"Deus pede estrita conta do meu tempo.
E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta.
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta.
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo..."
"Frei António das Chagas"
(Século XVII.)
E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta.
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?
Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta.
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero acertar conta, e não há tempo.
Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em vossa conta!
Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta
Chorarão, como eu, o não ter tempo..."
"Frei António das Chagas"
(Século XVII.)
7 comentários:
Querida Manela
Não conhecia este poema que achei lindo e verdadeiro.
Tanto tempo gasto por nós sem conta que, quando chegar o tempo, não teremos conta para lhe dar...
Aproveitemos pois o tempo e este sol maravilhoso.
Beijo amigo
Graça
Também falo do tempo. Do que não tenho...
Bonito este poema, Manuela.
Um beijo
Oiiiii Manuela,
puxa, me fez parar e refletir muito esse texto...
bjks e tenha um excelente dia.
"Depressa: o tempo foge e arrasta-nos consigo: o momento em que falo já está longe de mim ."
Beijo.
Pura reflexão...aliás o que é o tempo? Quando passa, parece que foi rápido demais...e às vezes me parece tão lento que quero acelerá-lo...como se mede o tempo?
Não sei amiga...só quando olho minhas rugas e os filhos já adultos é que percebo que ele passou e eu nem vi!
Beijos e obrigada pela força lá no blog.
Muito bem dito, precisamos demais desse tempo de SER verdadeiramente. Abraço/ney.
Mnuela, que poema mais atemporal... Lindo!
bj
Dani
Enviar um comentário