A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




terça-feira, 15 de dezembro de 2009

VOLTANDO A KHALIL GIBRAN


Foi-me indicada a obra de Khalil Gibran e tenho andado a ler alguma coisa através da net.
Em sua relativamente curta existência (viveu apenas 48 anos), Khalil Gibran produziu obra literária acentuada e artisticamente marcada pelo misticismo oriental, que — por essa razão — alcançou popularidade em todo o mundo. A sua obra, acentuadamente romântica e influenciada por fontes de aparente contraste como a Bíblia, Nietzsche e William Blake, trata de temas como o amor, a amizade, a morte e a natureza, entre outros. Escrita em inglês e árabe, expressa as inclinações religiosas e mística do autor. A sua obra mais conhecida é o livro O Profeta, que foi traduzido para inúmeros idiomas.


Não sou nada uma pessoa de misticismos e leituras esotéricas, portanto essa faceta de Gibran de profeta, deixou-me bastantes reticências, no entanto considero interessante o texto que ontem transcrevi que com muito lirismo aborda a nossa preocupação ambientalista e porque também me parece interessante vou transcrever o seu poema,


Os Filhos

Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles,
mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás
e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos
são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito
e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projectem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.

3 comentários:

Unknown disse...

Informação:

Publiquei hoje no meu blog 'Cova do Urso' uma entrevista com a Cris França, do blog 'Canto de Contar Contos'. A uma pergunta minha, ela respondeu que este seu espaço é um dos que ela mais aprecia na blogoesfera.

Fica convidada a ler a entrevista e, se quiser, a deixar um comentário.

Aqui:

http://cova-do-urso.blogspot.com/2009/12/entrevista-cris-franca-do-canto-de.html

Abraço

António

Paula Raposo disse...

E tem razão Khalil Gibran. Concordo. Beijos.

G I L B E R T O disse...

Manuela

O momento que sento e falo para mim mesmo - agora vou visitar os amigos é para mim uma felicidade unica.

... E, o momento em que sei que vou chegando a sua casa, respiro mais fundo e me dá uma ansiedade estranha e cheia de reticências, como se quisesse se prolongar nesta ânsia de chegar e nunca chegar.


POrque eu sei, e como sei, que aqui me farei melhor, e quando me for embora, serei um novo eu, aperfeiçoado, upgrade!

Grato por dividires conosco esta tua cultura irradiante!

Abraços, minha amiga já tão querida!