A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O LAÇO BRANCO - MICHAEL HANEKE




Michael Haneke realizou um grande filme, com uma bela fotografia a preto e branco, sem banda sonora, para dar mais realismo e com um colectivo de intérpretes perfeitamente ajustados aos seus papeis. Um filme que é um «murro no estômago» e que me deixou desconfortável e com imensas questões no pensamento.


Tudo se passa numa pequena aldeia, o professor vai narrando ocorrências inexplicáveis, que vão acontecendo. O professor sabe o que ocorre, não sabe porquê e como não é da aldeia, parte no início da Primeira Guerra, sem qualquer esclarecimento sobre o que sucedeu e assim fica o espectador cheio de conjecturas.

A aldeia é dominada pela austera religião protestante, onde impera o medo, a moral rígida o pecado oculto e onde a pureza das crianças é manchada por uma moral imposta pelos adultos. Um dos aspectos que fascina neste filme são as crianças, a forma como convivem entre si neste meio, como convivem com os adultos, como estão sempre presentes e com pureza são subjugadas pelos «jogos» perigosos dos adultos. Os misteriosos acontecimentos começam quando o médico da aldeia tem um acidente perpretado, a que se seguem casos inexplicáveis, pois nem o narrador consegue descobrir para contar, nem os restantes personagens querem admitir o que se passa. E as suspeitas caem em todos: tanto nas crianças com os seus comportamentos «inocentes», como nos adultos com os seus «pecados» escondidos. E a juntar a isto surge a moral cruel, a exibição pública da culpa, muitas vezes sem razão. Um dos exemplos são os laços brancos, que são colocados na roupa de duas das crianças, para que eles se «lembrem» da inocência.
PRÉMIO PALMA DE OURO EM CANNES
GLOBO DE OURO DE MELHOR FILME ESTRANGEIRO

5 comentários:

Cris França disse...

poxa deve ser um filme muito bom, mas eu tenho um sensibilidade enorme no que trata de filme com crianças, se tiver alguma cena de violência não consigo nem ver. bjs querida

Glorinha L de Lion disse...

Ui deu até medo pelo modo como tu descreveste...caramba!deve ser bom demais...vou ver se já tem por aqui em dvd...
Beijocas mil.

Maria Ribeiro disse...

LIGHT: chorei... É impossível crer na existência de seres que subvertem os valores das religiões, baseados, quer queiram ou não, na subversão de si próprios. Hoje, com esta idade, compreendo melhor este tipo de filmes que, afinal, retratam situações de agora, de antes e de sempre...
BEIJO de
lusibero

G I L B E R T O disse...

Manu

Bela pedida!

Atilou-me a curiosidade!

Vou vê-lo!

Abraços, grato pela dica!

Regina disse...

Querida Manú,

Gosto de filmes assim, que nos leva à reflexão e nos deixa pensativos...

Obrigada pela dica!

Beijo!