A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

QUAL O MELHOR LIVRO?


Se ocasionalmente me perguntassem qual era o livro mais importante que existe, eu diria sem hesitações que era a Bíblia, seja porque prisma possa ser analisada, eu que até estou no rol dos agnósticos.

Não tenho lido grande coisa da Bíblia, aqui uma coisa, ali outra, na íntegra li o Apocalipse, para trabalhos de faculdade, mais concretamente as esculturas da era românica. Gostava de estar num sítio, onde não houvesse mais nada para ler a não ser a Bíblia, para que me pudesse só concentrar nessa leitura. Não que eu tivesse como objectivo compreender o divino, ser possuída pelo transcendente, isso seria muito difícil. Gostava mais de ler numa perspetiva  histórica, sociológica, antropológica. Como se lê a Odisseis e Ulisses de Homero  ou a Ilíada de Vergílio.

A Bíblia (do grego βιβλία, "rolo" ou "livro", diminutivo de "byblos", “papiro egípcio”, provavelmente do nome da cidade de onde esse material era exportado para a Grécia, Biblos, actual Jbeil, no Líbano) é uma colecção de textos religiosos, em que se narram interpretações religiosas do motivo da existência do homem na Terra.

Segundo a tradição aceite, a Bíblia foi escrita por 40 autores, entre 1 500 a.C. e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento) e entre 45 d.C. e 90 d.C. (livros do Novo Testamento), totalizando um período de quase 1600 anos. A maioria dos historiadores considera que a data dos primeiros escritos acreditados como sagrados é bem mais recente: por exemplo, enquanto a tradição cristã coloca Moisés como o autor dos primeiros cinco livros da Bíblia (Pentateuco), muitos estudiosos aceitam que foram compilados pela primeira vez apenas após o exílio babilónico, a partir de outros textos datados entre o décimo e o quarto século antes de Cristo. Muitos estudiosos também afirmam que foi escrita por dezenas de pessoas oriundas de diferentes regiões e nações.
A Bíblia de Gutenberg é o primeiro livro impresso no Ocidente usando a técnica conhecida como “de caracteres móveis”. Elaborada por Lutero em Magonza, por volta do ano 1455, a obra em alemão foi um dos alicerces da Reforma Protestante, que originou o movimento evangélico.

A Biblía é um livro denso, complexo, pode ter variadas leituras, por isso é perene, porque está sempre actualizada, o mistério existe e existirá. Lê-se e não se percebe e é preciso voltar a ler uma vez mais, e continua a não se perceber, a resilência é necessária.

Não perceber é o mais importante porque desperta emoção e questionamento, é como a poesia, cheia de metáforas impenetráveis.

Gosto das coisas herméticas, do que não consigo perceber, da opacidade do incompreensível, tudo é mais belo e gera ideias, espaços, procuras, meditações.

Há sempre o que fica por compreender, o que nunca poderá ser compreendido o que poderá sempre ser posto em causa


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