A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




segunda-feira, 9 de abril de 2012

POEMA DE SIDÓNIO MURALHA


parar. parar não paro.
esquecer. esquecer não esqueço.
se carácter custa caro
pago o preço

pago embora seja raro.
mas o homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso

um rio, só se for claro.
correr, sim, mas sem tropeço.
mas se tropeças não paro
- não paro nem mereço.

e que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
não sou nem serei avaro
- se carácter custa caro
pago o preço.

sidónio muralha
poemas de abril, prelo, 1974

10 comentários:

Anónimo disse...

Bela escolha!
Bjs.

ValeriaC disse...

Que maravilho, que intenso poema, adorei sua escolha minha querida.
Estava viajando uns dias minha querida e volto feliz da vida por estar junto aos amigos novamente.
Um bom dia, amiga, beijos
Valéria

Nela San disse...

Stupendo, forte e stupendo. Um Abraço.

By Me disse...

Gostei Manuela...tal como ele...também não paro...nem me esqueço...e se bom carácter custa...eu pago esse preço...porque vale a pena ter a cara lavada...nisso não sou avara...Beijinho grande

Socorro Melo disse...

Manu,

O tema é excelente, e o poema é lindo.

Concordo: se caráter custa caro, pago o preço...

Grande abraço
Socorro Melo

Unknown disse...

Manuela, boa noite!
Este poema é de uma beleza indescritível.
Bela escolha!

Beijinho,
Ana Martins

Unknown disse...

Manuela, boa noite!
Este poema é de uma beleza indescritível.
Bela escolha!

Beijinho,
Ana Martins

Artes e escritas disse...

Realista e triste, o balcão de negócios está no mercado onde se vende e compra o que não deveria ter preço. Um abraço, Yayá.

Lídia Borges disse...

O carácter cantado em voz de antigamente que agora...
Carácter é coisa tão rara!

Um beijo

Brown Eyes disse...

E que preço! Mas continuamos porque só dorme bem quem tem a consciência tranquila. Beijinhos