parar. parar não paro.
esquecer. esquecer não esqueço.
se carácter custa caro
pago o preço
pago embora seja raro.
mas o homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso
um rio, só se for claro.
correr, sim, mas sem tropeço.
mas se tropeças não paro
- não paro nem mereço.
e que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
não sou nem serei avaro
- se carácter custa caro
pago o preço.
sidónio muralha
poemas de abril, prelo, 1974
10 comentários:
Bela escolha!
Bjs.
Que maravilho, que intenso poema, adorei sua escolha minha querida.
Estava viajando uns dias minha querida e volto feliz da vida por estar junto aos amigos novamente.
Um bom dia, amiga, beijos
Valéria
Stupendo, forte e stupendo. Um Abraço.
Gostei Manuela...tal como ele...também não paro...nem me esqueço...e se bom carácter custa...eu pago esse preço...porque vale a pena ter a cara lavada...nisso não sou avara...Beijinho grande
Manu,
O tema é excelente, e o poema é lindo.
Concordo: se caráter custa caro, pago o preço...
Grande abraço
Socorro Melo
Manuela, boa noite!
Este poema é de uma beleza indescritível.
Bela escolha!
Beijinho,
Ana Martins
Manuela, boa noite!
Este poema é de uma beleza indescritível.
Bela escolha!
Beijinho,
Ana Martins
Realista e triste, o balcão de negócios está no mercado onde se vende e compra o que não deveria ter preço. Um abraço, Yayá.
O carácter cantado em voz de antigamente que agora...
Carácter é coisa tão rara!
Um beijo
E que preço! Mas continuamos porque só dorme bem quem tem a consciência tranquila. Beijinhos
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