A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




sexta-feira, 24 de junho de 2011

PORTO SENTIDO - POEMA DE CARLOS TÊ

Quem vem e atravessa o rio
Junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende ate ao mar

Mosteiro da Serra do Pilar - Vila Nova de Gaia


Ponte de D. Luís (perspectiva das Fontainhas)
Fontainhas

Quem te vê ao vir da ponte
és cascata, são-joanina
dirigida sobre um monte
no meio da neblina.



Fontainhas
Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós. 

Fontainhas
É esse teu ar grave e sério
dum rosto de cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria


Centro da Cidade
Ver-te assim abandonada
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento



E é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez

de milhafre ferido na asa 


Estação de S. Bento


Este poema musicado por Rui Veloso, tornou-se numa carismática canção à cidade do Porto.

4 comentários:

By Me disse...

Ando um bocado ausente...mas desta vez não resisti...e aqui estou..."porto sentido" ...muito bem documentado pelas fotos e pelo poema.Boa conjugação!!! Falta apenas a música...no meu entender...:)

Beijinhos grandes Manú

Jorge disse...

Viva MANUELA!
Magníficas fotos, apreendidas pelo seu olhar, que ilustram o não menos magnífico poema de Carlos Tê, imortalizado pela voz do nosso Rui Veloso e pela guitarra de Carlos Paredes.
Revisitei a cidade onde nasci, na rua de Cedofeita. Gostei! Admirei!
Bj amigo,
J

Sônia Silvino (CRAZY ABOUT BLOGS) disse...

Poema e imagens encantadores.
Grata pela visita!
Beijos querida!

Artes e escritas disse...

Fotografias em imagens e poesias fizeram uma linda mostra da cultura da cidade do Porto. Um abraço, yayá.