O filósofo alemão, trata de questões tão na ordem do dia e mesmo no imediato decisivas, no seu «brechtiano» impulso de melhorar a Europa e o mundo.
Neste ensaio, Jürgen Habermas defende a Europa a partir do cepticismo crescente. Apresenta como alternativa a transnacionalização da democracia, colocando o processo de unificação dentro de um novo contexto civilizacional e de uma nova codificação do poder estatal.
À luz da actual crise do Euro e da reacção hesitante dos políticos, o fracasso do projecto europeu parece uma possibilidade. Hoje, todos falam do erro de construção de uma união monetária à qual faltam as necessárias competências políticas de controlo.
Jürgen Habermas, é um desassossegado utópico de longo curso, que revela a sua maior inquietação, como um grito de alma:
«A minha maior preocupação é a injustiça social, que brada aos céus, e que consiste no facto de os custos socializados do falhanço do sistema atingirem com maior dureza os grupos sociais mais vulneráveis. A injustiça social paga-se, não com dólares, libras ou euros, mas com a moeda forte da existência quotidiana. Longe de ser uma precipitação transitória do sistema, a injustiça ameaça resvalar para um destino punitivo global. Toda esta tragédia humana – este escândalo político, este «darwinismo social», este programa de submissão desenfreada do mundo da vida aos imperativos do mercado – é acompanhado de um enfado com a política ao qual não é alheia a ascensão ao poder de uma geração desarmada em termos normativos incapaz de assumir objectivos, causas e esperanças.»
Livro, sem dúvida a ler, depois de ter lido no JL o Prefácio, comentado por: José Joaquim Gomes Canotilho.
6 comentários:
Anotadinho amiga!
Bjs.
Uma garantia assumida de qualidade o Autor e o Prefaciador.
Excelente post.
Beijo.
Todos o devíamos ler. Beijinhos
Parece-me interessante! anotado...
Bjs
Registei.... mas penso que não vou ler, Manu...
Beijinhos
Ana
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