ELSA PUNSET, formada em filosofia e mestre de Humanidades pela Universidade de Oxford, considera que não basta dar aulas sobre educação sexual, aulas sobre emoções e sentimentos, são da maior importância. Não tomamos uma única decisão que não esteja influenciada pelas emoções que fervem no subconsciente.
Punset, sobre esta temática apresentou o seu livro «Bússola para navegadores emocionais».
Considera que os comportamentos típicos da sociedade actual, se baseiam em relações artificiais, dotadas de uma comunicação pouco autêntica.
Conhecer as nossas emoções ajuda-nos a controlar ansiedades, não só as do tipo patológico, como as que arrastamos de forma inconsciente. Algumas pessoas desconfiam do carácter instintivo das emoções e reprimem-nas por recearem sofrer ou perder o controlo das suas vidas, mas tentar viver à margem das nossas emoções é uma falácia: não só nos limita, como as emoções reprimidas passam ao inconsciente e são muito mais inconsoláveis nessa parte da nossa mente.
No contacto com os outros, o efeito pode ser desastroso, encerra-nos numa solidão hermética que só dificulta o contacto. É preciso perder o medo incutido de ser vulnerável ou rejeitado.
Há quem subestime o amor, dizendo que ele é cego, no sentido que os apaixonados não vêem o outro de forma objectiva. O amor é uma estranha forma de intuição, vai mais longe. O amor verdadeiro é recíproco (não a fantasia amorosa que nos «pendura» em alguém) permite-nos ver o outro sem o julgar, trespassando as barreiras da couraça do seu ego. O amor incondicional, acontece quando captamos na realidade o potencial positivo dessa pessoa.
Relativamente ao amor dos pais pelos filhos, ele existe, quando não projecta simplesmente as expectativas e medos e presta a devida atenção às necessidades emocionais, dando assim condições para que o potencial da criança possa emergir.
O cérebro é dividido em três: a parte instintiva, emocional e racional. Sempre se quer que a seja mais importante, mas a emoção é que manda. Se tens medo, o cérebro não quer saber da parte racional e defende-se. O ser humano tem sempre medo das emoções que o levam para a frente. É importante ter emoções, ter a possibilidade de ir a muitas partes e estar motivado. Quem não sente muito, tem depressões. Os deprimidos não querem fazer nada, é tudo indiferente. Uma vida sem emoções, é uma vida que não está viva. Tem que se viver de uma forma mais aberta ao mundo.
17 comentários:
Muito bem postado, Manú!
As emoções movem a nós e consequentemente ao MUNDO.
Se não as tivermos seremos barcos à deriva... bússula sem ímã que nos aponte o NORTE.
Gostei muito do artigo.
Abraços
Bom dia, querida Manú!
Que bacana este post! Me identifiquei muito com o que diz esta grande filósofa, pois eu mesma que sempre fui medrosa, enfrentei meus medos de 2 anos pra cá, senti emoções fortes com coração quase à boca, mas vivi mais, senti-me mais plena e realizada. Realmente o que importa são as emoções e o que vão nas almas humanas. amei!
Olha, você está lá no meu pedaço hoje. confira.
beijinhos cariocas
Manuela concordo plenamente com o que ela escreve. Quando diz: ...Algumas pessoas desconfiam do carácter instintivo das emoções e reprimem-nas por recearem sofrer ou perder o controlo das suas vidas... Sempre tive medo das pessoas muito certinhas, que só fazem o que os outros julgam certo, a essa gente um dia salta-lhes a tampa e aì de quem estiver por perto.
Habituei-me a fazer sempre o que me apetece e pouco me importa a opinião das pessoas. Aqui não há recalcamentos e o que é verdade é que tenho um sono profundo, sem qualquer drogas. Acredito que os problemas psicológicos venham daqui, de as pessoas andarem sempre reprimidas.
Excelente.
Beijinhos
Olá, Manuela! Gostei muito do post!
Com muita razão...
Que seria de nós se não tivéssemos emoções? Que vida vazia, mecânica, robotizada.
Viver pela emoção, intuição, não implica a "inconsciência" total...
Ouço muitas vezes desabafos de colegas minhas (ainda a ensinar) e da desorientação por se não associar a emoção/sentimento ao mero "ensino" disto ou daquilo -neste caso, da tal "educação sexual"
Uma braço para ti!
M.J
Muitas pessoas lutam contra as suas próprias emoções como se fosse algo inconveniente, inapropriado e a descartar o mais rapidamente possível. Lutar com as nossas próprias emoções é talvez o problema mais comum que existe e é também uma das coisa mais importante a aprender. Isto se queremos aprender a viver bem connosco próprios.
As nossas emoções e sentimentos são muito importantes, porque nos ajudam a conhecermo-nos a nós mesmo e a relacionarmo-nos com profundidade e intimidade com as outras pessoas. Quase todos os problemas de natureza psicológica têm a sua origem em algum tipo de distorção ou negação das nossas próprias emoções e sentimentos.
Bjs Manú.
Oi Malu
Que maravilha de post.
Eu sempre fui muito fechada com relação a mim mesma e sofri muito por isso.
Nunca tinha coragem de contar o que acontecia comigo e todos sempre achavam que estava tudo uma maravilha, que eu nunca havia sofrido e muito menos sabia o que era isso.
Quando precisei e resolvi me abrir, fiquei de ruim.
Somos movidos por emoções que eu descobri bem tarde, e quando elas são dividas, nossa vida é mais alegre e leve.
Obrigada pelo seu carinho comigo.
Bjs no coração!
Nilce
Ser compreendido e respeitado é a melhor prenda para ajudar alguém a sair da caverna do medo...
A depressão mata mesmo,não tenhamos dúvidas disso. É pelo Amor que devemos ir...
Beijinho querida Manú
Eitcha Manu, que texto importante esse! Eu, como escancarada que sou, não tenho medo de demonstrar minhas emoções...Se isso é bom ou mau, não sei te dizer, sei que tem gente que gosta e outros que não gostam desse meu jeito...mas, paciência, passei da fase em que se acha que se pode agradar a todos. Quero é agradar à mim em primeiríssimo lugar! Beijo enorme amada amiga!
Gostei imenso deste post, geralmente exprimo fácilmente as minhas emoções sou aberta de sentimentos, não me tenho dado mal...
Bjs
Manú, muito interessante o teu post e eu concordo quase literalmente com ele.
há contudo um ponto que discordo que é aquele que diz que quem não sente muito tem depressões. eu acho precisamente ao contrário que quem sente muito ese não souber trabalhar as suas emoções, mais dia, menos dias, cai em depressão...
beijo , Manú
Querida Manu
Estou de pleno acordo
Medo é uma faca afiada pronta pra atacar que cega, Freud mesmo diz que o medo é uma boa maneira e desculpa pra se esconder da vida, não combina nada com o Amor
Um e limitador o outro é leve e livre
Livre de conceito, criadas por padrões do fracasso.
E de fato por uma boa experiência “o amor incondicional, acontece quando captamos na realidade o potencial positivo da pessoa” porem pra isso é preciso estar aberto para deixar acontecer.
Quando uma criança recebe amor e percebe a essência dele no âmbito familiar de forma saudável ela terá mais estrutura emocional para construir laços afetivos sem o aprisionamento mental do criado pelo medo que leva à caminha das frustrações em cumplicidade na auto-sabotagem.
Adorei este texto e o livro deve ser muito interessante. rs
Irei morrer de velha e não me cansarei de desvendar este mistério que tanto me encantam, as emoções, mesmo que alguns caçoem com elas.
Bjinhos e uma Sexta feira feita esta lua crescente em vc pra vc.
Tem uma tarefa, no She
Amar por inteiro talvez seja a chave e o segredo. BeijooO* daqui.
Lembrou-me Fernando Pessoa: "E assim nas calhas de roda / Gira, a entreter a razão, / Esse comboio de corda / Que se chama coração."
Beijos
Oi Manu
Como é importante o autoconhecimento : emoção, açao e reação,são às vezes pouco entendidas e são fundamentais para as relações interpessoais.
Passei para ler seu post e avisar que tenho nova proposta no meu espaço.
bjs
Depois de ler o teu post de hoje, fiquei com muita vontade de ler esse livro. O controle das emoções é muito importante para podermos controlar a nossa mente. Obrigada por teres partilhado. Bom fim de semana. Bjs. Bombom
Maravilha.
As emoções são, de fato, o tempero da vida. Só precisamos saber dosá-las, para não cometermos estragos, e sermos infelizes.
Beijos, Manu
Socorro Melo
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