A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




sábado, 9 de janeiro de 2010

O ANO DO PENSAMENTO MÁGICO

A vida modifica-se rapidamente…A vida muda num instante…Sentamo-nos para jantar e a vida, como a conhecemos, acaba!

A propósito da peça de teatro, O ANO DO PENSAMENTO MÁGICO, de Joan Didion, em cena no TNSJ, com Eunice Munoz, um ícone do teatro português. (Vanessa Redgrave, interpretou também este papel)



Uns dias antes do Natal de 2003, John Gregory Dunne e Joan Didion viram a sua única filha, Quintana, adoecer com o que a princípio aparentava ser uma gripe, depois uma pneumonia e a seguir um choque séptico total. Foi posta em coma induzido. Uns dias depois, na noite da antevéspera do Ano Novo, os Dunne tinham acabado de se sentar para jantar depois da visita ao hospital, quando John sofreu um acidente coronário fatal. Num segundo, esta relação íntima e simbiótica de quarenta anos acabou. Quatro semanas depois, a filha recuperou, mas passados dois meses foi hospitalizada para ser submetida a uma operação ao cérebro. Quintana morreu.
Joan Didion mais tarde escreveu um livro, que depois foi adaptado ao teatro, onde faz uma reflexão sobre a morte, a doença, a probabilidade e o acaso, o casamento e os filhos, a saudade e a mágoa.

«De uma honestidade devastadora, O Ano do Pensamento Mágico é um magnífico retrato sobre a perda, a mágoa e a tristeza, pintado ao detalhe, e sem vacilar, com o olhar cirúrgico da autora.» The New York Times

«O Ano do Pensamento Mágico fala-nos acerca da forma como nos conseguimos superar e seguir em frente. É também uma homenagem a um casamento extraordinário.»The New Yorker Times

Para saber mais sobre Joan Didion, consulte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Joan_Didion

5 comentários:

Glorinha L de Lion disse...

Já ouvi muito falar do livro, mas confesso, nunca me deu vontade de ler...tenho uma dificuldade enorme em lidar com morte...
Por isso o filme A Partida foi tão emocionante pra mim...o modo como es orientais lidam com a morte é muito bonito e diferente do nosso...morte pra els tem sofrimento, mas é normal...nossa cultura nos incute um pavor da morte como se ela não fosse acontecer a todos nós...
Beijos.

c.a. (n.c.) disse...

Infelizmente quando me preparava para ir constatei que já não estava em cartaz, em Lisboa. Agora só no Porto... :-((
Bom Ano!

Manuela Freitas disse...

Glorinha e Contador antropomórfico, obrigada pela visita.
Glorinha de facto o tema é bem pesado. Por vezes até parece um certo «masoquismo» ir ver ou ler coisas, que psiquicamente nos deprimem, mas são temas abordados com mais profundidade e afinal são a realidade da vida. Vai-se intercalando, com coisas mais lúdicas.
Beijinhos,
Manuela

Ana Paula Sena disse...

Fiquei impressionada, Manuela.

Parece-me que testemunhos como este são muito importantes para nos confrontarmos com a nossa frágil condição humana.

Beijinhos :)

anniehall disse...

Acabei por encontrar o seu blog!:)
Não vi a peça , o tema , devido á minha profissão não me é estranho, assim como não é o facto de actualmente se afastar o tema da perda /morte .
Segundo o que consigo compreender as pessoas têm medo de sentir .Vivem depressa ou com muita pressa , correm em demasia , consomem muito,nunca têm tempo, refugiam-se em leituras e filmes de fantasia e aventuras , como se tivessem medo de crescer e inevitavelmente tomar consciência de que a vida é breve.
Mas perdem tambem a capacidade de a aproveitar bem , tudo o que ela nos dá , as pequenas alegrias do dia a dia ,as coisas simples ,o tempo!