Este prémio foi uma surpresa, não premeia uma pessoa, que tenha uma vida de lutador pela paz, premeia mais uma «ESPERANÇA DE PAZ», concordo com o que diz a Jornalista, Teresa de Sousa, do Jornal Público.
A notícia caiu como uma bomba. Era absolutamente inesperada. Desencadeou todas as emoções. O Nobel para a esperança. O Nobel para o homem que simboliza a esperança. Um risco? Uma irresponsabilidade? Uma antecipação? Foi preciso respirar fundo.
A primeira leitura da decisão do comité norueguês de atribuir o Nobel da Paz a Barack Obama é a mais fácil. Esqueçam o Médio Oriente ou o Irão. Esqueçam o Afeganistão. Esqueçam, numa palavra, os resultados da política externa dos Estados Unidos da América. Concentrem-se no símbolo. No dia em que Barack Obama foi eleito o 44º Presidente da nação mais poderosa do mundo, o mundo saudou a sua eleição como se lhe pertencesse. Obama era negro e representava o lado luminoso da América. Trazia um discurso de mudança radical da relação da América com o mundo. De diálogo, de compreensão e de respeito mútuo. Criava uma onda avassaladora de entusiasmo, de boa vontade e de expectativa. Era, num mundo de caos e de desordem, o mais poderoso sinal de esperança. Depois houve o discurso do Cairo. A palavra era em si própria a mudança. A política que anunciava também. O Nobel da Paz que acaba de lhe ser atribuído é dado a essa esperança. Só assim pode ser compreendido.
Mas há uma outra forma de olhar para esta decisão, a muitos títulos inédita, que é na perspectiva das suas consequências. Um risco? E se amanhã Obama tiver de lançar uma guerra, mesmo que uma guerra necessária? Já tem uma em mãos, no Afeganistão. E se falharem todas as suas tentativas para solucionar a crise iraniana ou se não conseguir quebrar a maldição do Médio Oriente? E se a nova ordem nuclear que propõe não passar de uma miragem. Teremos de dizer daqui a quatro anos que não merecia o Prémio que ganhou por antecipação?
A dualidade de perspectivas, entre a esperança e o cepticismo, traduz afinal aquilo que Obama é: o Presidente dos Estados Unidos da América e o eleito do mundo. O que permite, por agora, apenas uma conclusão. Alimentar a esperança é, também, uma forma poderosa de procurar a paz.
A primeira leitura da decisão do comité norueguês de atribuir o Nobel da Paz a Barack Obama é a mais fácil. Esqueçam o Médio Oriente ou o Irão. Esqueçam o Afeganistão. Esqueçam, numa palavra, os resultados da política externa dos Estados Unidos da América. Concentrem-se no símbolo. No dia em que Barack Obama foi eleito o 44º Presidente da nação mais poderosa do mundo, o mundo saudou a sua eleição como se lhe pertencesse. Obama era negro e representava o lado luminoso da América. Trazia um discurso de mudança radical da relação da América com o mundo. De diálogo, de compreensão e de respeito mútuo. Criava uma onda avassaladora de entusiasmo, de boa vontade e de expectativa. Era, num mundo de caos e de desordem, o mais poderoso sinal de esperança. Depois houve o discurso do Cairo. A palavra era em si própria a mudança. A política que anunciava também. O Nobel da Paz que acaba de lhe ser atribuído é dado a essa esperança. Só assim pode ser compreendido.
Mas há uma outra forma de olhar para esta decisão, a muitos títulos inédita, que é na perspectiva das suas consequências. Um risco? E se amanhã Obama tiver de lançar uma guerra, mesmo que uma guerra necessária? Já tem uma em mãos, no Afeganistão. E se falharem todas as suas tentativas para solucionar a crise iraniana ou se não conseguir quebrar a maldição do Médio Oriente? E se a nova ordem nuclear que propõe não passar de uma miragem. Teremos de dizer daqui a quatro anos que não merecia o Prémio que ganhou por antecipação?
A dualidade de perspectivas, entre a esperança e o cepticismo, traduz afinal aquilo que Obama é: o Presidente dos Estados Unidos da América e o eleito do mundo. O que permite, por agora, apenas uma conclusão. Alimentar a esperança é, também, uma forma poderosa de procurar a paz.
(TERESA DE SOUSA - JORNAL O «PÚBLICO»)
4 comentários:
Vou lhe ser bem sincera, adorei teu post
Porem acho que premiar a esperança não é algo muito lógico, senão teriamos que premiar todos aqueles pequenos dom quixotes que lutam sem resultados por um mundo melhor e continuam anonimos.
Premiar alguem por fazer uma promessa, não é justo nem coerente. Em um mundo onde a palavra dada não vale mais nada, fica dificil que leiamos as intenções por detrás delas .Que ele vai ficar na história vai, mas por enquanto só porque é o unico presidente negro da história dos Estados Unidos.Na minha modesta opinião, só o fato de que milhares ainda estão morrendo nas guerras do oriente medio com o aval e a participação dos Estados Unidos, já faz com que esse premio dado a Barack seja uma piada.
Enfim neste mundo que mais se parece um circo, uma piada a mais outra a menos não fará grande diferença. Beijos querida, visite meu blog.Estarei caminhando sempre por aqui.
BOA NOITE!! ÓTIMA MATÉRIA, ACREDITO QUE O COMITÊ VOTOU INTENCIONALMENTE..OBAMA TEM UM GRANDE DESAFIO PELA FRENTE...QUE É CONSTRUIR A PAZ DIANTE DE UMA GUERRA QUE ACONTECE NO AFEGANISTÃO E IRAQUE...BJSSSSSSS
Obrigado Sandra, por opinar, concordo absolutamente, com o que diz. Visto por outra perspectiva, também foi um grande desafio posto ao Obama, que pode influenciar as suas decisões!?...
Beijinhos
Alexandre
Espero que esse desafio, motive muita reflexão a Obama, antes de tomar decisões.
Bjinhos
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