Estás quase a pisar o risco, digo-te.
E onde está o risco?
O limite da minha liberdade é a liberdade do outro. Nisto todos podemos estar mais ou menos de acordo. O problema é que a minha percepção da Liberdade, não é a mesma que a tua. Mais: as fronteiras da minha liberdade têm uma irritante tendência a alastrar pelas tuas adentro.
Em que ficamos?
Quando me dizes Cala-te, eu digo Não tens o direito de me mandar calar. Quando eu te digo Cala-te, invoco o legítimo direito a não ser incomodado pelo que tens a dizer.
Onde está o famoso risco que tanto invocamos quando alguém o pisa?
E que risco corro eu quando digo algo que te desagrada?
-O de não falares mais comigo?
-O de não me convidares mais para falar?
-O de me despedires?
-O de me ostracizares?
-O de me bateres?
-O de me matares?
-O de me silenciares?
-O de me silenciares?
-O de me silens….
(Mhmm…Palavras imperceptíveis levada pelo vento)
( AUTOR DESCONHECIDO)
3 comentários:
Pronto Manuela troquei minha foto por nada quero ver vc triste!
bjim
Nunca se pode ser mais que os outros, porque a liberdade é semelhantemente infinita em cada um .
Beijo.
Olá Manuela
O risco de pisarmos o risco é eminente quando os conceitos de liberdade não são idênticos. Porque a liberdade pressupõe o respeito pela liberdade dos outros.
Não é fácil de gerir, mas uma educação no respeito pelos outros, ajuda muito a definir os limites da liberdade.
Mas silenciar nunca será uma atitude de liberdade. Nesse caso, o risco já foi pisado há muito...
Obrigada pelo comentário lá no Armazém. Perdida no espaço sideral não ando (ou talvez só um pouquinho...), apenas com pouco tempo :)
Beijinhos
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