A ESCURIDÃO NÃO PODE EXTINGUIR A ESCURIDÃO. SÓ A LUZ O PODE FAZER.»

MARTIN LUTHER KING




sexta-feira, 23 de outubro de 2009

VISITA DE ESTUDO AO MORRO DA SÉ

Dentro da formação que tenho, faço um voluntariado para uma associação, fazendo visitas à cidade do Porto. A primeira saída tinha que contemplar o local onde a urbe nasceu, no Morro da Ribeira, onde se encontra a Sé Catedral, o Bispado, a Casa dos 24 e depois descendo a Igreja dos Grilos, o Arco de Santana, a Rua dos Mercadores, até chegar ao largo da Ribeira.
Como minha companheira levo sempre a digital e estas fotografias, são o resultado do passeio.
Gosto muito da cidade do Porto, que para mim tem uma magia especial. Aqui nasci e aqui continuo a viver e quando parto é sempre com alegria que volto, mas costumo dizer que sou portuguesa do Minho ao Algarve e, que todo o país tem sítios de grande beleza, como têm outros países, que tenho visitado. Estou sempre pronta para viajar, no entanto o Porto vive em mim com um afecto muito especial.

ANTIGA CASA DA CÂMARA, também conhecida por Casa dos 24, é um edifício, restaurado, onde funcionou a vereação municipal do Porto.

A sua origem remete ao século XV, quando foi erguida encostada à Muralha Primitiva da cidade. As suas funções eram de representação do senado ou assembleia da Câmara, considerada como primeira sede do poder autárquico ou municipal e, era designada por Torre da Rolaçam (i.e., torre da relação).
A designação popular de Casa dos 24 deve-se ao facto de aí se reunirem os 24 representantes dos vários ofícios, da cidade do Porto.
Situada a apenas sete metros das paredes da Sé do Porto, foi construída em cantaria de granito com cem palmos de altura (cerca de 22 m) e era guarnecida de ameias. Possuía vários sobrados contendo no seu interior elementos artísticos de grande qualidade. Evidenciava entre outros, um exemplar tecto dourado no salão nobre superior.
Em meados do século XVI as sessões camarárias mudaram-se para a Rua das Flores, pelo facto do edifício mostrar indícios de degradação. Serviu, posteriormente, de cadeia e asilo para prostitutas e sem abrigo, entrando em ruína.
Na década de 1940 a envolvente da Sé, sofreu alterações significativas pelas demolições e arranjo urbanístico ordenado pela DGEMN. Segundo um conceito higienista com critérios de monumentalização, demoliu-se uma grande quantidade de edifícios que se encontravam em frente à Sé, alargando-se amplamente o Terreiro da Sé. Pretendia-se desta forma resolver o problema de degradação física e social do bairro, evidenciando o elemento singular da Sé Catedral.
Em 1991 as ruínas dos antigos Paços do concelho foram alvo de obras de reabilitação e arranjos de cariz urbanístico, pois encontrava-se em perigo de derrocada. E, em 1995 surge a necessidade de reabilitar as suas funções dando origem ao projecto do arquitecto Fernando Távora. A sua reconstituição pretendia imortalizar os longos anos de vida e de história da cidade do Porto, recordando assim o seu passado.

O actual edifício da Antiga Casa da Câmara é constituído por uma estrutura de paredes em U, que assenta sobre parte da ruína existente, tanto da primitiva torre como da primeira muralha. O edifício é limitado por três lados, abrindo-se o quarto numa parede envidraçada, mostrando visualmente as vistas da cidade.
Volumetricamente, o edifício enquadra-se no conjunto existente sugerindo o dimensionamento formal da casa-torre evocada. Afirma-se, assumindo a sua altura primitiva de cem palmos, impressos segundo uma perspectiva arquitectónica do autor.
Mantém os materiais da câmara original, o granito nas paredes exteriores e interiores, aplicando o ferro em pilares e vigas. No tecto foi aplicado o folhado a ouro.
Esta obras de reconstrução, foram onerosas e muito controversas, foram alvo de denúncia à Unesco, foram alvo de críticas constantes dos media e parte da cidade contesta a sua existência, embora seja também defendida por muitos.


A colocação da estátua o «Porto», por trás da casa, para ser vista pelo interior, também suscitou muitas críticas.


A CIDADE DO PORTO, UMA CIDADE PEQUENA E SEM POSSIBILIDADES DE CRESCER, POR ESTAR RODEADA POR OUTRAS CIDADES.
A ZONA ONDE VIVO, BOAVISTA, PERTO DAS PRAIAS DA FOZ E AINDA MAIS PERTO DO PARQUE DA CIDADE.
A SÉ CATEDRAL

GALILÉ DE NAZONI

PORMENORES DA FRONTARIA






ARCO DE SANT'ANA, QUE O ESCRITOR ALMEIDA GARRETT, CELEBRIZOU NO ROMANCE DO MESMO NOME.












1 comentário:

João Menéres disse...

BOM TRABALHO.
Em temos de fotografia, gostei especialmente daquela fachada, logo abaixo da placa toponímica da PENA VENTOSA.
Boa perspectiva e magnífica a luz que apanhaste.

Um beijo.