As crianças têm muito de alaranjado, são vitaminas C refrescantes em potência, então é por aqui que vou, pelas crianças!..
Não quero retirar, aos blogues cuja temática é a culinária, o seu grande prestígio, mas hoje apeteceu-me deixar aqui também uma receitinha.
BOLO DE LARANJA
Toda a gente sabe como se faz um bolo de laranja, mas com certeza não sabem, é como se faz um bolo de laranja, como se tivesse sofrido um sismo.
É assim: em dias de Inverno quando não apetece sair, agarra-se em dois miúdos e vai-se para a cozinha fazer um bolo. O Pedro teria 7 anos, miúdo traquinas e muito despachado, a Marta tinha menos 5, era uma assistente entusiasmada, tão pequenina que se sentava na tampa de grelhador, que estava em cima de um armário.
O Pedro logo se prontificava a fazer tudo e, com isso começava a bagunça.
-Ó mãe, deita mais um ovo e mais açúcar!
Eu como queria principalmente entretê-los, ia na conversa!..
O Pedro mexia a massa, mexia… metia-se com a irmã, falava, falava… era um falador de primeira!
-Ó Pedro tem que se mexer com um movimento certo, não se pode parar!
E depois de deitar os ovos e o açúcar, ele provava.
-Tá bom mãe!..
E provava, provava…
-Chega Pedro, vamos ficar sem massa!
-Eu gosto assim, vamos comer assim?
-Mas queres fazer um bolo ou não!
-Tá bem, mãe!..
Farinha, leite, crescente, sumo de laranja e mais raspa, claras em castelo e o Pedro sempre a provar e a Marta a pedir!
-Pronto, agora vamos untar a forma!..
-Eu unto, eu unto…dizia o Pedro.
Finalmente o bolo ia para o forno e nós íamos até à sala fazer joguinhos, só que o Pedro, de vez enquanto ia ver o bolo ao forno.
-Pedro não se pode estar sempre a abrir o forno, tem que se dar um tempo!
O Pedro todo inquieto dizia: «está bem mãe», mas passado um bocado lá ia ele espreitar!
-Pedro o bolo vai ficar mal!..
Começava a chegar o cheirinho e o Pedro dizia, «está pronto», vou espetar o palito!
Conclusão: o bolo começava a abrir frestas, colava-se à forma, saía aos bocados!..
Já com aquela «pastelada» toda no prato, lá íamos lanchar. Só que eles gostavam, assim meio cru e o pai também gostava dele mesmo assim.
Os domingos de chuva e de frio eram passados desta forma, sempre íamos fazer qualquer coisa para a cozinha e o rapaz tomou-lhe o gosto e, a fazer bolos hoje em dia, safa-se muito bem.
É assim: em dias de Inverno quando não apetece sair, agarra-se em dois miúdos e vai-se para a cozinha fazer um bolo. O Pedro teria 7 anos, miúdo traquinas e muito despachado, a Marta tinha menos 5, era uma assistente entusiasmada, tão pequenina que se sentava na tampa de grelhador, que estava em cima de um armário.
O Pedro logo se prontificava a fazer tudo e, com isso começava a bagunça.
-Ó mãe, deita mais um ovo e mais açúcar!
Eu como queria principalmente entretê-los, ia na conversa!..
O Pedro mexia a massa, mexia… metia-se com a irmã, falava, falava… era um falador de primeira!
-Ó Pedro tem que se mexer com um movimento certo, não se pode parar!
E depois de deitar os ovos e o açúcar, ele provava.
-Tá bom mãe!..
E provava, provava…
-Chega Pedro, vamos ficar sem massa!
-Eu gosto assim, vamos comer assim?
-Mas queres fazer um bolo ou não!
-Tá bem, mãe!..
Farinha, leite, crescente, sumo de laranja e mais raspa, claras em castelo e o Pedro sempre a provar e a Marta a pedir!
-Pronto, agora vamos untar a forma!..
-Eu unto, eu unto…dizia o Pedro.
Finalmente o bolo ia para o forno e nós íamos até à sala fazer joguinhos, só que o Pedro, de vez enquanto ia ver o bolo ao forno.
-Pedro não se pode estar sempre a abrir o forno, tem que se dar um tempo!
O Pedro todo inquieto dizia: «está bem mãe», mas passado um bocado lá ia ele espreitar!
-Pedro o bolo vai ficar mal!..
Começava a chegar o cheirinho e o Pedro dizia, «está pronto», vou espetar o palito!
Conclusão: o bolo começava a abrir frestas, colava-se à forma, saía aos bocados!..
Já com aquela «pastelada» toda no prato, lá íamos lanchar. Só que eles gostavam, assim meio cru e o pai também gostava dele mesmo assim.
Os domingos de chuva e de frio eram passados desta forma, sempre íamos fazer qualquer coisa para a cozinha e o rapaz tomou-lhe o gosto e, a fazer bolos hoje em dia, safa-se muito bem.
NESTA RECEITA, TAMBÉM SE PODE INCLUIR NOS INGREDIENTES, UMA BOA DOSE DE GARGALHADAS.
(O ALARANJADO É ESPECIALMENTE DEDICADO AOS MEUS FILHOS: MARTA E PEDRO. NÃO TENHO NENHUMA FOTOGRAFIA A FAZER BOLOS NA COZINHA, COM MUITA PENA MINHA!)
Nesta minha simples participação na BLOGAGEM COLECTIVA, não posso de incluir um poema, que logo me surgiu ao pensamento e que motivou uma canção belíssima, que podem ouvir aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=JYWOkZ13ZFg
CAVALO À SOLTA
Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve breve
instante da loucura.
Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.
Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.
Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.
Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.
Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.
José Carlos Ary dos Santos
QUE O ALARANJADO, ENTRE OUTRAS CORES, DÊ BRILHO À VOSSA VIDA!....
17 comentários:
Gosto muito da canção de Ary dos Santos.
É uma linda mensagem para todos os tempos.
Esse jeito de fazer bolos é inédito e sempre lembrará aos dois, pela alegria de mexer na massa e de provar.
Felicidades
Ai, Manu, estou nessa fase de fazer bolo com meus pimpolhos.
O mais velho já faz sozinho, mas o caçula, só comigo ou com o irmão.
Eles se lambuzam, mas no final dá tudo certo.(rs)
Excelente post laranjado.
Xerosss
Excelente! Imagino esses domingos de inverno na cozinha, com esses dois...
Devia ser mesmo divertido!
Beijinho, Manuela.
Excelente a forma carinhosa como descreve o fabrico de um "bolo" com os seus filhos.Fez-me lembrar outras brincadeiras, com os meus.
O poema Cavalo á solta do José Carlos Ary dos Santos é fabuloso, a sua postagem está linda.
Beijinhos.
Já estou recebendo os brilhos!!! Obrigada. Esse post é muito positivo, e delicioso, hummm que cheirinho!!! Bjsssss
Nossa Manu...foi um dos mais lindos posts que fizestes...me veio lágrimas aos olhos....que delicadeza...que belezura de lembranças a fazer bolo com teus filhos pequenos ainda....me deu nostalgia, mas tu, não deixas um travo amargo nessas laranjas, nem nesse bolo "empastelado" como dizes...fez-me rir e essa foto tua brincando com teus filhos, me fez sentir mais próxima de ti...és mulher e mãe, como eu....com filhos já criados, mas cujas lembranças deliciosas guardaremos para sempre na nossa caixinha alaranjada da vida! beijos queridíssima amiga...xiiiiii coração pra ti amore!
Que delícia de post!!!! Amo bolos de laranja... e deu para imaginar direitinho a traquinagem das crianças. Adorei!
beijos
Manu
HOje, o dia é alaranjado na blogosfera, nos sitios de várias amigas, todos eles, laranjas laranjas e mais laranjas.
Perfect!
Aproveito da alaranjada ocasião para agradecer-te publicamente pelos e-mails sempre e sempre tão maravilhosos, sou fão incondicional de teu blog (ainda que estive um tanto quanto ausente daqui e de tudo) e dos teus correios.
Abraços!
Estou de volta!
Gilberto
nel mezzo del cammim
Amo essa cor...
Gosto de cores fortes.
Seu post ficou ótimo e o poema maravilhoso.
Bjos achocolatados querida amiga
Ai Manuela, que gostoso esse bolo de ter sido , feito com tanto amor, sinte até o cheiro das laranjas. Um beijo da Eliane.
Oi, Manu (tomo a liberdade de lhe chamar assim, pois não vi seu nome no blog, só através dos comentaristas).
Tembém estou na b,ogagem colorida da Glorinha, mas é a primeira vez que venho aqui, por absoluta falta de tempo de percorrer todos os blogs.
Gostei muito da sua postagem. Adoro laranja e tudo que vem dela, incluindo, calro, um delicioso bolo, ainda mais feito com o amor e as traquinagens dos filhos.
Muito linda sua lembrança.
Bom vir aqui. Adoro Portugal!
Abraços!
Seu blog é muito apetitoso.
É o segundo blog que visito, que faz homenagem ao "laranja" (cor).
Não entendi o porquê.
Mesmo assim, gosto de vir aqui.
Um abraço do tamanho do oceano que nos separa.
Imagino esse bolo de laranja,herança de família! Não é verdade?
Gostei muito do poema de Ary.
Beijoca.
Olá Manuela!
Essa sua receita está muito especial...deliciosa!
Como é bom lembrar dos filhos enquanto pequenos, não é?
Linda foto de família!
Seu post ficou ótimo.
Parabéns de coração.
Beijo
Astrid Annabelle
Manuela:
O alaranjado é forte, seduz e perfuma. Mas nada como esse bolo de laranja com a eficiência de seus ajudantes! Adorei.
Bjos
Agradeço a todos, que vieram deixar comentários nesta postagem e gostaram da minha «receitinha» especial.
Bjs,
Manú
Flor Manu!!
Como é gostoso fazer bolos com nossos filhos, né? Eu adoro inventar coisas com o Gui na cozinha, mas o que ele mais gosta de fazer é pastel, o problema é que ele come o recheio no preparo... risadas garantidas!!!
Adorei teu post coralindo, eu dei a receita do meu bolo preferido, Bolo de Cenoura... hummm com cobertura de chocolate.
Desculpa não ter vindo antes aqui, mas estou numa louca correria, logo logo tudo entra nos eixos e volto a cumprir meu dia com folga!
beijos
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