A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ESTÁTUA DE D.PEDRO TEM 143 ANOS

D. Pedro I, era mal visto pelos brasileiros, que o consideram um déspota arbitrário e absolutista. Esta visão, foi fruto da propaganda dos liberais federalistas e depois pelos republicanos para desacreditarem o período monárquico brasileiro. Tal quadro só se modificou somente na década de 1950, quando o historiador Otávio Tarquínio de Souza lançou em 1952 a obra biográfica "A vida de D. Pedro I".
D. Pedro quando abdicou em 1831, mas deixou o Brasil como a maior potência latino-americana, enquanto as demais nações republicanas da América Latina sofriam com intermináveis guerras civis e golpes de Estado, em disputa pelo poder. Havia plena liberdade de imprensa, respeito pelas garantias individuais e eleições. A Constituição promulgada em 1824 sofreu uma única grande modificação em 1834 e perdurou até ser extinta em 1889, era a terceira mais antiga ainda em vigor no mundo. Após a revolta da Confederação do Equador em 1824 e apesar das disputas entre as facções políticas, os sete anos de reinado de D. Pedro I, foram de paz interna.

( Tenho tido conversas com brasileiros e há opiniões divergentes)


D. Pedro, em Portugal lutou pelo movimento liberal, contra o absolutismo do seu irmão D. Miguel e defendeu o constitucionalismo. Após conseguir os apoios financeiros necessários e organizar os liberais imigrados, chegou aos Açores em 1832 e assumiu a regência, nomeou um Ministério e preparou uma força expedicionária para invadir Portugal.
A ascensão liberal do início do século XIX, está dentro dos acontecimentos históricos mais importantes ocorridos em Portugal. O país vivia então o dilema do absolutismo, numa tentativa de prolongar uma concepção de poder ultrapassada pelos acontecimentos e pela filosofia política dominante noutros países. Se Portugal se mantivesse arreigado ao absolutismo, duas consequências negativas teriam deprimido ainda mais o país: por um lado, um fosso civilizacional em relação ao resto da Europa e por outro, afundaria a população portuguesa num clima de obscurantismo, negando as liberdades básicas, que foram assim colocadas em cima da mesa pelos revoltosos liberais.

O CERCO DO PORTO ( UM ACONTECIMENTO QUE HONRA A CIDADE)

Dá-se o nome de Cerco do Porto, ao período compreendido, entre Julho de 1832 a Agosto de 1833, no qual as tropas liberais de D. Pedro estiveram sitiadas pelas forças fiéis a D. Miguel.
A essa heróica resistência da cidade do Porto e das tropas de D. Pedro, se deveu a vitória da causa liberal em Portugal. Entre outros, combateram no Cerco do Porto Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Joaquim António de Aguiar.

O Porto, além de estar cercado, teve também dois novos e inesperados inimigos, que iam dizimando os sitiados que as bombas poupavam: a cólera e o tifo. Na cidade faltava tudo, o que colocava os sitiados ante a perspectiva de uma rendição pela fome. Os miguelistas, submeteram a cidade a bombardeamentos constantes. No entanto, estes ferozes bombardeamentos, em vez de desmoralizar, contribuíram para solidificar nos portuenses a sua identificação com os liberais e a sua determinação em resistir.
Depois de muitas vicissitudes, em 20 de Agosto, com a deslocação do conflito para Lisboa, foi levantado o cerco ao Porto.

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