A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




quinta-feira, 8 de outubro de 2009

HERTA MÜLLER - PRÉMIO NOBEL DE LITERATURA 2009


Herta Müller, nasceu em 17 de Agosto de 1953 em Nitchidorf, perto de Timisoara, numa região de tradição de língua germânica, Banat. Herta Müller é neta de um agricultor e comerciante acomodado que perdeu as propriedades com o comunismo. A sua mãe foi deportada para um campo de trabalho da União Soviética, depois da Segunda Guerra Mundial. O seu pai foi membro das Waffen SS (corpo militar das SS) durante a guerra.
Entre 1973 e 1976, estudou alemão e literatura romena na Universidade de Timisoara. No fim dos estudos, integrou uma associação de escritores de língua germânica, o "Aktionsgruppe Banat" (grupo de acção de Banat) e trabalhou como tradutora numa fábrica. Em 1979 perdeu o emprego de tradutora por se ter recusado a colaborar com a Secumritate, a polícia política do regime comunista, que nunca deixou de perseguir a escritora.
Depois de ser demitida, passou a dar aulas particulares de alemão e a dedicar-se à literatura.
Em 1987 exilou-se na Alemanha Ocidental e actualmente mora em Berlim.
Pouco conhecida do grande público até o início dos anos 2000, Herta Müller foi descoberta pela crítica alemã em 1984, com a publicação do livro de contos "Niederungen" ("Em Terras Baixas").
Entre as suas obras destacam-se "Der Mensch ist ein großer Fasan auf der Welt" ("O Homem é um grande faisão no mundo") e "Der Fuchs war damals schon der Jäger", nas quais descreve a vida quotidiana, num Estado totalitário. Em "Herztier", revela o mundo dos dissidentes romenos. Em "Heute wär ich mir lieber nicht begegnet" escreve sobre a angústia de uma mulher convocada pela polícia política de Ceaucescu.
O seu último romance, "Atemschaukel", que trata do exílio dos alemães da Roménia para a URSS en 1945, foi aclamado pela crítica alemã.
Desconhecia completamente a escritora, Herta Müller e nem sei se há algum livro seu editado em Portugal.

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