A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»
MARTIN LUTHER KING
terça-feira, 27 de abril de 2010
AMOR À TERRA...
Gosto de ler o Jornal à noite, é a primeira leitura de outras leituras e é uma fonte de inspiração, para o blogue. Ontem li uma notícia com o título «VER AS PLANTAS A CRESCER PARA AREJAR IDEIAS».
Existe um bairro social em Gaia com hortas comunitárias. Um bairro onde foram alojadas na sua maior parte pessoas idosas, que viviam em condições precárias, mas tinham o seu pequeno quintal. Ao precarismo que de facto é real, também se pode juntar, sede imobiliária, modernização urbana…
Essas pessoas foram metidas em caixas, o género de arquitectura actual, obviamente que essa mudança pode-lhe trazer melhores condições de habitabilidade, mas falta-lhes a terra, por certo também aquela comunicabilidade mais próxima. Ao desalento desta gente foi sensível a GaiaSocial, que decidiu dividir um terreno próximo em talhões. Esta decisão que foi um sucesso, vai ser praticada noutros bairros sociais. Os moradores que referencio são pessoas com reformas muito baixas, baixíssimas… de uma vida de trabalho duro e mal pago e, era do seu quintal que retiravam alguns produtos para a sua subsistência.
Laurinda, que conseguiu um talhão recentemente, estava delirante, «vou plantar couves, feijão verde, batatas, enfim tudo que couber, espero ter couves para a ceia de Natal.»
Maria da Conceição (74 anos), «tenho feijão, penca, alhos, alface, salsa..»
José, «isto ajuda-nos, planto de tudo, até couve-flor e cebolas».
Esta decisão para além de tudo, também ocupou o tempo às pessoas e teve um efeito terapêutico.
Gostei de ter conhecimento que existem pessoas que se preocupam, que pensam nos outros e que têm ideias para dar um pouco de felicidade e incentivo de vida.
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10 comentários:
Um dia seremos de novo crianças
sempre em ABRIL
Manu!
Amanhã terá um selinho para ti, como forma de demonstrar meu carinho e amizade por ti!
beijos
Ola.
Quando vemos iniciativas assim vemos o quao simples pode ser resolver o problema de milhoes de pessoas que passam fome diariamente.De iniciativas assim e que o Mundo todo esta precisando.Pessoas idosas se sentem mais dispostas quando ainda sao uteis a sociedade.Beijo grande,bela postagem.zenaide storino
Puxa Manu, que ideia boa! Os idosos podem se distrair plantando e colhendo e ao mesmo tempo produzindo e cuidando do seu pedacinho de chão...bonito isso!
Eles se sentem úteis e como consequência tem qualidade de vida...isso é tão importante, para quem não produz mais!
Adorei saber disso!
Bjs.
Mesmo a propósito. No meu jardim - era para ser só jardim - este ano desbastei parte do relvado das traseiras da casa para usar como horta.
Vai daí:
- couves de várias espécies;
- salsa
- coentros
- favas
- batatas (vamos lá a ver!)
- alfaces
- poejo
- nabiças
e mais umas coisas.
Não contentes com a horta também temos duas galinhas poedeiras. Ontem recolhemos o primeiro ovo. Forografei-o. Às tantas até vou mostrar a fotografia no meu blogue.
A minha neta Carolina, 3 anos, é que o comeu. E foi informada da sua origem. Claro, achou um piadão.
Um abraço
António
Tão linda quanto a pintura é a obra social! O mundo ainda tem jeito!
Beijos,
Dani
Sem dúvida uma excelente ideia, podem até os vizinhos trocarem produtos entre eles, se precisarem...
É o 'amor à terra', como dizes.
Um beijo.
Gostei de ler este "Amor à Terra", que me comoveu!
Bem haja a Gaia Social por tal decisão e a Manuela por ter decidido editar o post. Que este dar um pouco de felicidade e incentivo de vida (como bem diz) a quem precisa seja exemplo a seguir por outros.
Um abraço
Excelente idéia.
"O ser humano começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo."
Beijo.
A ideia não é nova e funciona mesmo como terapia.
Quem puder que experimente e verá como é bom cuidar das plantas ou semeá-las e vê-las crescer.
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