A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




terça-feira, 6 de abril de 2010

TEMPO

"Deus pede estrita conta do meu tempo.
E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta.
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta.
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.

Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!

Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo..."

"Frei António das Chagas"
(Século XVII.)

7 comentários:

Graça Pereira disse...

Querida Manela
Não conhecia este poema que achei lindo e verdadeiro.
Tanto tempo gasto por nós sem conta que, quando chegar o tempo, não teremos conta para lhe dar...
Aproveitemos pois o tempo e este sol maravilhoso.
Beijo amigo
Graça

Maria disse...

Também falo do tempo. Do que não tenho...

Bonito este poema, Manuela.
Um beijo

Açuti disse...

Oiiiii Manuela,

puxa, me fez parar e refletir muito esse texto...

bjks e tenha um excelente dia.

Unknown disse...

"Depressa: o tempo foge e arrasta-nos consigo: o momento em que falo já está longe de mim ."

Beijo.

Glorinha L de Lion disse...

Pura reflexão...aliás o que é o tempo? Quando passa, parece que foi rápido demais...e às vezes me parece tão lento que quero acelerá-lo...como se mede o tempo?
Não sei amiga...só quando olho minhas rugas e os filhos já adultos é que percebo que ele passou e eu nem vi!
Beijos e obrigada pela força lá no blog.

ney disse...

Muito bem dito, precisamos demais desse tempo de SER verdadeiramente. Abraço/ney.

Dani Franken disse...

Mnuela, que poema mais atemporal... Lindo!
bj
Dani