários:
O livro é então o amigo de todas as horas, não é mesmo?
Gostei disso "reconciliam-me com o sono", pois verdadeiramente um livro nas mãos em noites de insônia age como um calmante natural e relaxante.
Muito bom dia e bjs cariocas
Olá
Relamente esta amizade é eterna e frutífera para quem encontra como vc este tesouro.
bjs
"Chega-se a ser grande por aquilo que se lê e não por aquilo que se escreve. "
Jorge Borges.
beijo.
Manuela, acredito em contos ... acredito que um livre se abre facilmente dependendo da mão que o lê e se descortina todos os dias, esperando que alguém faça parte da sua silenciosa trajetória.
Tenho alguns bons amigos/livros e me sinto parte deles também, eles me ajudaram a ser quem eu sou.
Bjs - Homeopatas dos Pés Descalços
Escolha suprema. Foi também JLB que me inspirou a iniciar a escrita de um blogue. É sempre uma fonte irrepreensível. Parabéns pela preferência e pelo espaço!
Quantas verdades, Manuela! Os livros são preciosos! Como você, também gosto de refugiar-me para saboreá-los como se deve - esse é meu projeto para o próximo feriado que se avizinha: 4 dias - coisa boa!
Beijos
Lindo post, Manuela!
Puro encantamento ver essa intimidade com os livros...
Também gosto muito deles.
São meus companheiros inseparáveis!
Borges, então...
Grata, querida!
Forte abraço.
Olá Manú!
Não conheço a vida sem livros. E, como já foi dito em comentário acima, devo aos livros quem eu sou hoje!
Amigos silenciosos que sempre estão ao alcance da mão!
Lindo post e excelente homenagem!
Um beijo agradecido
Astrid Annabelle
Na verdade é um a amizade que dura para sempre, eles ali estão na estante esperando com paciencia por nòs.
Bjs
tens tesouros incalculáveis! és rica Manu! muito rica e nos achegamos a ti, para que dividas tuas riquezas conosco.
beijos e feliz páscoa!
Minha amiga, sabes do que mais gostei? Desse Fernandinho Pessoinha sentado à beira dos teus livros! Quero um destes!
Livros acalmam, relaxam, nos levam a um lugar sem memória, onde apenas nós e eles sabemos quem somos. beijos querida,
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