(MÚSICA: ONDEIA - DULCE PONTES)
DOMINGO NA DOCA
Percorro o espaço solitário...
Os barcos são embalados
Pela inquietude das águas…
Tudo está suspenso…mas preparado…
De madrugada rasgarão o mar
De risos e mágoas…
O silêncio é quebrado
Pelo grito das gaivotas
E pelos ruídos das coisas
Que o vento agita…
Numa estranha melodia
Desconcertante, sem notas!
Daqui por umas horas
Será o burburinho, o alvoroço
A labuta de mais uma jornada…
Solidariamente faço um esboço
Coragem e medo
Alegria e tristeza…
Amanhã muito cedo
Partem transpirando de incerteza…
Mas atarefados na faina
Sem tempo para pensar
Será mais um dia para colher
O pão que lhes dá o mar!...
[ms]
4 comentários:
Que lindo poema amiga, e que naveguem em paz e segurança, que o mar lhes seja complacente..Beijos achocolatados
Sintonia perfeita entre o mar e o poema,entre a voz e a ternura.
o mar sempre lembrado...
Beijo meu.
Gostei do seu poema de aventura. Que traga ventura e fartura na rede! Um abraço, Yayá.
Olhando o mar, vemos e sentimos esse medo e essa coragem de lutar.
As gaivotas acordam as manhãs, frias do sono e e dão-lhe vida com os ruídos da esperança.
Vale a pena reler pelas imagens criadas.
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