Ao fim-de-semana no NS, lá vem «O SEXO E A CIDÁLIA», são crónicas muito lidas pelos mails que chegam à revista e são publicados. Pergunta-se quem é a Cidália? Ninguém sabe! As suas crónicas são ousadas, mas sempre desenham um sorriso na boca. A navegar em águas turvas, sabe bem ler a Cidália e é pena não haver muitas Cidálias! Evidentemente que há quem a possa considerar demasiado «fresca» e até, para quem esteja só canalizado para o sério, também fútil!
Na última crónica Cidália escreve sobre o beijo.
Beijo - Gustav Klimt
Num domingo de chuva, passava pela rua e viu um casalinho a beijar-se, só que ele beijava, mas os seus olhos estavam fixos num jipe. A Cidália passou-se: O amor enoja-me agora mais por aquilo que passou ser. O amor é uma curtição de beijos molhados, mas com tempo para olhar para o turbo dos outros. E foi para casa escrever sobre beijos.
A complexidade dos beijos começa logo quando os escrevemos. Nunca sei se hei-de escrever: «beijos», «beijinhos» ou os poupadinhos «bjs»! A verdade é que penso no destinatário/a e tento perceber em que formato de beijo se enquadra. Ou merece. Já agora saibam que nunca receberão de mim «jokas», «beijunfas», ou bastardos do género.
Cidália diz que os beijos são o veículo do amor, que fica muito desconfiada dos que não gostam de dar e manifesta o parecer, que as mulheres gostam mais do que os homens. E diz ela: sofrendo cronicamente de incontinência afectiva, pelo-me por um beijo. Posso morrer logo ali, feliz.
O prazer dos beijos é um pedir outro. Um beijo não deve ser ímpar, ainda que possa ser único. Os amigos (já nem falo dos companheiros) merecem o nosso coração e a nossa cara. Acreditem que nem todos estão disponíveis para dar a cara.
Num encontro mais íntimo, só o beijo é que determina se a noite foi de sexo ou foi de amor!
Não sei bem porque gostam os homens menos de beijos. Como se isso lhes tirasse a masculinidade. Como se o beijo fosse a chatice que lhes permite chegar ao que querem. Então lá têm eles de o gramar. As mulheres amam, os homens gramam.
Domingo de chuva, muita gente triste e Cidália diz: conheço tanta gente que fica triste, que penso – romanticamente – que muitas pessoas seriam salvas com beijos!
E como sempre termina a sua crónica escrevendo: OH GOD, MAKE ME GOOD, BUT NOT YET!..
12 comentários:
Um pintor que sempre admirei. As flores e o amor sempre presentes na sua obra.
Aqui também chove, o que me aproximou à minha terra... Ademais é outono e nada melhor, para entonar, que unas castanhas quentinhas...
Chegou o Outono!
O sol espreita retraído,
cobrindo a cidade de ocres
e sombras inclinadas.
O ar vai-se pintando de fumo
que a humidade deixa desenhar
em boladas de mil formas;
enquanto os braseiros
vão aquecendo o corpo.
Já se percebe o cheiro,
que invade o Porto,
a castanhas assadas.
Stª Catarina, Boavista,
Praça dos Leões,
Ribeira ou Foz.
É a magia do Outono
que da infância guardo.
no culto ao São Martinho
com vinho novo e alegria!
Quantas saudades!!!
Um grande abraço, querida amiga
Achei este texto curiosíssimo. O que poderíamos dizer àcerca de beijos não teria aqui espaço suficiente. Mas fico-me por o beijo que nos possa ser dado por uma criança. Precisosíssimo, cheio de encanto.
Obrigada, Manuela. Um tema diferente, mas com muito de explorar.
"O beijo é uma estrofe que duas bocas rimam."
Beijo minha querida.
Texto interessante, diferente...
Nunca me surpreendi pensando: gostariade escrever sobre o beijo... E veja, que tema curioso!
Muito boa postagem, amiga Manuela: você nunca erra!
Imenso abraço, querida!
Amiga Manú!
Como vais? Saudade de ti.
Bem, certa vez escrevi que gosto muito mais de abraços do que beijos, principalmente de amigos, pois julgo serem mais sinceros.
No entanto, se for entre pessoas que se amam, os dois são muito bons, mas os beijos são inigualáveis, são como um ato sexual que começa pela boca e pelo gosto da pessoa amada.
Meu marido sempre foi chegado aos beijinhos, ultimamente é que anda me devendo. Inclusive, vou lá agora cobrar dele alguns. haha
beijinhos cariocas
]
Manuela Freitas
Obrigada por sentir a minha poesia.
A Deia é uma menina bonita...aliás...uma familia linda
Ela esteve aqui em casa 2 vezes e amamos... Para o ano espero-a outra vez...
um beijo e nós estamos muito pertinho... eu faço do Porto a minha sala de visitas pois vou frequentemente ao Hospital Militar na Boaviata...
um café espera-nos..
Olá
Gostei do texto.Eu já fiz um post- O primeiro beijo- e toruxe nele o pensamento de Gibran: "É o começo daquela vibração mágica que transporta os amantes do mundo das coisas e dos seres para o mundo dos sonhos e das revelações."
Bjs,
Eu particularmente adoro beijar.
Gostei da crônica. Sabe que eu até senti o gosto, pena que acabou.
BeijooOs
O Beijo de Gustav Klimt, permanece há muitos anos na parede do meu escritório, por isso gosto!do quadro claro...quanto ao "beijo" gosto de os dar e receber mas de uma maneira sentida não de um simples gesto.
BEIJINHOS
O beijo não pode ser ímpar. Um beijinho é cura, um beijo é calor, amor, paixão. Bjk é amizade.
Adorei o conto.
Bjs no coração!
Nilce
Beijos, por passarem por aqui!... Evidentemente que o beijo é um sinal de carinho, para a família e amigos, mas evidentemente que há quem não goste, há mesmo pessoas que dão um beijo no ar, para não estragar as pinturas! rsrsrs Só eventualmente me cruzo com essse género de pessoas. Não pensem que eu ando para aí a distribuir beijos por todo o lado, de modo algum!
Um bom abraço, também é um elo muito forte entre duas pessoas, é sempre uma forma muito eloquente de mostrar o nosso afecto, pode ser dado com alegria e também para animar e consolar, a quem passa um momento mais dorido!
Oi,Manuela!Estou sumida mas apareci!Estava de mudança e foi um momento bem complicado.Adorei esse post. Amo esse quadro do KLimt, que é meu pintor favorito.
Make me good, but not yet é sensacional tb!hauhauhau!
bjs!
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