A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




quarta-feira, 5 de maio de 2010

CHAMAM-ME ESQUISITA!...

O imperioso toque do telefone sempre me incomodou, é como alguém a chamar por mim, que nunca mais se cala, porque nem sequer posso dizer «já vou»! Não se cala, e irrita-me! Estou a fazer determinadas coisas, que não posso largar e aquilo a tocar, como se aquele aparelho estivesse primeiro que tudo. Quantas vezes o deixei tocar pensando, se for urgente voltam a falar. Aliás o telefone cá em casa é sempre aquele problema, cada um está à espera que o outro vá atender. Só que agora podemos saber quem nos telefonou, para depois telefonar.
Nunca gostei do telefone, não gosto de estar a falar com uma pessoa a quem não vejo a cara. Com esta minha má vontade contra o telefone, ainda veio o telemóvel, que é o «ai-jesus» de muita gente, parece que a sua invenção foi algo de primeira necessidade e que havia por aí muita frustração! Vê-se por todos os lados pessoas ao telemóvel em grandes conversações, num autocarro mais ou menos silencioso pode estar uma pessoa ao telefone a falar da sua vida pessoal e todos a ouvirem! Nas esplanadas é comum ver-se pessoas de telemóvel na mão, experimentando toques, fazendo chamadas, atendendo chamadas, recebendo SMS, mandando SMS, enfim o uso de telemóvel é inesgotável, chegando ao ponto de no cinema, teatro ou concerto se ouvir um telemóvel a tocar e, as pessoas não se coibirem de falar. Uma ocasião estava no cinema e um tipo ao meu lado falava ao telemóvel, não por momentos, mas em longa conversa, sobre o filme! Comecei a transpirar e às tantas fiz-lhe ver o insólito da situação. A resposta que recebi foi também muito insólita: «se tinha comprado um telemóvel era para falar!»
Considero o telemóvel algo muito necessário, para um contacto urgente, o que considero absurdo é o uso constante do mesmo, para tudo e mais alguma coisa.
Para aborrecimento da minha família e dos meus amigos, eu trago sempre o telemóvel desligado. O meu sistema é assim: tenho o voice-mail activado, quando quiserem contactar comigo, basta dizer «liga-me», que eu de vez enquanto vou ver se há mensagens. Claro que toda a gente me chama esquisita ou maluca, mas eu quero lá saber!....

16 comentários:

Unknown disse...

Bom dia minha cara amiga.
Sou um pouco do seu género e muitas vezes penso que se todo o mundo gosta então devo ser doente porque não uso e não gosto.
Há cerca de um ano os meus filhos compraram-me um telelé. Durou pouco tempo. Esqueci-me dele dentro das calças que meti na água.
Só mesmo à noite me lembrei onde o coitado se tinha afogado sem culpa formada.
Hoje já o utilizo mais mas ainda assim penso que é muito incomodativo e então na hora das refeições ainda é pior.
Também lhe reconheço muitas vantagens e favores que ele faz!...
O carro engasgou...
O desembarque atrasou...
Acredito que o telelé é também uma coisa boa.

Misturação - Ana Karla disse...

Bom dia Manu!
Eu também faço parte dessa esquisitice(rs).
Só tenho ainda o celular por causa dos meus filhos.
Mas minha família e amigos se irritam comigo, pois quase nunca atendo. Faço como você,,, vejo as ligações depois e ligo se achar necessário.
Tem coisa mais irritante do que estar no trânsito e o treco tocar?!!!
Uii! Não gosto nem de falar.
Diferente de mim, meu marido não o larga e atende as todas as chamadas em qualquer hora.
Sempre me refiro ao telefone dele de "o seu chip".
Prefiro como antigamente, telefone fixo,,, e olhe lá...
Xeros!

Maria disse...

Concordo em que ouvir o som do telemóvel num concerto ou num teatro ou mesmo num cinema é MUITO desagradável.
Resisti ao telemóvel até poder - e hoje agradeço a sua existência, pois creio que já evitei 'queimar a cabeça da junta do motor' de um carro graças a ele. De carros não percebo nada.
Mas: RECUSO-ME a falar para uma máquina (voice mail) seja em que situação for. Até nos fixos...

:))))

Beijinho, Manuela.

Glorinha L de Lion disse...

Ai Manu tu andas impossível...toda vez que venho aqui sei que vou dar boas risadas contigo...eu tb odeio telefone...falar com as amigas até gosto bastante, mas quando toca! ai meu jesuscristinho...dá um não sei o que...e aqui é igual na tua casa: ninguém quer atender...fica um empurrando pro outro....que coisa...quando ele toca chega a me dar calafrios...a não ser quando sei que é amiga..aí vou feliz...mas tirando isso...é um saco!
beijinhos.

Bordados e Retalhos disse...

Amiga vc nem imagina a febre desses telefones aqui no Brasil. Segundo uma pesquisa há um aparelhop para cada habitante. Imagina isso. O pior é que nos ônibus temos que aguentar certas pessoas, sem noção, que ouvem música em alto volume. Ou seja, nos obrigam a ouvir cada coisa. Acho que um pouco de educação, não custa. Bjs

♕Miss Cíntia Arruda Leite ღ disse...

Manu,

Concordo e muito com vc!

As pessoas usam o celular para tudo, à todo momento, como se fosse a coisa mais importante inventada na face da terra e muitos nem o utilizam com educação.

Triste não se ter mais conversas com chás da tarde em nossas casas, tudo se fala ao telefone e só.

E sabe ainda preferia cartas escritas à mão, do que celular e e-mail.

beijos

Unknown disse...

Estamos em sintonia,por vezes para encontrar o meu,tenho que pedir para me ligarem, pois nunca sei por onde para.

Beijo.

Unknown disse...

Querida maluca não és mas esquisita sim.
Quando não andas acompanhada já viste como posso comunicar contigo?
Quem me salva é o meu rico cunhado.
Boa noite e sem dores de cabeça.

Unknown disse...

Somos duas , pelo que vejo.

Ando sempre com o meu celular(telemóvel) desligado.

Uso-o só para emergências, quando saio.

Mas não me sinto estranha ou qualquer coisa assim.

Apenas não gosto de exibições.

Beijinhos e abraços do tamanho do oceano que nos separa.

Elaine Barnes disse...

Pois é. Eu sou obrigada a falar no tel com clientes e proprietários de imóveis.Trabalhei em uma imobiliária na "cara" do metrô,imagine então os tels tocando,a gente tendo que atender com o metrô passando. Quase enlouqueci, pois amo o silêncio e o sossego. Sai de lá rs...Pra continuar com bom astral é preciso ter ambiente também. rs.. Montão de bjs

Anónimo disse...

Manuela!
Adorei teu texto!
Acho que sua invenção facilitou para ser usado em caso de emergência, fora isto perdemos nossa privacidade e se pudesse o manteria desligado.
Mas devido à minha profissão tenho de deixá-lo ligado 24h.
Então imagine o que eu sinto!
Nas férias sim,aí desligo!

Um beijo

Lidia Ferreira disse...

kkkkkkkkk adorei o texto amiga , malucas unidas jamais serão vencidas rsrs
bjs

Lata de Luxo disse...

Ola,cara Manuela.
Nao te acho esquisita,talvez por compartilhar com voce da aversao a esse aparelhinho.Nao tenho um desses e nem quero.Nao gosto que me encontrem a toda parte que vou.As pessoas perderam a nocao de publico e privado e falam nesse telemovel(no Brasil e conhecido como telefone celular)em qualquer parte a que vao,incomodando quem nao quer participar de seus assuntos particulares.Voce falou muito bem sobre esse assunto atual.Beijinhos grandes.zenaide storino.

Carlos Albuquerque disse...

A relação com os telefones, fixos ou móveis, foi sempre algo que não me agradou. Provavelmente serei também esquisito!
Reconheço, no entanto, que em determinada fase da minha vida profissional eles foram-me imprescindíveis para as comunicações à distância. Preferia que fossem outros a atenderem as minhas chamadas. As que me chegavam eram, por regra, blá, blá. Pediam-me reportagens sobre isto e aquilo, a mais das vezes sem qualquer interesse. Tinha que ser eu a contrapor, sugerindo temas alternativos, sempre aceites com um "isso é bem melhor!".
Passado esse tempo a relação distanciou-se. Hoje é, praticamente, um chega para lá, deixa-me em paz.
Não percebo, francamente não consigo entender, porque anda todo o mundo de telé encostado à orelha.
Até em balcões de atendimento público, como ainda hoje me aconteceu, aparece alguém naquela figura. Irra! Não há paciência.
Mas uso, ou não o telé? Claro que sim, apesar de às vezes me apetecer ir à varanda fazer sinais de fumo.
Mas (desculpe, Manuela), não me peçam para deixar mensagens. Essa de falar para uma máquina é que ainda não digeri:). Pode ser que com o tempo lá chegue. Nunca se sabe...!:) Não quero dizer dessa água não beberei.
Um dos meus médicos (salvo seja!) tem por costume não atender o móvel. Aparece uma voz de consulta a dizer deixe mensagem. Não deixo. Ligo e desligo várias vezes sem que a máquina um pio meu ouça. O doctor lá acaba por me ligar, dizendo, sabia que era o senhor, então diga.
E eu digo.
Um abraço

A disse...

O problema que coloca alarga-se à generalidade das coisas e situações: tem que ver com o uso e o abuso. As pessoas que não respeitam os outros farão uso desrespeitoso do telemóvel ou de qualquer outra ferramenta nas situações mais incríveis, como é a do caso que relata.
Para mim, a questão não é o aparecimento dos telemóveis, mas a cada vez maior falta de educação das pessoas. Por exemplo, nunca lhe aconteceu estar no cinema e não conseguir ouvir as personagens, porque há um estúpido qualquer ao lado a sorver coca-cola, fazendo uma barulheira desgraçada, ou uma tontinha a enfiar pipocas, batatas fritas ou outro alimento altamente "colesterólico" pela goela abaixo, num ruído que tira a paciência a um franciscano?
Isto é falta de respeito pelos outros e também incapacidade de tirar prazer do que se come pois não veêm nem saboreiam o que estão a ingerir.

Manuela Freitas disse...

É inegável que o uso do telemóvel, é muito importante, mas o seu uso exagerado é de facto um absurdo, isto parece-me consensual! Hoje em dia, já é mesmo um telemóvel por cada pessoa, contando com aqueles que não têm um, mas três! A forma como se usa o telemóvel, devia realmente ser mais respeitosa para com os outros e as pessoas terem a noção de quando o mesmo deve ser silenciado, respeitando os avisos que são feitos nesse sentido.
Agradeço a todos os comentários feitos, que sintonizam bem com aquilo que eu penso. De facto uma pessoa pode ter muitas reservas sobre o mesmo, mas acaba por o reconhecer, como um bem útil e o trazer sempre à mão, o que é bem diferente de o trazer sempre no ouvido!
Ah e o voice mail de facto há muito pouca gente que gosta!
Um grande abraço,
Manuela