Os jornais e as revistas, já começaram a fazer o balanço dos acontecimentos de 2010. Nesses acontecimentos predominam as tragédias naturais e que não são tão naturais assim, porque há factores motivados pelo homem de graves consequências e que deviam ser evitados com carácter de urgência. A ecologia está sempre na ordem do dia.
Problemas ecológicos, capitalismo selvagem, desequilíbrio social, crise económica são problemas que estão interligados e como tenho lido o que urge é encontrar um novo modelo social. Muita gente influente está consciente disso, mas partir para a prática é que é muito complicado, de tal maneira os interesses estão instalados!
Enfim isto é uma conversa diária que incomoda muito boa gente e não vou por aí. Nos dias que vou vivendo vou filtrando o que melhor a vida me pode dar.
Podem ser coisas bem simples e de simples serem bastante enriquecedoras, como foi para mim a entrevista de Antonio Skármeda, que veio a Portugal apresentar um novo livro. É um homem de grande experiência pessoal e cultura, é um homem de afectos. Quem não se lembra de «O Carteiro de Pablo Neruda», foi um filme arrebatador para muitos, assim como o livro em que se baseou de Skármeda. Inevitavelmente veio à conversa Pablo Neruda e eu «Confesso que vivi» muita poesia de Neruda e continuo a «viver». É de facto um dos meus poetas preferidos.
Amigo
1. Amigo, toma para ti o que quiseres,
passeia o teu olhar pelos meus recantos,
e se assim o desejas, dou-te a alma inteira,
com suas brancas avenidas e canções.
.
2. Amigo - faz com que na tarde se desvaneça
este inútil e velho desejo de vencer.
Bebe do meu cântaro se tens sede.
.Amigo - faz com que na tarde se desvaneça
este desejo de que todas as roseiras me pertençam.
Amigo, se tens fome come do meu pão.
.3. Tudo, amigo, o fiz para ti.
Tudo isto que sem olhares verás na minha casa vazia:
tudo isto que sobe pelo muros direitos
- como o meu coração - sempre buscando altura.
.
Sorris-te - amigo.
.
Que importa!
Ninguém sabe entregar nas mãos o que se esconde dentro,
mas eu dou-te a alma, ânfora de suaves néctares,
.
e toda eu ta dou...
.
Menos aquela lembrança...
... Que na minha herdade vazia aquele amor perdido
é uma rosa branca que se abre em silêncio...
PabloNeruda, in "Crepusculário" Tradução de Rui Lage
8 comentários:
Que post bonita com poesia tão direta ao coração!
Eu vi oO Carteiro e o Poeta umas duas vezes já e veria mais algumas, pois é de uma sensibilidade ímpar.
Amiga, estou como tú, ou seja, filtro o que há de melhor para poder viver bem os dias que ainda me restam.
beijinhos muitos, cariocas.
O que há mais de se dizer depois dessa?
Você grande exemplo, e vamos filtrando o que de bom para nossas vidas.
Xeros
É também um dos meus poetas preferidos.
Beijo, Manuela.
Oi Manu
Que textolindo
Eu tenho livros do Neruda, eu amooooooooooooooo
Que 2011 venha cheio de coisas boas!
Tá rolando uma blogagem coletiva, mas vc já participou, sem saber
rs
bjbjbjbjbjbjbjbj
Amiga Manu!! Que saudades de ti!!
Hoje vim desejar os meus melhores votos de um Feliz Natal e um ano novo repeto de realizações!!
Seja sempre feliz! Você é uma das grandes e queridas descobertas da blogosfera!!
beijos
Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tanta vez enquanto vivem,
são eternos como é a natureza.
Pablo Neruda.
Beijo e bom fim de semana.
ADORO LER PABLO NERUDA!
PASSEI PARA DESEJAR UM FIM DE SEMANA ABENÇOADO E FELIZ!
O 'Cova do Urso' vai entrar de férias hoje, mas antes, vim aqui desejar umas Festas Felizes.
Desejo tudo de bom para 2011.
Abraço.
António
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