«As crianças nascem, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho. Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"
O autor deste texto é João Pereira Coutinho.
12 comentários:
Infelizmente, hoje em dia as "pobres" crianças são treinadas e não ensinadas.
Treinadas para serem as melhores em tudo.
Estou adorando ler seu blog Manú.
Parabéns.
Xeros
Olá minha Amiga Querida,
O texto do João revela uma verdade doída!!
Não sou contra o sonho, mas dessa forma como nossas crianaçs estão sendo instruídas, não sei mesmo onde vão chegar...
Estamos vendo todos os dias as "incompetências" de nossos jovens na resolução de seus problemas afetivos...
É algo para se pensar seriamente.
Excelente POST.
Receba meu abraço afetuoso cá do Brasil.
Regina Coeli
"As crianças nascem, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos."
E os outros!.. Os pobres.
O pobre prefere um copo de vinho a um pão, porque o estômago da miséria necessita mais de ilusões que de alimento .
Excelente.
Beijinho e bom fds.
Belissimo e tremendamente correcto o que ali está escrito.
Já pendi nisso vezes a fio. Feliz de mim que pude criar os meus filhos e o mais velho só aos 3 foi para a creche e ia feliz... a Neide vinha para os avós aqui a cada passo...adorou. foi para o Infantário só para brincar com crianças que os avós viviam sós.
Foi lindo e aprenderam, e formaram-se e estão bem os dois..lá fora que aqui não há trabalho...
Mas hoje é um exagero tanta coisa para os putos e nem os deixam ser crianças, mas que pena...
Um beijinho da laura desejando um belo fim de semana
OI MANÚ VIM DESEJAR UMA BOA NOITE!
BEIJO
Olá. Manuela :)
Eu sou sempre a favor da leitura dos clássicos. Mas, julgo já tinha tido oportunidade de o dizer aqui. Repito e reitero: leituras essenciais!
Um beijinho e votos de um bom fim-de-semana.
Manuela, um tapa o texto.
As exigências são tantas que temos que ter um cuidado enorme e não cairmos nessa armadilha e mais para não deixarmos nossos filhos serem impregnados dessa maneira.
Um beijo
belo texto , parabéns pela escolha , concordo com a Ana Karla
bjs
Infelizmente, é uma doidice mesmo. Fico arrepiada ao ver como as crianças são estimuladas, na mais tenra idade, para o futuro. Não há respeito pelo direito de se ser criança.
Muito bom texto.
bjs
Materialismo, consumismo,,,irrealismo.
Ansiedade, é o que isso tudo gera.
Uma pena que sonhar não seja mais com um castelo uma princesa e um principe, mas sim casas caras, carros importatos e mulheres magerrimas...
triste fim terão esses dessa geração.
Bjos achocolatados
Manú,
Realmente estamos com problemas que nós mesmos criamos, ou seja, incentivamos os filhos a estudar bem, fazer alguma língua, tocar um instrumento, se for menina a mãe sempre direciona para um balé ou coisa do mundo feminino, sempre muitas coisas a fazerem no dia a dia, como se a cansá-los para dormirem cedo e não amolar os pais que trabalham fora e querem mais tempo para descansar ou ficarem juntos. Vejo que esta nova geração de pais já tem uma grande diferença da nossa e colocaram mais coisas nos curriculums infantis. Falta tempo para conversas e troca de afeto, visivelmente um grande problema para o futuro.
Vi um filme ainda há pouco, no cinema, o mais novo do Woody Allen que adorei e acho que você gostará muito também. Chama-se "Tudo pode dar certo" ou Wathever works - fala sobre a existência humana e a desilusão a que o homem pode chegar
diante de tanta insensatez.
Não perca!
beijinhos cariocas
Parabéns pela publicação. Adilson do site universidadedafelicidade.com
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