A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




domingo, 7 de março de 2010

MAHLER É EXALTANTE E DEIXA-ME SEMPRE EXULTANTE



Gustav Mahler (Boémia, 1860 — Viena, 1911) Director de Orquestra e Compositor. O conjunto do seu trabalho artístico é formado basicamente de lieder, 9 sinfonias completas e um poema sinfónico. As sinfonias são as obras que mais se destacam na sua produção artística.
A música de Mahler é bastante pessoal e reflecte muito da personalidade e vida do autor. As suas sinfonias são temáticas e influenciadas pela literatura. São obras complexas, enormes, tanto na duração, quanto na quantidade de músicos necessários para sua execução. Mahler costumava dizer que as suas sinfonias deviam representar o mundo. De maneira parecida com a nona sinfonia de Beethoven, a voz humana é usada nas sinfonias números 2, 3, 4 e 8. A sua sinfonia número 8 requer mais de mil músicos, entre orquestra, solistas e um coral imenso. São peças de alternâncias rápidas e inesperadas de notas altas e baixas, sons fortes e fracos, momentos de tragédia, de triunfo, e de paz, de uma extrema beleza. A orquestração é original e o uso que faz dos instrumentos definem um som mahleriano inconfundível.
A morte é o tema presente na sua obra. Passagens alegres dão lugar a outras trágicas e de desespero, que reflectem a vida atribulada do próprio compositor. Mahler não teve uma infância fácil, o seu pai batia na mãe, viu o irmão querido morrer e os seus pais morreram mais ou menos logo e teve que assumir a condição de chefe da família e ser responsável pelo sustento dos outros irmãos mais novos. Mesmo depois, a vida não foi fácil. O espectro da morte pairava sobre Mahler, sofria de problemas cardíacos, uma das suas filhas morreu com 5 anos, era apaixonado pela esposa, Alma, contudo esta o traía.
Apesar de a tragédia ou a morte estarem sempre presentes, não se pode dizer que a obra de Mahler seja pessimista. De todas as suas sinfonias, apenas uma (a sexta) termina realmente mal, com a morte do herói sinfónico, e mesmo assim, de forma bastante heróica, no melhor estilo das grandes tragédias gregas. Algumas passagens, como o Adagietto da sinfonia n.º 5, ou o tema Alma da sinfonia n.º 6 são muito belas.
Gustav Mahler foi também o prenúncio de uma nova era da história da música, em que as composições passariam a ser atonais. Músicos famosos, dessa nova era, e que lhe sucederam, como Alban Berg e Arnold Schönberg admiravam o músico. Schönberg escreveu sobre Mahler: Em vez de perder-me em palavras, talvez fosse melhor dizer logo: acredito firmemente que Gustav Mahler foi um dos maiores homens e um dos maiores artistas que jamais existiram.
A sinfonia nº. 9, foi considerada por Mahler um poema sinfónico, Das Lied von Der Erde (A Canção da Terra). Existe um certo mistério!...Teria sido por superstição, no caso de outros compositores, a nº.9 era fatal!..Malher compôs a nº.10, mas morreu compondo apenas o 1º. andamento.

4 comentários:

Me disse...

Querida Manú, saindo daqui sempre um pouquinho mais culta. Adoro!
Bjos

Maria disse...

Muito bem, blog de branco vestido...
Foi bonita a tarde de hoje, embora não houvesse Mahler - que adoro!

Um beijo especial para ti, hoje!

Ana Paula Sena disse...

É exaltante, sim. Um músico tão excelente, quanto perturbador. Um verdadeiro prazer musical.

...e também quero dizer que o Light está muito bonito, assim branquinho :)

Um beijinho, Manuela.

candida disse...

adorro malher.