ZECA AFONSO
VAMPIROS
No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
.
Vêm em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada
.
Se alguém se engana
GRÃNDOLA VILA MORENA
Grândola, vila morena
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
.
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
.
Em cada esquina, um amigo
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
.
.
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
.
.
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
.
.
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
(canção-senha da Revolução)
VAMPIROS
No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
.
Vêm em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada
.
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
.
Eles comem tudo
.
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
.
A toda a parte
A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
.
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas
.
São os mordomos
São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
.
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei
.
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
.
No chão do medo
No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
.
Jazem nos fossos
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada
.
Se alguém se engana
Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhe franqueia
As portas à chegada
.
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
6 comentários:
Recordar é viver mas cada dia a angústia é mais pesada pelos atropelos que destruíram o ideal do 25 de ABRIL
Temos que fazer destes dias uns dias de luta!
Um beijo, Manuela.
é necessário uma nova democracia pois a actual está falida...
Beijo.
Não conhecia essa canção, mas agora sei que ela ficou associada ao fim do período totalitarista em Portugal e marcou o início de uma nova era, a democracia que chegava depois da Revolução dos Cravos...é isso mesmo?
Muito bem, gosto de aprender!
Um músico excepcional e uma grande figura representativa da luta pela liberdade.
É sempre hora de o homenagear. Mas, na verdade, o 25 de Abril está aí à porta... e sempre connosco também, no coração.
Um abraço, Manuela :)
Hola Manuela, ainda que eu son Galego, sempre que escoito está canción "arrupiaseme" a pel.
Grande Zeca.
Un biko.
Nes
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