A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

INVICTUS

REALIZAÇÃO: CLINT EASTWOOD
INTERPRETAÇÃO: MATT DAMON, MORGAN FREEMAN


O filme revela vem a marca de Eastwood e Freeman é um impecável MANDELA.
Invictus, é um filme, onde antecipadamente se sabe o que se vai ver, mas isso não lhe tira o interesse. Não é apenas uma «evocação» de factos, revela como a História se faz tanto de ideias como de ideais e das sigulariedades dos seus protagonistas. Mandela, que esteve 27 anos preso devido à sua luta contra a «apartheid», é eleito presidente, mas depara-se com uma nação onde continua a perdurar o racismo. A estratégia que traça é unir a nação através do desporto, neste caso o rugby, criando uma unidade por um objectivo comum.
Senti-me empolgada com Mandela, com a sua filosofia e sabedoria política e com o seu forte carácter, isento de ódios e de vinganças. Pena que hajam poucos homens desta qualidade. Acabou o filme e eu sentia-me leve, compensada, com vontade de acreditar…este filme contrariamente às comédias estúpidas, onde a graça é uma desgraça e, que eu não acho piada nenhuma, deixou-me com uma alegria muito especial!?....





EASTWOOD, deu ao filme o título de INVICTUS, a poesia de William Ernest Henley, que acompanhou Mandela na prisão


INVICTUS
OUT of the night that covers me,

Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

[Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - erecta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.]

William Ernest Henley

4 comentários:

Regina disse...

Manú, minha querida!

Este, parece ser um daqueles filmes que fazem arrepiar a alma!! Gosto muito de filmes assim e, com certeza, vou conferir...

Isto, sem falar em Morgan Freeman, que sempre é um show à parte nos filmes que participa...

Muito obrigada pela dica!

Beijo!!

Ana Paula Sena disse...

Ainda não vi, Manuela. Mas está na minha lista prioritária.

Obrigada pelo belíssimo poema.

Beijinho :)

Glorinha L de Lion disse...

Manu, estou com muita vontade de ver esse...deve ser fantástico!
E, viste que o Laço Branco, provavelmente ganha o de melhor filme estrangeiro?
Estou louca que comecem logo a passar por aqui...
Beijos

Anónimo disse...

Olá Manuela! Que dica hein, é o tipo de filme que me atrai. Tomara que passe por aqui. E morgan Freeman geralmente rouba as cenas, eu adoro ele!
Beijo grande.