Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.
4 comentários:
Manu ... Manu
nesta
“onde para ser escravo é preciso estudar.”
vejo a navalha que corta sem deixar marcas.E ai não consigo deixar de lembrar sempre frases de alguns filósofos e ‘O’ psicanalista Freud que espeta a condição humana que se vê estagnada por medo se si, sucumbindo por falsas necessidades exteriores ao ponto de se deixar escravizar.
“ O que chamamos de nossa civilização é em grande parte responsável por nossa desgraça e (...) seriamos muito mais felizes se a abandonássemos e retornássemos as condições primitivas.” (Freud; O mal estar na civilização )
Menina vc ontem trás aquela suavidade pra iniciar o final de semana mas ai chegando o domingo, da esta pancada, aff Maria! Olha sabe aquele índice de sui... Pois, kkkk!
Muito bom mesmo, eu não a conhecia, mas aquele violista me parece ser o Julio Pereira?!
Adorei passar por aqui dinovo.
Jinhos feitos lua crescente a vc
Infelizmente é uma geração cada vez com mais membros...
E não é que a Deolinda tem carradas de razão!!!
Beijinhos meus.
Manu, para conquistar algumas coisas, perdemos outras...
A vida está com muitas cobranças, quando tudo o que se quer é apenas...viver!
beijo e boa semana!
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